Surgiram, no ano passado, envoltos numa aura de mistério, sem revelarem a sua identidade, e lançaram dois álbuns intitulados 5 e 7. Neste ano, repetiram a façanha: editaram Untitled (Black Is) e, agora, Untitled (Rise). Em comum, as sonoridades funk, soul, dub, afrobeat, jazz, hip-hop… No fundo, uma viagem pela música negra que, bebendo das raízes do passado, soa a atual e refrescante.
Não é só a música dos Sault que é deste tempo, as letras são odes à luta antirracista e ao movimento Black Lives Matter. Os títulos, alinhados, das primeiras canções são um verdadeiro tratado: Strong, Fearless, Rise. E não falta o tema Scary Times. Tempos assustadores, pois.
O mistério em redor da banda mantém-se; um dos poucos nomes associados ao grupo é o do britânico Michael Kiwanuka, convidado no disco anterior. Aqui, a identidade é a de um movimento mais profundo, que deixará marca em 2020 e, talvez, no futuro.
Ouça aqui o tema Strong