Nas duas últimas horas, três portugueses tiveram um acidente vascular cerebral (AVC), um deles morreu e outro ficará com sequelas. Nesses mesmos 120 minutos, outro português não resistiu a um ataque cardíaco e outros 16 foram diagnosticados com diabetes.
Os dados são reveladores de um cenário preocupante: todos os anos, no País, morrem mais de 11 mil pessoas com AVC, outras quatro mil com enfarte do miocárdio e surgem 7 300 novos diabéticos. Os números que envolvem estas doenças tornam-nas, assim, as maiores ameaças à saúde e explicam porque têm ganho o título de epidemias – numa ideia de mostrar o seu brutal impacto. E os efeitos não se fazem sentir apenas na mortalidade, mas também na perda de qualidade de vida, pois causam graves sequelas e atingem pessoas de todas as idades.
Se os riscos já eram grandes, a chegada do SARS-CoV-2 veio acrescentar outro: os doentes cardiovasculares e os diabéticos correm mais perigo de vir a desenvolver a forma mais grave de Covid-19. Ao mesmo tempo, surgem todos os dias alertas de médicos preocupados com um futuro aumento de fatalidades e de problemas relacionados com AVC, enfartes e diabetes, por as pessoas terem medo de recorrer aos hospitais ou por estes não terem, neste momento, a capacidade ideal para dar a resposta necessária. Estas doenças tornaram-se verdadeiras bombas-relógio. E, por isso, são o tema principal da nova VISÃO Saúde, que já está nas bancas. Alguns dos melhores especialistas do País explicam-nos os sinais de aviso, os tratamentos mais eficazes, os mitos mais perigosos, as dúvidas comuns e a forma de as prevenir. Ao longo das páginas desta 16ª edição, vários doentes relatam ainda o que é viver com estas doenças e outros contam como estiveram no limite, quando foram traídos pelo coração ou por uma artéria do cérebro.