Sem notas, introduções, guias de leitura ou título incitativos: Poemas Escolhidos (Tinta-da-China) é a segunda antologia pessoal que Pedro Mexia faz da sua poesia, depois do volume Menos por Menos, de 2011. É um convite à leitura de quem tem dado a ler, em crónicas e críticas e com a mestria que se lhe reconhece, a obra dos outros.
Se a primeira recolha incluía 100 poemas, esta soma mais cinquenta, o que também se justifica pela inclusão do livro Uma Vez Que Tudo se Perdeu, de 2015. As escolhas, aliás, não são coincidentes, nem o olhar do poeta idêntico. São sete títulos – Duplo Império, Em Memória, Avalanche, Eliot e Outras Observações, Vida Oculta, Senhor Fantasma, além do citado – agora condensados num único sopro, sobressaindo o olhar atento e melancólico, irónico e culto sobre a passagem das horas, dos dias e da vida.