Nem aventuras exóticas nem comunhões ecológicas. Pedro Mexia assume-se “estruturalmente nórdico”, e londrino honorário (“a minha cidade estrangeira favorita é chuvosa, desagradável à noite, e goza-se melhor portas adentro (…) com fleuma quase infalível e aquecimento central”). “Hábil cultor do detachment aparente” que tudo transforma em matéria literária, diz o prefaciador António Mega Ferreira sobre o poeta, crítico e ‘ministro’ residente no programa Governo Sombra. Nas 64 crónicas reunidas em Lá Fora (Tinta da China, 192 págs., €15,90), Pedro Mexia descreve a sua nostalgia sobre lugares perdidos (a Feira Popular, a automotora da Lousã, a Figueira da Foz dos verões da infância…), disseca paraísos sempre poéticos e mentais (sejam Copacabana ou a London Review Bookshop), faz viagens históricas (Moçambique, Macau, Auschwitz…), ficcionais (o filme Paris, Texas) ou identitárias (os poemas-casa). Mas até os melancólicos, às vezes, se põem ao fresco: leia-se a crónica da sua passagem pela Tomatina…
‘Lá Fora’: As aventuras melancólicas de Pedro Mexia
O novo livro de crónicas do autor transforma a geografia num mapa mental e a melancolia num desporto de alta perdição. Lá Fora, de Pedro Mexia, já está à venda nas livrarias
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