Um estudo conduzido no Reino Unido, intitulado “COV-Boost” descobriu que as vacinas que utilizam a tecnologia mRNA (ou seja, as da Pfizer e da Moderna) são as que têm maior impacto a nível de proteção, como dose de reforço.
Estas vacinas são as que criam um maior aumento de anticorpos quando administradas entre 10 a 12 semanas depois da segunda dose.
Foi testada a eficácia de sete vacinas: AstraZeneca, Pfizer, Johnson & Johnson, Moderna, Novavax, e também a CureVac e Valneva (as primeiras cinco foram autorizadas em quase todos os países do mundo – as últimas duas, não).
Passadas quatro semanas, foram recolhidas amostras de sangue dos participantes do teste, e medidos os seus níveis de anticorpos e de células T.
Os investigadores descobriram que uma dose completa ou meia dose da Pfizer ou uma dose completa da Moderna deram um forte impulso aos níveis de anticorpos e células T, independentemente da vacina que foi administrada inicialmente.
Já as vacinas da AstraZeneca, Novavax, Johnson & Johnson e Curevac, quando dadas como dose de reforço, também aumentaram os níveis de anticorpos, embora em menor grau.
Apesar de ter sido conduzido antes do surgimento da variante Ómicron, o estudo evidenciou ainda que as doses de reforço ajudaram a impulsionar a ação das células T contra as variantes Beta e Delta.
Apesar de as vacinas da Pfizer e da Moderna terem sido as que produziram uma maior resposta imunitária, a maioria das vacinas usadas no estudo conseguiu aumentar o número de anticorpos a um nível que seria o equivalente a pelo menos 90% de protecção contra infecções – pelo que os investigadores asseguram que as restantes vacinas são suficientemente fortes para que as pessoas se sintam confortáveis em obtê-las também.
“Se o seu país ou região do mundo só tem uma das vacinas que mostrámos ter um poder de impulso elevado, isso também será ótimo e seguro”, explica Saul Faust, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Southampton e co-autor do estudo. “Não se trata apenas da mRNA”.