A ciência avança a todo o vapor, especialmente em áreas altamente lucrativas, como o são as doenças de grande incidência em países mais abonados. Para um laboratório de uma grande farmacêutica, há jackpots em que vale a pena investir. E se não cedermos ao mero cinismo associado a esta ideia ou às disparatadas teorias da conspiração, podemos perceber que os doentes também ganham.
Veja-se o que aconteceu com a Novo Nordisk, fundada em 1923 e sediada na Dinamarca. A dona do Ozempic tornou-se mais valiosa do que o Produto Interno Bruto do seu país, sendo a grande responsável pelo crescimento da economia dinamarquesa. Com 30 mil funcionários, a Novo Nordisk chegou a valer, em meados de 2024, mais de 600 mil milhões de euros em bolsa.