Três anos depois da assinatura do protocolo entre a Câmara e a Casa Santos Lima para a criação de um parque vitícola em Lisboa, já se pode dizer que as primeiras garrafas estão prontas, à espera da vindima manual que há de começar lá para finais de agosto.
A vinha de Lisboa, como é conhecida, fica em Marvila, perto do colégio Valsassina, nos antigos terrenos da Feira do Relógio. Tem vista privilegiada para os aviões que levantam e aterram no aeroporto, mesmo ali ao lado. Não fora o seu ruído e facilmente nos esquecíamos de que estávamos na cidade. Vaguear por estes dois hectares é conquistar alguma ruralidade em pleno espaço urbano e toda a gente pode fazê-lo, desde que marque a visita. No ponto mais alto da vinha, há uma casa de madeira, que serve de miradouro para o parque José Gomes Ferreira e para a pista de aterragem, mas que na verdade funciona como uma espécie de centro interpretativo (explica-se o ciclo do vinho e as castas).
O terreno argiloso, onde há dois anos se plantaram uvas das castas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Arinto, beneficia também da enorme exposição solar, de uma boa drenagem e absorção. Salvador Stilwell, do marketing da Casa Santos Lima, está esperançado numa boa colheita, qualquer coisa entre as 15 e as 18 toneladas, que serão devidamente tratadas na adega no concelho de Alenquer. No final dos trabalhos, haverá cerca de cinco mil garrafas de um vinho feito na cidade, ainda sem nome definido. É caso para fazer um brinde.
Parque Vinícola de Lisboa > R. Quinta da Graça > marcação de visitas em dmevae.dsea@cm-lisboa.pt