A Universidade de Sydney, na Austrália, realizou recentemente um estudo sobre a produtividade em horário laboral, baseado na diversidade de cronotipos – ritmo corporal que dita quais as horas mais propícias para acordar ou adormecer – de pessoas com atividades profissionais diferentes.
A pesquisa, publicada na revista Academy of Management Review, analisou como a diversidade de cronotipos tem influência a nível comportamental, de coordenação e processamento de informações de uma equipa.
Os resultados revelaram que os trabalhadores eram mais produtivos em determinados momentos do dia, dependendo do seu “relógio corporal”. Em trabalhos que exijam tarefas de grupo – como equipas de cirurgias ou de emergência –, o desempenho profissional pode melhorar em grupos compostos por pessoas com o mesmo ritmo circadiano (ciclo que controla a fome e o sono).
Por outro lado, equipas que estejam em constante estado de alerta – como tripulações aéreas ou enfermeiros – beneficiam de pessoas que atinjam o pico de produtividade em momentos diferentes.
Stefan Volk, autor do estudo, chama a atenção das empresas para que tenham em consideração os cronotipos dos funcionários e que se façam ajustes nos horários: Se são mais produtivos durante a noite, devem ser compensados de manhã ao entrarem mais tarde, por exemplo.
“Estas diferenças fisiológicas são importantes no contexto de trabalho e temos de entender como isso afeta as equipas. Quando as pessoas são diferentes, pode ser positivo ou negativo, dependendo da tarefa que estão a realizar. Se os membros de uma equipa de cirurgia têm cronotipos diferentes, isso não é bom”, afirma ao jornal The Sydney Morning Herald.
Volk realça que, através do que as ciências médicas e biológicas nos dizem sobre o funcionamento do corpo humano, devemos melhorar o desempenho dos funcionários de diversas maneiras, preservando sempre a segurança e eficácia do trabalho.