Começou esta segunda-feira, 27, a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, coorganizada pelos governos de Portugal e do Quénia. O evento, que decorrerá entre 27 de Junho e 1 de Julho em Lisboa, sob o lema “O nosso oceano, o nosso futuro, a nossa responsabilidade”, reúne diversos países com o objetivo de apurar mecanismos de proteção marinha e costeira.
Na sua intervenção, ao início da tarde, Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática em Portugal, alertou para o facto de que “as alterações climáticas já afetam o nosso presente e condicionarão o nosso futuro”.
Segundo o ministro, o País vive atualmente uma das maiores secas desde 1931, sendo que, nos últimos 20 anos, a precipitação diminuiu 15%, e prevê-se que diminua mais 10 a 20% até o final do século.
“Melhorar a governança deste recurso tem sido um grande desafio”, diz o ministro. Duarte Cordeiro acrescentou que 99% da água consumida em Portugal é segura e de qualidade, mas reforçou para a importância de preservar e reutilizar a água para finalidades que não exijam a sua potabilidade. Cerca de 13 mil milhões de euros foram investidos nos últimos 25 anos para a produção de água potável.
Perante o cenário de emergência climática que o mundo e o País enfrenta, o ministro alerta que é cada vez mais necessário que nos habituemos a viver com menos água.