Documentada pela primeira vez em meados de fevereiro deste ano e classificada como variante do SARS-CoV-2 no passado dia 31 de julho, a Eris, ou EG.5.1, já é a segunda variante mais comum no Reino Unido, a seguir à Arcturus XBB.1.16, que é responsável por quase metade dos casos de infeção, com uma prevalência de 39,4%. De acordo com a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA), a EG.5.1 representa um em cada dez novos casos de Covid.
Os sintomas da infeção por esta variante descendente da Ómicron não diferem dos da maioria das variantes mais recentes: nariz a pingar, fadiga, dor de garganta, dor de cabeça e espirros.
Christina Pagel, membro do Grupo Consultivo Científico para Emergências (SAGE) do Governo britânico, disse ao The Independent acreditar que o Reino Unido está, “sem dúvida”, a começar a viver mais uma vaga de Covid-19, alimentada pelas subvariantes da Ómicron Arcturus e Eris, pelo desvanecer da imunidade fornecida pelas vacinas – a maioria levou a última dose há mais de 18 meses – e infeções anteriores e pelo tempo húmido que se tem feito sentir. É possível que as férias de verão abrandem o número de novos casos, mas a especialista não duvida que é provável que em setembro, com o regresso às aulas e ao trabalho, e consequente aumento do tempo passado em espaços interiores, a Eris se torne a subvariante dominante.
Há, no entanto, razão para preocupação? Nem por isso, defende Azeem Majeed, professor e chefe do Departamento de Cuidados de Saúde Primários e Saúde Pública do Imperial College, em Londres. “Os casos vão flutuar e vai haver períodos em que o número de casos aumenta”, explica, acrescentando que não há motivo para alarme mas, sim, para monitorização.
Segundo com os dados mais recentes, os casos desta variante representam agora 14,6% de todos os casos no Reino Unido. Também já há casos registados noutros países da Europa, Ásia e América do Norte.