A tiroide tem cerca de 5 cm, a forma de uma borboleta e produz hormonas que controlam algumas funções do organismo. É uma glândula endócrina, localizada na parte baixa do pescoço, junto à chamada maçã de Adão, que produz hormonas tiroideias.
Estas hormonas ajudam a ajustar a temperatura corporal, a frequência cardíaca, a pressão arterial, o funcionamento dos intestinos, o controlo do peso e os estados de humor. “Não conseguimos viver sem ela”, nota Carlos Leichsenring, cirurgião do Hospital CUF Descobertas.
Quando surgem problemas, como o excesso de produção de hormonas (hipertiroidismo) ou, pelo contrário, a produção insuficiente (hipotiroidsimo) “é necessário tratar”, explica, através de medicamentos.
As doenças da tiroide afetam sobretudo as mulheres e a associação entre as hormonas e o sexo feminino está estabelecida cientificamente. A relação é de uma em cada 15 mulheres para um em cada 60 homens. Quando surge nos homens “tende a ser mais agressiva”, diz o especialista.
Além do hipertiroidismo e do hipotiroidismo podem surgir nódulos na tiroide. Situação muito frequente nas mulheres de meia idade.
“Fazemos uma ecografia para ver os nódulos e caso sejam suspeitos faz-se a citologia, uma picada para retirar algumas células que serão analisada”, explica.
Apesar de ser o terceiro cancro mais frequente nas mulheres (depois da mama e do cólon), os tumores malignos da tiroide têm um prognóstico de cura muito favorável.
Além da cirurgia tradicional para retirar parte ou toda a tiroide, na CUF Descobertas também é feita, desde 2019, a cirurgia através da robótica. Ou seja, em vez da intervenção ser feita no pescoço, deixando uma “cicatriz visível”, é realizada através da axila. O único senão é o tamanho dos nódulos, se forem muito grandes tem de se recorrer ao modo convencional.
No entanto, observa o cirurgião, a “maioria das cirurgias que fazemos podiam ser feitas com o robot”. O preço, ainda elevado, é o entrave. O tempo irá encarregar-se de tornar este tipo cirurgia quase banal.
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