Uma equipa de investigadores da Queen’s University, em Kingston, Canadá, concluiu que os consumidores de café têm um risco mais baixo do tipo de cancro do fígado mais comum. Os resultados da investigação, publicada no início no ano no British Journal of Cancer, foram apresentados esta semana na conferência anual do Instituto Nacional britânico para a Investigação do Cancro.
Ao longo de sete anos e meio, os investigadores analisaram os hábitos de consumo de café de mais de 470 mil pessoas no Reino Unido, que tinham participado num dos maiores estudos de longo prazo do mundo, o UK Biobank.
Mais de três quartos dos participantes disseram beber café e, em comparação com os que não o faziam, aqueles tinham maior probabilidade de ser mais velhos, do sexo masculino e um nível de escolaridade mais elevado. Os consumidores de café também se revelaram com maior tendência a ser fumadores ou ex-fumadores e a consumir mais álcool e ter o colesterol mais elevado. Com estes fatores todos em consideração, os investigadores descobriram que quem bebia café tinha 50% menos probabilidade de desenvolver carcinoma hepatocelular, em comparação com quem não o fazia.
Os resultados agora apresentados vão ao encontro do relatório do Fundo Mundial para a Investigação do Cancro, que considera haver evidência “provável” de que beber café baixa o risco de cancro do fígado.
A equipa da Queen’s University também procurou uma relação entre o consumo da bebida e outros cancros do sistema digestivo, como do intestino e do estômago, mas não encontrou uma ligação consistente.
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