Em vésperas de Natal e Ano Novo, fica sempre bem ter um espumante para brindar com a família e os amigos. Se bem que estes vinhos já não são consumidos unicamente para celebrar uma ocasião especial são cada vez mais utilizados como aperitivo ou para acompanhar uma boa refeição.
Em face do aumento e da diversidade da oferta, as prateleiras dos hipermercados estão recheadas com várias garrafas, para todos os gostos e carteiras. Prefere um sabor ácido ou mais adocicado? Seja qual for a sua preferência, o segredo para degustar um bom copo de espumante gelado e borbulhoso passa por várias etapas, que vão desde a escolha do produto à forma como é servido.
EUROPA: UM PASSO À FRENTE, NA PRODUÇÃO E NO CONSUMO
A Europa lidera o mercado mundial do vinho espumante, quer a produção, quer o consumo. Dados do Rabobak Wine Quarterly, referentes a 2012, apontam França, Itália e Espanha como os principais produtores de vinhos espumantes. Prova disso é o estatuto alcançado pelo francês Champagne, vinho com marca patenteada e produzido na região francesa Champagne, pelo italiano Prosecco ou pelo espanhol Cava.
A base de diferenciação assenta no preço, na composição, no sabor, na zona e no tipo de uvas utilizadas na produção. Portugal tem várias marcas de espumantes, produzidas em diferentes regiões do País. Um estudo da Vinexpo/IWSR (International Wine and Spirit Research) indica que os alemães, franceses e russos são os maiores consumidores desta bebida.
QUAL ESCOLHER?
Conforme as suas preferências, pode escolher entre um espumante mais ou menos doce. Dependendo da quantidade de açúcar que o produtor adiciona ao vinho, na última fase de produção, os espumantes dividem-se em:
- Bruto natural: menos de 3 g/L (sem adição de açúcar após a fermentação)
- Extra bruto: contém até 6 g/l
- Bruto: menos de 12 g/l
- Extra seco: entre 12 e 17 g/l
- Seco: entre 17 e 32 g/l
- Meio seco: entre 32 e 50 g/l
- Doce: mais de 50 g/l
COMO ESCOLHER?
O ambiente onde o vinho espumante se encontra exposto para venda é determinante para preservar a sua qualidade. Por isso, prefira os estabelecimentos com uma climatização adequada, as garrafas deitadas, afastadas de locais aquecidos e da luz solar.
Verifique se a rolha se encontra em boas condições e se o nível do líquido não está abaixo do normal. As denominações como “Vinho Espumante de Qualidade” ou VEQPRD (Vinho Espumante de Qualidade Produzido em Região Determinada), inscritas nas garrafas, nem sempre traduzem um produto melhor.
Compare os preços das bebidas em vários estabelecimentos – segundo a DECO, os vinhos espumantes à venda nos hipermercados são significativamente mais baratos.
COMO CONSERVAR?
Ao contrário de outras bebidas alcoólicas, a qualidade dos espumantes não melhora com a idade. Por isso, se quiser ter algumas garrafas de reserva, guarde-as num local seco e onde não estejam expostas à luz. A temperatura do espaço deve situar-se entre os 12 e os 14º C.
Prefira comprar a quantidade de garrafas de espumante que prevê consumir a curto prazo, em vez de guardá-las no frigorífico, durante longos períodos tempo.
COMO ABRIR E COMO SERVIR?
Tenha em conta algumas regras básicas para abrir a garrafa e tirar o máximo proveito do vinho espumante:
ANTES DE ABRIR: A bebida deve servir-se fria, numa temperatura que ronde os 6 a 8ºC. Tem duas opções: colocar a garrafa num recipiente com água e gelo, durante 15 a 20 minutos, ou guardá-la no frigorífico três a quatro horas antes de servir mas nunca no congelador, sob o risco de rebentar.
ABRIR: Retire todo o invólucro da garrafa, incline-a ligeiramente e retire a armação de arame que protege a rolha. Não necessita de um saca-rolhas: pegue na garrafa com uma mão e segure a rolha com a outra. Vá rodando a garrafa para que a rolha saia lentamente e direcione a garrafa para uma zona em que não haja o risco de atingir alguém.
SERVIR: Opte por deitar a bebida em copos de vidro altos e estreitos, como as flûtes, de modo a perder o mínimo de gás possível. Encha os copos até pouco mais de meio para evitar que a espuma transborde.