O conflito entre Israel e o Hamas rapidamente transbordou das fronteiras israelitas e palestinianas. 12 dias depois do massacre de 7 de outubro, os rebeldes Hutis (aliados do Hamas), que controlam a maior parte da costa leste do Iémen, começaram a bombardear navios que se dirigiam para Israel. Mas rapidamente o alvo passou para todas as embarcações que atravessam o estreito de Bab-el-Mandeb, que liga o mar Vermelho ao oceano Índico, e passam perto da costa iemenita.
Uma coligação liderada pelos EUA, criada em dezembro (com o nome Operação Guardião da Prosperidade), tem estado a retaliar, tentando proteger o tráfego marítimo na região. As grandes empresas de transporte, contudo, não podem dar-se ao luxo de arriscar perder cargueiros para um míssil ou drone huti, pelo que a opção passa pela velha alternativa que os portugueses abriram ao mundo, há cinco séculos: a rota à volta de África, através do cabo da Boa Esperança.