É certo que o calor convidava mais a banhos de praia do que de história. Mas praia há sempre e passeios com o homem que fala do Porto como um amigo há só um, de quando em quando. E, desta vez, o tema era logo o Porto do São João. Se mais não fosse, haveria sempre a água das cascatas típicas da quadra para contrariar um mercúrio acima dos 30 graus. Como a Cascata da Associação de Moradores da Lomba, que este ano deixou escapar o primeiro lugar para a da Fundação José Rodrigues, mas que tem fama na cidade. Na Cascata da Lomba, como na da Ilha do Senhor Doutor em São Victor, ninguém deixou de notar (o anfitrião não o permitiria) as duas figuras que não podem faltar nestes “presépios de Verão”: “o cagão” e a “leiteira” (a fazer xixi dentro do balde).
Os trinta leitores que andaram umas boas duas horas entre o Bonfim e as Fontainhas ouviram falar de festas pagãs cristianizadas, de balões e fogueiras que se relacionam com o culto ao Sol, de uma celebração que está entre as mais importantes festas cíclicas do mundo (lado a lado com o Carnaval do Rio, segundo a revista “Time”), de uma cidade que guarda para o mês do seu Santo eventos de relevo (em Junho se inauguraram, por exemplo, os Paços do Concelho ou o Hospital de São João). Germano levou-os ainda pelas “ilhas” típicas da Rua de São Victor, engalanadas em rigor para festejar a quadra, eufóricas, em contagem decrescente para a competição das Rusgas de São João que teria lugar nessa noite. No final a pergunta é sempre a mesma: “Quando é a próxima visita?!”. O Germano é que sabe…