Os pescadores das embarcações de pesca artesanal da Figueira da Foz estão há cerca de dois meses sem ir ao mar devido ao mau tempo, mas também por causa das condições da barra, que alegam estar assoreada.
“A situação está a afetar 30 a 40 embarcações e cerca de 100 famílias. A barra tem estado sempre fechada de há uns meses para cá. Desde outubro ou novembro, só fomos 10 dias ao mar ou pouco mais”, disse à agência Lusa Alexandre Carvalho, pescador e proprietário de uma embarcação.
Embora admita que no inverno é “comum” a barra estar fechada à navegação de embarcações mais pequenas – um balão negro, “a meio pau”, no Forte de Santa Catarina, sinaliza a proibição de navegação a embarcações com menos de 11 metros -, Alexandre Carvalho sustenta que depois de terminadas as obras nos molhes do porto, a draga “deixou de atuar” e a barra “está assoreada”, dificultando o acesso aos pequenos barcos de pesca, com cerca de nove metros.