“A procura para aqueles dias antes do Natal é da ordem das centenas, em alguns casos milhares de pedidos”, confirma Luís Menezes, o diretor-executivo da Unilabs Portugal, à VISÃO, sobre os pedidos de testes à Covid-19 solicitados pelos portugueses nos últimos dias. Mais precisamente, desde que António Costa, o primeiro-ministro, anunciou, no passado sábado, que ia aliviar algumas restrições das medidas do combate à pandemia durante o período do Natal – permitindo, por exemplo, a circulação nos concelhos de maior risco – e que não ia impor um limite de pessoas para as reuniões familiares natalícias.
“Nós percebemos que esse era o motivo porque nos perguntavam sempre se era possível ter resultados antes do Natal”, acrescenta o responsável da Unilabs no nosso País, sublinhando que, naqueles centros, a maior prevalência dos pedidos que chegaram foram de testes PCR, feitos em laboratório e que demoram mais tempo a dar resultado do que os 15 minutos dos testes rápidos de antigénio.
“O que temos dito é que as pessoas devem ver isto como uma salvaguarda adicional. Mas isso não quer dizer que baixem a guarda: todas as recomendações das autoridades de saúde devem ser cumpridas, para que a testagem não tenha um efeito de relaxamento. Essa é uma preocupação que temos tentado transmitir. Percebemos que o queiram fazer, mas não deve ser motivo para baixar a guarda”, salientou ainda Luís Menezes, adiantando que “se for preciso, vamos alargar horários e abrir em locais onde a procura esteja a aparecer”.
A hipótese de reforçar serviços e alargar horários para responder ao número de pedidos para fazer testes à Covid-19 nos dias que antecedem ao Natal tinha sido igualmente avançada à VISÃO por Francisco George, o presidente da Cruz Vermelha, outra entidade autorizada a realizar testes, e onde também já é muito difícil encontrar vaga para fazer teste naqueles dias. Em Lisboa e Coimbra, os horários estão todos preenchidos; há apenas alguma disponibilidade nos centros de análise do Porto e da Maia.