São 160 páginas em branco, à espera do que ali quisermos pôr. Um caderno como “um lugar onde depositamos ideias, projetos ou memórias”. Assim é o novo Diary, nas palavras de Susana Gomes, a designer responsável pela Beija-flor. Uma edição limitada e numerada que, explica, todos os anos será entregue a um ilustrador diferente.
A estreia coube a Mariana, a Miserável, que desenhou na capa uma mulher a carregar um céu-mundo às costas. Lá dentro, outra ilustração e um texto escrito por Frederico Marques: “A forma, cedo à tinta a decisão. Floresce o céu que carrego, na candura das páginas brancas, descansam memórias, até amanhã.” E, a fechar, na contracapa, essa mesma mulher, deitada numa cama, e aconchegada numa manta-céu.
De capa dura, “com um revestimento em cartão prensado que lhe dá um ar mais rústico”, o Diary (€26) foi criado de forma artesanal, umas das preocupações da Beija-flor desde que nasceu, em 2011. E isso nota-se: na impressão manual em serigrafia no cartão prensado, na colagem do miolo (com páginas amigas do ambiente), no assumir do ponto mecânico que envolve todo o processo de encadernação e na estampagem dourada.
Aumentar a coleção desta marca com nome de pássaro é o objetivo de Susana Gomes, que há cinco anos tem feito nascer coleções de postais e cadernos com andorinhas e mosaicos hidráulicos, a maioria feita à mão, com linha e agulha. Um arte que ensina nos workshops Cria o teu Caderno. Os próximos acontecem na Cinco Ateliê, na Covilhã (3 dez) e na Oupas! Design, no Porto (10 dez).
Além do Diary, a Beija-flor acaba de lançar o calendário de parede para 2017 (€26), feito à mão e ilustrado por 12 artistas (entre os quais, Afonso Cruz, Cátia Vidinhas e Mariana Rio). Tal como acontece no deste ano, cada ilustração pode ser recortada pelo picotado para se poder guardar ou emoldurar.
Diary > à venda aqui > outras coleções também à venda nas lojas A Vida Portuguesa (Lisboa e Porto), Alambique (Porto), Livraria Arquivo (Leiria) e Louvre Michaelense (Ponta Delgada, Açores)