Com um grande aumento do R (índice de transmissibilidade), que saltou de 0,98 para 1,20 “em apenas seis dias, de 25 a 30 de dezembro”, Baltazar Nunes, epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), referiu que só fechando “como em março” é que o R pode descer de “forma mais acentuada”.
Os modelos matemáticos apresentado na reunião do Infarmed mostraram três vários cenários: com escolas abertas, só secundárias fechadas ou todas encerradas.
A conclusão é que se forem tomadas “medidas semelhantes a março”, mas com o regime presencial nas escolas “há uma redução do R abaixo de 1”, mas se as escolas também forem encerradas a “redução [do R] é muito mais acentuada.”, frisou o investigador. “Quanto maior o confinamento, mas se reduz o R”.
Na análise que fez, o especialista referiu que houve um aumento muito acentuado de novos casos de infeção “que ultrapassou em 130% o número máximo de novembro”, notando que o R esteve a descer de forma sistemática, “mantendo-se durante algum tempo abaixo de 1”, mas que entre o Natal o Ano Novo começou a aumentar. Agora, a média do País é de 1,20, sendo que o valor mais baixo é no Norte, com 1,18, e o máximo é o do Algarve, com 1,29.
No grupo de países que aumentaram o R entre 25 de dezembro e 11 de janeiro de 2021, Baltazar Nunes, disse que também estão Itália, França, Espanha, Grécia e Irlanda, sendo este último país o que tem a “situação mais preocupante”.