Tome nota: nesta segunda, 27, à hora de almoço, é dia de testar os pratos que poderão vir a fazer parte da ementa da cafetaria Mão-Cheia, a abrir em meados de fevereiro no Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, em Lisboa. “A ideia é incluir cozinheiros, homens e mulheres, portugueses e imigrantes, com 65 anos ou mais. Não precisam ser cozinheiros profissionais, devem apenas saber cozinhar bem um prato”, explica Francisca Gorjão Henriques, uma das fundadoras da Pão a Pão.
Recorde-se que, em setembro de 2017, a Associação para a Integração de Refugiados do Médio Oriente abriu o restaurante Mezze, no Mercado de Arroios, gerido por um grupo de refugiados sírios. Agora, a Pão a Pão aponta a outro problema: a solidão e o isolamento das pessoas mais velhas. “Queremos criar um espaço de convívio ativo e produtivo, onde se trocam conhecimentos e experiências”, diz Francisca. “O que se foi aprendendo na cozinha, ao longo da vida, é usado para criar partilhas, dignificar, integrar e combater o isolamento. Até porque a idade é um dos maiores fatores de descriminação numa entrevista de trabalho”, nota.
Embalados pelo sucesso do Mezze, a associação espera que o novo Mão-Cheia – que servirá pequenos-almoços, almoços e lanches com sabores de diferentes paragens – reúna um grande grupo de cozinheiros com mais de 65 anos, que vão colaborar e dedicar o tempo que quiserem ao projeto, juntando-se a uma equipa fixa. “Pode ser uma vez por semana ou até uma vez por mês”, esclarece Francisca.
Quem quiser apresentar o seu melhor prato já no almoço desta segunda-feira, 27, terá que enviar um e-mail para o email geral@mao-cheia.pt. Se já não for a tempo de inscrever-se, não desista. As candidaturas para cozinheiros de mão-cheia continuam a decorrer.
Mais informações na página de Facebook Mão-Cheia / Time to Cook