Os primeiros passos deu-os nos primeiros mergulhos. Luís Quinta sempre teve uma preferência pela fotografia no mar, por isso, começou a praticar pesca submarina na costa portuguesa. O fotógrafo precisava de “conhecer bem os peixes, para os conseguir enganar e depois os apanhar”, conta. Desta forma, percebeu o quotidiano das espécies marinhas, e o seu primeiro projeto de vida foi fotografar debaixo de água. Fê-lo durante dez anos.
Em 1994, Luís Quinta sentiu a necessidade de se diferenciar dos demais fotógrafos marinhos, que entretanto tinham surgido, e decidiu começar a fotografar as espécies marinhas das águas dos Açores. Segundo o mesmo, o povo português tem uma “mega fauna à porta de casa” – o maior animal do mundo (Baleia Azul), o maior peixe do mundo (Tubarão Baleia) e a maior tartaruga marinha do mundo (Tartaruga de Couro) habitam nas águas dos Açores e “são nossos contemporâneos”. Contudo, um ano depois, Quinta decidiu diversificar o seu portfólio e começou a captar imagens fora de água: anfíbios, repteis, entre outros elementos do mundo natural.
Para se tornar conhecido e vender mais facilmente o seu trabalho, começou a participar em concursos de fotografia, palestras, exposições, a escrever artigos e a dar formação. A angariação de prémios trouxe-lhe reconhecimento internacional e deu-lhe a oportunidade de “divulgar e partilhar património português”.
Apesar de todas as metas que atingiu, Luís Quinta revela que estes resultados só foram possíveis devido a muito tempo de campo. Para ele, os fotógrafos regem o seu trabalho através de “3P’s”: Paixão, Paciência e Perseverança.