Poeta, autor de histórias infantis, cronista, tradutor e adorador de gatos. Todas estas facetas cabem em Desimaginar o Mundo, jornadas de homenagem a Manuel António Pina (1943-2012) que tomam por título um dos versos do poema A Ferida, recordando no Porto, desde esta sexta, 16, e até dia 21, a obra do Prémio Camões 2011. “Manuel António Pina tem uma das obras mais consistentes e imaginativas da literatura portuguesa”, afirma Rita Basílio, investigadora e mestre em Estudos Portugueses da Universidade Nova de Lisboa. “A pluralidade da sua obra é singular. Toda ela visa quebrar imagens feitas, não distingue a prosa da literatura infantil”, sublinha ainda a responsável pelas jornadas, em conjunto com a designer Sónia Rafael.
Entre leituras de textos e poemas, inauguram-se duas exposições coletivas. Uma com trabalhos de 24 fotógrafos que associaram fotos a preto-e-branco a seis poemas de Pina, na Estação da Trindade (16-31 dez) e no Mira Fórum (17 nov-22 dez); e Os Livros, a partir da obra do poeta, com trabalhos de alunos da Escola Superior de Artes e Design, Escola Artística Soares dos Reis e Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett (18-30 nov). Um dos momentos mais simbólicos acontece neste domingo, 18, dia em que o poeta faria 75 anos, com mesas-redondas e conversas com Pedro Mexia, João Paulo Cotrim, Inês Fonseca Santos, Álvaro Magalhães, Germano Silva, João Luís e Arnaldo Saraiva, além da apresentação do documentário As Casas não Morrem, de Pedro Macedo.
Depois de São Paulo, Brasil, onde foi lançada a antologia do poeta, a homenagem estende-se a Lisboa, em 2019, com o lançamento de dois livros com o título Desimaginar o Mundo: um de fotografia e outro de ensaio.
Desimaginar o Mundo > Estação da Trindade, Mira Fórum, Biblioteca Municipal Almeida Garrett, Porto > 16-21 nov > grátis