A Conferência dos Oceanos da ONU prossegue esta quarta-feira, ao terceiro dia, com foco nos mecanismos de integração feminina, juvenil e africana nas tecnologias dedicadas à preservação marinha. A COI-UNESCO e a Comissão da União Africana coorganizaram um diálogo, em paralelo à conferência, sobre a importância do envolvimento de jovens e mulheres nas questões ambientais, para se alcançar a sustentabilidade. O evento procurou também salientar a importância de tornar a preocupação sobre a preservação marinha um assunto mundial. “Precisamos de liderança no desenvolvimento dos oceanos em África para nos tornarmos sustentáveis”, afirmou Allison Clausen, representante da UNESCO neste evento.
Para se chegar a este objetivo, no âmbito do projeto da Década dos Oceanos, foi desenvolvido pela UNESCO o roteiro ecológico “The Ocean Road Map”, que estabelece nove ações prioritárias em prol da saúde oceânica do continente africano. O objetivo é providenciar às entidades e outras partes interessadas um ponto de partida para implementarem a Década dos Oceanos no continente.
Durante o evento, foram ainda exaltadas iniciativas como o Conselho Nacional do Meio Ambiente da Juventude nas Maurícias. “Precisamos das melhores mentes para resolver todos os problemas e desafios da década”, acrescentou Allison Clausen. O conselho permite que a juventude de nacionalidade maurícia contribua no processo de tomada de decisão, para assuntos relacionados com a proteção do ambiente no país.
Além da criação de espaços de participação juvenil, é cada vez mais necessário implementar medidas que promovam também a participação de mulheres no mercado de trabalho. Uma vez que as mulheres desempenham um papel fulcral na solução da crise climática, “precisam de apoio social, a possibilidade de ter os filhos no local de trabalho” para desempenharem melhor os seus papéis na atividade marinha. “Igualdade salarial não é suficiente” declarou Sara Andreotti, bióloga marinha e uma das oradoras do painel.