No início, as indústrias de recursos intensivos adotavam os chamados “comportamentos verdes” tendo em vista a redução de custos por otimização de recursos. Hoje, no entanto, a adoção de práticas sustentáveis traduz-se em mais do que simples poupança: competitividade, renovação de produtos e estratégias, refinação de imagem corporativa e ligações sociais mais fortes que nunca são as principais vantagens.
A conversão de sustentabilidade em impacto no negócio é um desafio que o setor turístico e hoteleiro tem enfrentado. O exemplo do projecto “Inspira Santa Marta Hotel”, apresentado no decorrer do seminário Neoturis, no Greenfest, é uma prova desta ideia. Surgindo da reabilitação de um edifício antigo afirma que a sua meta, em termos de práticas sustentáveis, não passa pela poupança que é feita diariamente, mas sim pelo princípio de não despender.
Mas este não é o único exemplo. O Montado das Herdades do Monte Novo orgulha-se da sua conduta sustentável, promovendo o lado alentejano do País e, simultaneamente, gerindo os recursos naturais, onde a preservação da cortiça se mostra crucial na defesa do ecossistema e da biodiversidade.
A aviação, por seu lado, sempre arrastou consigo inúmeras polémicas relativas à emissão de CO2. Por esse motivo, este setor é encarado como um contrapeso em assuntos de sustentabilidade. Hoje, porém, essa realidade já não é tão clara. O conceito de “aeroportos sustentáveis”, defendido por Francisco Pita, Vice-Presidente ANA Aeroportos de Portugal, tem vindo a ganhar poder desde 2006.
Pequenas ações, como o apagar das luzes depois de um dia de trabalho no escritório, mostram-se igualmente essenciais, como a questão da emissão de gases de efeito de estufa, no desenvolvimento de comportamentos sustentáveis, bem como o redesign de aviões, na procura de um melhor aproveitamento de ergonomia.
O desenvolvimento sustentável do setor hoteleiro e turístico e do mercado da aviação caminham lado a lado com as necessidades futuras. A eficiente gestão de todos os recursos permite a conservação da integridade cultural e o desenvolvimento de um “eco-design”, que irá proporcionar eficiência energética.