El Chalten é a capital nacional do Trekking e, apesar de ser pequena, esta povoação surpreende pela diversidade de produtos e serviços que oferece à comunidade de mochileiros. Por todo o lado há uma multidão de aventureiros.
O dia acordou limpo e com sol radioso. O cenário a preto e branco está mesmo à nossa frente, e convence. Do Cerro Torre ao Fitz Roy, tudo é afiado, parecendo esculpido a duas cores. Nem a neve consegue fixar-se nas suas paredes.
Deixamos tudo para trás das costas e seguimos estrada fora, em direção a El Calafate. O vento e os condores acompanham-nos. A estrada, agora de alcatrão, e sempre igual: retas intermináveis, que passam junto a Estancias, autênticas quintas latifundiárias, e onde não se vê vivalma, requerendo uma grande dose de imaginação para compor uma paisagem quase lunar de estepe patagónica.
Aos 90kms, no primeiro cruzamento, entramos por fim na igualmente famosa Ruta 40, ou Transpatagonica, ou será um longo, longo, caminho para lado nenhum?!
No horizonte, a mesma sombra cinzenta com o azul do lago Viedma, que continuamos a contornar. Agora podemos contemplar o Fitz Roy durante horas. É uma vantagem contarmos com o vento para nos atrasar o movimento, para assim os cenários não desaparecerem. Vemos tudo em câmara lenta.
Desviamo-nos desta estrada para seguir rumo a El Calafate, onde iremos ter um dia de descanso para visitar o glaciar Perito Moreno. Dizer algo sobre uma massa de gelo formada há mais de 20,000 anos e com 70 metros de altura e 5 quilómetros de extensão é, manifestamente, pouco…
O espetáculo é grandioso: os blocos enormes que se desprendem e ecoam como explosões; a cor do gelo que perde a brancura nos dias nublados, para se tornar num azul irreal.
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