Um treino de levantamento de pesos é mais benéfico para a saúde do coração do que correr, fazer uma caminhada ou até ciclismo.
Este é o resultado de um novo estudo realizado por investigadores da Universidade de St. George, em Granada, que conclui que, apesar de as duas últimas formas de exercício também diminuírem o risco de se desenvolverem doenças cardíacas, a probabilidade diminui ainda mais com exercícios mais estáticos como levantamento de pesos ou até flexões.
A equipa analisou os fatores de risco associados a problemas cardiovasculares de mais de 4 mil pessoas, como como a pressão alta, o excesso de peso, diabetes, colesterol alto, em função da sua atividade estática ou dinâmica.
Depois de relacionarem os dados com a idade, etnia, género e tabagismo, estabeleceram dois grupos diferentes, os participantes com idades entre os 21 e os 44 anos e os que tinham mais de 45.
Em percentagem, 36% dos jovens e 25% dos adultos mais velhos realizaram atividades estáticas como o levantamento de pesos e 28% dos jovens e 21% dos adultos mais velhos fizeram atividades dinâmicas como a corrida.
Os resultados mostraram que a realização dos dois tipos de atividade está relacionada com a diminuição dos fatores de risco de doença cardiovasculares em 30% a 70%, mas a redução era ainda maior no grupo de jovens que realizavam atividades estáticas.
Maia Smith, investigadora na Universidade de St. George, em Granada, e autora principal da pesquisa, diz que o mais importante é garantir que as pessoas façam exercício físico e que os médicos devem aconselhar os dois tipos de atividade aos pacientes, tantos os mais jovens como os mais velhos.
“No entanto, a atividade estática pareceu mais benéfica relativamente à dinâmica, e os pacientes que fizeram os dois tipos de atividade física saíram-se melhor do que os pacientes que simplesmente aumentaram o nível de um tipo de atividade”, explica, ao The Telegraph.
A pesquisa foi apresentada recentemente na Conferência Latino-Americana de Cardiologia 2018.