No instante em que nos expomos à luz do Sol, a nossa pele começa a ser agredida. A radiação solar, em particular os raios ultra-violetas, danificam o material genético das nossas células. Um sinal deste dano é precisamente o bronzeado, que é uma resposta de proteção: quanto mais melanina (o pigmento que dá cor à pele), maior a proteção.
Além de intensificar a produção de melanina, o corpo também é capaz de reparar os danos na cadeia de ADN. Mas este sistema de correção de erros por vezes falha e é aí que aparece o cancro da pele. Sendo o melanoma a forma mais grave do mesmo.
Este ano, a 16 de maio celebra-se o dia do euromelanoma, com rastreios gratuitos em várias unidades de saúde e chamadas de atenção para o auto-exame. A recomendação da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo é que uma vez por mês se ponha nu em frente ao espelho, para analisar a sua pele, à procura de alterações ou manchas suspeitas (no site da associação encontra indicações precisas sobre a forma de fazer o exame). Ao primeiro sinal estranho, consulte um especialista. Detetado em fase precoce, o cancro da pele é de resolução simples.
Recentemente, foi descoberto um gene – apelidado de UVRAG (da sigla em inglês para gene da resistência à radiação ultra-violeta) – que ajuda a travar o cancro antes de ele se espallhar. As pessoas que têm a versão ‘boa’ deste gene têm maior resistência ao problema. As que têm a versão ‘má’ sofrem de uma doença muito rara, de nome xeroderma pigmentosum. A boa notícia é que a partir da identificação deste gene, começou a pensar-se no desenvolvimento de produtos, como cremes, que possam ajudar na reparação dos estragos causados pela radiação solar.
(Fonte das informações no vídeo: cancro-online.pt)