No primeiro contacto com o Porto Exit Games, foi-nos sugerido experimentar o Port Wine Sabotage, o primeiro de três jogos de fuga desta empresa criada, há um ano, por dois casais de amigos. “Não vamos dizer que seja fácil, mas é o menos difícil de todos”, aconselhava-nos Thaís Nomi, uma das responsáveis. Uma garantia que, no entanto, não nos sossegou. “Pensem fora da caixa”, alertava-nos. Depois de guardados os telemóveis dentro de um cofre (nada de contactos com o mundo real), jornalista e fotógrafo entram numa sala em tons bordeaux onde sobressai uma enorme pipa de vinho. É de divertimento que se trata (não nos esqueçamos disso) e, no campo das suposições, encontramo-nos no escritório de Jack Carrapato, um investidor que terá usado uma praga de insetos para destruir parte das vinhas do Douro. A narrativa destes jogos é sempre diferente, contribuindo para os tornar (ainda mais) mais aliciantes.
Escuta-se o clique do fecho da porta e ficamos entregues à nossa sabedoria. Ou cérebro. Ou destreza, vá-se lá saber. O relógio começa a contar os 60 minutos de forma decrescente. É preciso não pensar muito e agir. Não sabemos se existem outras salas para além desta (e prometemos não desvendar pormenores correndo o risco de destruir a surpresa do jogo). Em redor, há caixas de vários tamanhos, garrafas, quadros na parede com imagens de vinhas (esconderão alguma coisa?), duas portas fechadas de cada lado. Por onde começar a deslindar este quebra-cabeças? Estamos enclausurados e a nossa missão é salvar o vinho escapando da sala antes de chegar o tal Jack Carrapato. Conseguiremos?