Para a experiência, com recurso a 114 voluntários (63 mulheres e 51 homens) entre os 18 e 50 anos de idade, foi pedido aos participantes, a quem foram tiradas as medidas antropométricas (peso, altura e circunferência abdominal), que mergulhassem as mãos numa bacia com água e gelo durante três minutos. Os investigadores utilizaram ainda o método da impedância bioelétrica, uma técnica não-invasiva, para medir a composição corporal.
“Nós queríamos estudar a influência do tamanho e da composição corporal na perda de calor e no reaquecimento das mãos para determinar se isto afeta a sua temperatura e os seus movimentos em condições de frio”, explica Stephanie Payne, autora principal do estudo, acrescentando que as mãos têm uma grande relação superfície/volume, o que dificulta o equilíbrio térmico perante temperaturas mais baixas.
A experiência revelou que a massa muscular, e não a gordura, é determinante: Participantes com mais músculo viram as suas mãos aquecer novamente com maior rapidez. Mulheres e crianças tendem a ter menos massa muscular, o que resulta numa maior perda de calor nesta parte do corpo.
Payne justifica a importância do estudo com o risco elevado e potencialmente fatal de casos de hipotermia em lugares mais frios. Ao conhecer o fator de risco, podem ser tomadas medidas para evitar que as pessoas – principalmente aquelas com menos músculos – que habitam climas mais gelados, não sofram lesões graves.