Há atividades que se estendem durante as 40 horas do Serralves em Festa, outras que se realizam a uma hora específica e ainda as que se esgotam em apenas um minuto. “O público pode escolher a que ritmo é que quer participar na festa”, sublinha Suzanne Cotter, a diretora artística do Museu de Arte Contemporânea de Serralves. A liberdade de se movimentar pelas várias zonas da fundação, do prado à antiga casa, tem cativado uma multidão. Em edições anteriores, o Serralves em Festa ultrapassou os 140 mil visitantes e, em 2016, o programa inclui música, dança, performance, circo, teatro, cinema, fotografia e muitas oficinas.
A festa propõe-se Juntar Mundos, o tema desta edição, revelando o trabalho de artistas oriundos de vários continentes. Desde logo, o programa de aquecimento, esta quinta, 2 e sexta, 3, levará à Baixa do Porto os projetos do australiano Jon Rose, da italiana Maria Donata D’Urso e do basco Alex Mendizabal. Já no sábado, 4, destaca-se o regresso de Joshua Abrams, com a banda Natural Information Society e alguns convidados portugueses, que, num concerto no prado de Serralves, utilizará instrumentos convencionais para criar ambientes psicadélicos. Também haverá lugar para a música clássica, como a interpretação pela pianista Joana Gama da obra Vexations, de Erik Satie, assinalando os 150 anos do nascimento do compositor. No salão da casa de Serralves, o portuense Jonathan Saldanha e vários músicos convidados serão os produtores de uma experiência imersiva, criando ao longo de 40 horas um fluxo constante de som e luz. O circo, que tem sempre muitos espectadores, será representado pelo projeto Plan B, uma criação do francês Aurélien Bory e do americano Phil Soltanoff, com quatro acrobatas em altos voos na Clareira das Azinheiras. Como é habitual, o programa da festa não esquecerá as crianças e, entre as várias propostas, destaca-se a peça E Se Tudo Fosse Amarelo?, de Sílvia Real.
A festa no prado de Serralves, a partir da meia-noite de sábado, 4, contará com a presença, dos Batuk, um coletivo sul- africano que junta a house à música de raízes africanas, e dos Shackleton, referência da eletrónica britânica.
Fundação de Serralves > R. D. João de Castro, 210 > T. 22 615 6584 > 4-5 jun, sáb-dom 8h-24h