Tem havido um maior afluxo de pessoas não infetadas aos hospitais e Centros de Saúde o que, nas palavras de António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, quer dizer que o medo está a ser vencido.
Em resposta à VISÃO, na conferência de imprensa diária, Lacerda Sales referiu que “cerca de 35% das consultas e exames” já foram reagendados, embora frise que “pode haver uma maior lentidão” no acesso a consultas e exames na região de Lisboa, devido ao aumento de casos nos últimos dias.
A ministra da Saúde, Marta Temido, revelou há dias que ficaram por fazer, desde 16 de março – altura em que foi suspensa a atividade programada do Sistema Nacional de Saúde para que todos os esforços se concentrassem no combate à Covid-19 – , e até ao fim de abril, 1,34 milhões de consultas e exames e 51 mil cirurgias. A tentar, agora, recuperar o tempo perdido, o governante nota que há maior afluência a estes espaços e apela a que as pessoas não tenham medo, pois “os circuitos Covid-19 e não Covid-19 estão bem definidos nas unidades de saúde.
A maior atenção e “preocupação” de disseminação do vírus continua concentrada na Região de Lisboa e Vale do Tejo, onde já começaram a ser feitos testes em massa aos funcionários de várias empresas. Ontem, 1 de junho, foram colhidas 945 amostras provenientes de rastreios na zona de Lisboa. São agora duas mil as colheitas que estão a ser analisadas pelo Instituto Ricardo Jorge. “Seguimos a estratégia de identificar, testar e isolar muito rapidamente. O INEM tem um plano de testagem em curso em várias dezenas de empresas situadas na Grande Lisboa, a maioria na zona da Azambuja”, explicou Lacerda Sales.
Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, diz que objetivo é conter estes surtos às suas zonas, evitando “novas cadeias de transmissão” e procurando “quebrar as já existentes”.
Quanto ao regresso do futebol, Graça Freitas, dirigiu-se aos adeptos para lhes pedir que não “festejem” os golos como antigamente. Festejos sim, mas sem abraços e com distanciamento, a não ser, claro, que sejam “co-habitantes”.
