1. Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros

A visita guiada começa na sala do rés do chão, junto à nova vitrina, iluminada à média luz, e que revela peças representativas das diversas ocupações da cidade de Lisboa, desde a Idade do Ferro ao período pombalino. Ali, destaca-se o fragmento de cerâmica do século II a.C., com uma imagem estilizada de um barco, uma das mais antigas (com 2 500 anos) do Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros (NARC). Encerrado em junho de 2019, reabriu este mês com uma nova museografia, concebida pelo Atelier Brückner, em Estugarda (Alemanha), que se traduz numa experiência imersiva. Ao longo destes 600 metros quadrados no subsolo do edifício do Millennium BCP, os antigos placards foram substituídos por monitores digitais e de multimédia que contextualizam o que se pode observar durante a visita, que dura sensivelmente 50 minutos. Já a nova iluminação “valoriza e destaca os achados arqueológicos expostos”, diz Maria Mântua, uma das arqueólogas responsáveis pelas visitas guiadas ao NARC, classificado como Monumento Nacional desde 2015.

Descemos ao piso inferior, onde está um antigo forno de padaria que permaneceu em uso até ao século XIX, vestígios dos tanques onde era feita a salga do peixe na época romana, bem como diversas ânforas que se destinavam a guardar as conservas, distribuídas depois, por barco, por todo o império (encontradas durante as escavações nos anos 90, estavam cedidas ao Museu Nacional de Arqueologia). O que antes era explicado aos visitantes é, agora, apresentado em imagens encenadas. Através de um tablet, Ana Mântua controla a projeção que simula a conserva de peixe em produção. O percurso termina com a reconstrução da Baixa pombalina, após o terramoto de 1755. As fundações, em estacas de madeira, sobre as quais a cidade renasceu estão ali, para quem as quiser ver. E é também isso que faz deste núcleo um sítio único em Lisboa. Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros > R. dos Correeiros, 9, Lisboa > T. 21 113 1004 > seg-sáb 10h-12h, 14h-17h > visitas grátis, por marcação
2. Planetário de Marinha

Há uma nova galáxia para descobrir no Planetário de Marinha, em Lisboa, esse mesmo que sempre conhecemos por Planetário Calouste Gulbenkian (por ter sido a fundação que financiou o projeto original para a sua inauguração a 20 de julho de 1965). Desde a sua reabertura, no passado dia 18 de novembro, tem um novo sistema de projeção. Se antes observávamos o céu a partir da Terra, agora viajamos pelo Espaço e visitamos estrelas e planetas, entre eles Saturno e Júpiter. “Trata-se de um sistema híbrido, assente quer na projeção ótica, já existente mas que sofreu melhoramentos, quer na digital, com oito novos projetores digitais led. No fundo, preenche-se toda a cúpula com uma imagem única, proporcionando uma experiência imersiva”, explica o comandante Silva Custódia, da Marinha.
Na cúpula de 23 metros, de que fala o subdiretor do planetário, além de sessões diárias temáticas, ao longo da semana, exibem-se agora dois filmes: Capitão Shnuppes, para crianças dos 3 aos 12 anos, e Fantasma do Universo, para jovens e adultos, sobre a matéria escura. A pensar nas férias de Natal, entre 16 de dezembro e 9 de janeiro, apostou-se numa programação especial, em que se destaca a sessão As Estrelas de Natal (50 minutos), sobre o que viram afinal os três reis magos.

Planetário de Marinha > Pç. do Império, Lisboa > T. 21 097 7350 > ter-dom 10h-16h > €6, 3-12 anos e maiores de 65 anos €3,50, menores de 3 anos grátis