O número de projetos de investigação de uma vacina que consiga ser eficaz contra a Covid-19 não para de crescer. A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou um documento com as vacinas candidatas e, neste momento, são já 89. Sete estão mais avançadas, encontrando-se a ser testadas em humanos, dentro de ensaios clínicos. As restantes 82 situam-se numa fase pré-clínica ou exploratória.
Segundo a OMS, todas são consideradas candidatas a vacina, apesar de estarem em fases diferentes. Sendo certo que as 82 estão a desenvolver-se em prazos muito mais rápidos do que o habitual, uma vez que, em média, uma vacina costuma demorar quase dez anos a chegar ao mercado. Há até cientistas que dizem acreditar que as vacinas que estão a trabalhar podem estar concluídas ainda este ano. É o caso da vacina que foi criada por investigadores da Universidade de Oxford, nos EUA: a cientista Sarah Gilbert admitiu, em entrevistas que tem dado, que é possível ter a vacina pronta em setembro para ser produzida em massa. Também a Pfizer – que em conjunto com outros laboratórios está a trabalhar numa das vacinas em fase mais avançada- anunciou que espera ter a imunização concluída até ao final deste ano. Uma e outra estão a ser testadas em humanos e os cientistas esperem depois do verão conseguir alargar os ensaios a milhares de pessoas.
Entre as vacinas em estudo há várias técnicas diferentes. Umas apostam no uso do ADN, outras recorrem ao novo coronavirus inativo, outras são feitas com base em vírus manipulados geneticamente e outras ainda usam fragmento do vírus.
Esta rapidez na investigação tornou-se possível desde que a 11 de janeiro foi divulgada a sequência genética do coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença respiratória aguda, ou seja, a Covid-19.