É a nossa sorte grande e terminação: investigadores americanos descobriram que não é preciso treinar como se fosse para fazer uma maratona para os resultados a nível físico se fazerem notar no corpo e na saúde. Dezanove minutos num mini-trampolim chegam perfeitamente como exercício cardiorrespiratório. E é muito mais divertido do que correr.
A conclusão é de uma equipa de investigadores da Universidade do Wisconsin – La Crosse, que realizou um estudo a pedido da American Council on Exercise, uma organização sem fins lucrativos que certifica profissionais de fitness.
John Porcari, professor de Ciência do Desporto, e os colegas escolheram 24 estudantes do secundário aparentemente saudáveis que tinham feito exercício físico pelo menos três vezes por semana nos últimos seis meses. Depois de lhes medirem o ritmo cardíaco e o nível de oxigénio, e de lhes ensinarem os movimentos mais comuns, pediram-lhes que completassem uma rotina baseada num vídeo de 19 minutos.
Além de os voluntários terem melhorado a sua aptidão cardiorrespiratória, os investigadores concluíram que, ao contrário do que se possa pensar, saltar num mini-trampolim também é bom para os gémeos e outros músculos das pernas. “Uma das desvantagens da corrida é que pode levar a lesões ortopédicas”, nota Porcari. O trampolim tem a vantagem de absorver uma parte do choque, aliviando o impacto nos pés, “e os saltos parecem mais fáceis do que são na realidade”.
Ajuda se o exercício for feito a ver o vídeo realizado pela JumpSport, diz o professor. “Quando fazemos ao mesmo tempo ou fazemos alguma coisa divertida o fator prazer ultrapassa o facto de que estamos a trabalhar no duro.”
Outra vantagem do mini-trampolim é o treino do equilíbrio. Pode parecer anedota, mas durante a II Guerra Mundial, os trampolins eram usados para ajudar a aumentar a perceção espacial dos pilotos dos caças. E, mais recentemente, a NASA pôs astronautas a treinar com trampolins, concluindo que, em termos aeróbicos, é tão eficaz como correr.