A sustentabilidade da Humanidade pode passar por uma mudança drástica nos hábitos alimentares pelo menos, no mundo Ocidental. Segundo um estudo divulgado na segunda-feira, 13, pela Agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), os insetos são uma fonte de alimentação ecologicamente mais eficiente do que as vacas, os frangos e os porcos e constituem uma enorme reserva por explorar. Vai uma centopeia?
1 – Fazem bem à saúde
Existem entre 1000 e 1 900 espécies de insetos comestíveis, que, na generalidade, constituem uma “alimentação altamente nutritiva e saudável”, fonte de proteínas, vitaminas e fibras. Comer minhocas é uma forma de obter omega-3 tão válida como comer peixe…
2 – Protegem o ambiente
As vacas, para a mesma quantidade de proteína, precisam de 12 vezes mais comida do que os grilos e produzem muito mais gases com efeito de estufa, como o metano. A vaca precisa de comer 25 quilos de ração por cada quilo da sua carne para alimentação humana. O grilo é muito mais eficiente.
3 – Tão bons como lagosta
Bem. Pelo menos o camarão e a lagosta são da família dos artrópodes, a que também pertencem as tarântulas e as centopeias. A FAO cita o biólogo Joseph Charles Bequaert: “Só o preconceito explica aversão do homem civilizado a incluir bichos de seis pernas na dieta.”
4 – Ajudam a economia
A criação de insetos pode ser uma boa alternativa à criação de gado para os fazendeiros pobres do mundo em desenvolvimento, diz a FAO. Uma “quinta” de insetos ocupa pouco espaço, eles são fáceis de criar e reproduzem-se depressa, garantindo um retorno rápido do investimento inicial.
5 – Muita gente já os come
Mais precisamente 2 mil milhões de pessoas já incluem os insetos na sua alimentação, sobretudo nos países tropicais mas também em climas mais temperados como os da China, Japão e México – neste último, existe até uma iguaria chamada o “caviar mexicano” que provém de mosquitos