Costuma dizer-se: “Não acredito em bruxas, mas que as há, há!” Ora, parece que ainda anda por aí muita gente que discute se as alterações climáticas existem mesmo, uma vez que têm memória de eventos extremos semelhantes. Incluindo doutas personalidades do setor agrícola nacional. Aceito que possam ter memória de eventos extremos pontuais. Agora, eventos sucessivos, prolongados e com a intensidade e a severidade verificadas na última década em Portugal e no estrangeiro, é inédito, e temo-lo sentido na pele.
De acordo com os dados das observações do programa europeu Copernicus, 2023 foi o ano mais quente de que há registos. E pasme-se! O tão famoso 1,5ºC de aumento médio de temperatura de que a comunidade científica vem falando faz décadas foi precisamente o aumento médio verificado em 2023.