As declarações foram feitas por Anthony Fauci, imunologista e diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, em entrevista à CNN.
No caso de todos os membros da família terem a vacinação contra a Covid-19 completa, é seguro descartar as máscaras durante as reuniões da época festiva. “É o que vou fazer com a minha família”, assegura o imunologista.
No entanto, quem for viajar ou estiver incerto quanto ao estado de vacinação dos membros da sua família, é melhor continuar a tomar algumas precauções, nomeadamente manter a máscara e testar-se, alerta.
“Vacine-se e poderá gozar a época festiva muito facilmente. E se não estiver vacinado, por favor tenha cuidado”, aconselha. “Faça o teste se precisar de ser testado antes de se reunir com outras pessoas, mas isso não é um substituto para a vacinação. Vacine-se e pode continuar a desfrutar das interações com a sua família e com os outros”.
O aviso vem numa altura em que os EUA (e o mundo) se preparam para uma segunda época natalícia em convivência com a Covid-19.
Atualmente, 88% da população portuguesa está completamente vacinada contra a Covid-19. No entanto, a definição de “completamente vacinado” irá irremediavelmente alterar-se à medida que uma parte crescente da população se torna elegível para receber uma dose de reforço.
A população atualmente elegível para a dose de reforço corresponde aos maiores de 65 anos, os profissionais de saúde e do setor social e os bombeiros que transportam doentes, e acordo com dados da Direção Geral de Saúde (DGS), mais de 750 mil doses de reforço já foram administradas em Portugal.
A DGS já emitiu também orientações a respeito das pessoas que receberam a vacina da Janssen, de toma única, e aqueles que recuperaram da doença e só receberam uma dose da vacina – que também passarão a ser elegíveis para a dose de reforço.
As doses de reforço serão sempre com a vacina da Pfizer ou da Moderna, independentemente da vacina que tenha sido administrada inicialmente, e o intervalo entre a toma da segunda dose e a dose de reforço vai ser reduzido de 180 dias para 150, o que permitirá vacinar mais pessoas em menos tempo.
Por agora, Fauci garante que a definição de “completamente vacinado” se mantém igual nos EUA, embora as recomendações possam vir a alterar-se.
“Duas doses por um período de tempo significa que se está totalmente vacinado, mas o que se quer que as pessoas compreendam, não é a eficácia da vacina – sabemos que é bastante eficaz – é o tempo que dura”, explica.
“Temos um grande número de vírus a circular por aí. Sabemos que há infeções mesmo em pessoas vacinadas, e é assim que ocorre uma subida nos casos. O resultado final, e denominador comum de todos estes dados, é que devemos ser vacinados se não formos vacinados, e tomar a dose de reforço se tivermos sido vacinados”, defende o médico.