Já alguns estudos se debruçaram sobre os sentimentos negativos que o Facebook e outras redes sociais podem provocar nas pessoas e, talvez, os próprios utilizadores já se aperceberam das descobertas deste novo estudo, levado a cabo pela Universidade de Copenhaga: o uso regular do Facebook deixa as pessoas mais tristes, solitárias e invejosas. E, o estudo em si, pode ter apresentado uma solução.
No início, Morten Tromholt, o investigador, pediu aos 1095 participantes que preenchessem um inquérito acerca da sua satisfação com a vida e os seus sentimentos em geral (por exemplo, se estavam felizes ou se sentiam raiva). De seguida, dividiu, aleatoriamente, o total de participantes em dois grupos. As pessoas do primeiro grupo não podia utilizar o Facebook durante uma semana completa, enquanto as outras continuavam a utilizá-lo normalmente.
Depois de essa semana terminar, o estudante e investigador da Universidade de Copenhaga pediu-lhes que preenchessem, de novo, o inquérito feito anteriormente sobre os níveis de satisfação. Os resultados foram claros: o grupo que fez deixou de frequentar a rede social apresentou, em geral, maiores níveis de satisfação.
Nos resultados gerais, houve uma subida de 0,56 pontos neste grupo. Antes, a satisfação geral era de 7,56, numa escala de 0 a 10 e, depois, de passou a ser de 8,12. Quanto ao grupo de controlo, aquele que fez uso normal do Facebook, também houve subida, mas menos significativa: de apenas 0,08 pontos.
No que toca aos aspetos de “felicidade” e de “apreciar a vida”, o grupo das pessoas que parou de utilizar o Facebook teve números maiores do que o grupo de controlo: 88 por cento das pessoas disse estar feliz, face a 81 por cento do grupo de controlo e 84 por cento disse apreciar a vida, contra 75 por cento do grupo de controlo.
Além disso, quem deixou de usar esta rede social sentiu-se menos triste, solitário, deprimido, preocupado e com menos raiva (respetivamente, menos 12, 9, 11, 13, 8 por cento do que o grupo de controlo). Depois desta paragem, os participantes referiram, também, ter maior poder de concentração e acreditam que, sem o Facebook, perderam muito menos tempo nas suas vidas diárias.
No início, 94 por cento dos participantes deste estudo disse que o Facebook fazia parte de uma rotina diária. 86 por cento verificam o feed de notícias frequentemente ou muito frequentemente e 78 por cento disse utilizar o Facebook durante 30 minutos ou mais. Quanto àquilo que colocam na rede social, 61 por cento prefere publicar o seu “lado bom” e 69 por cento diz também preferir tornar públicas as fotografias sobre as “grandes coisas”.