Quando se entra no novo restaurante Tantura, no Bairro Alto, apetece-nos circular, antes de escolher uma mesa, para espreitar os cinco desenhos expostos na parede. Ali estão representados as receitas mais conhecidas da cozinha israelita, que mistura influências de vários países, como a Tunísia, a Polónia ou o Iraque: as burekas (massa cozida dos Balcãs), o tabbouleh (prato vegetariano), o húmus (pasta de grão), o shakshuka (ovos escalfados num molho de tomate, pimentos e cebola) e o fallafel (comida tradicional do Médio Oriente). “Nasci em Tantura, uma vila piscatória que fica a uma hora de Tel Aviv”, conta Elad Bodenstein, proprietário do restaurante, aberto em meados de julho, juntamente com o conterrâneo Itamar Eliyahuo.
Já com a ementa nas mãos, espreitem-se os petiscos, como a kruvit fumada (€3,80), uma sugestão feita com couve-flor fumada com molho tahini, ou a beterraba em vinagre balsâmico (€3,50). Contam-se cinco variedades de pita (o pão é feito no forno a lenha que se vê por detrás do balcão), onde se destaca a de fallafel, recheada com pasta de húmus, fallafel, salada israelita, repolho e molho tahini (€5,50). A refeição pode prosseguir com os shakshuka, acompanhados por pão de cerveja. “É um prato que comemos a qualquer hora do dia, desde o pequeno-almoço ao jantar”, explica Elad Bodenstein.
Há que reservar apetite para experimentar o húmus, servido com pão de pita, também ele apresentado com diferentes combinações de sabores: carne picada (€8,25), pimentos (€7,25) ou almôndegas (€8,25), só para dar alguns exemplos. Para terminar a refeição, experimente-se a Malabi (€4), pudim de leite com açúcar, água de rosas com topping de amêndoas e coco e syrup framboesas, uma sobremesa que vai mesmo bem com o café de sabor português.
Tantura > R. da Trombeta, 1D, Lisboa > T. 21 809 6035 > ter-qui 12h-15, 18h30-24h, sex-sáb até às 2h