Opinão
A manipulação da Geração Z
A geração que lutava pelo clima, hoje apregoa a “liberdade financeira”; que sempre teve amigos estrangeiros, hoje critica a imigração; que se afirmava pela liberdade sexual, hoje vota em conservadores
TAP, a bomba-relógio política
O caso faz arder as mãos de Luís Montenegro como castanhas quentes
O europeu de Costa
A diplomacia portuguesa está, uma vez mais, de Parabéns. E há pelo menos um português, que já ganhou o Europeu, pelo menos o conselho
Paralisar é morrer
Ao fim de dois anos de invasão, falhada a tomada-relâmpago de Kiev, o controlo territorial alargado e com uma fatia do Donbass estagnada há praticamente ano e meio, Putin vai às urnas envolto numa mentira, embrulhado numa tragédia surda, mascarado por feitos empolados, dependente das ajudas de terceiros, inclusive de uma futura administração norte-americana
Até quando?
E, sim, quem vota no Chega tolera o racismo, a xenofobia, apoia todos os atentados a princípios básicos da decência e acredita nas mais estapafúrdias mentiras. Não serei eu a contribuir para a infantilização da gente que vai votar no Chega nem deixarei de os responsabilizar por tudo o que possa acontecer à nossa democracia
Apresentação de detido a interrogatório judicial
A detenção, enquanto privação de liberdade, mesmo que temporária e legitimada, tem sempre caráter de exceção, e qualquer atuação das autoridades judiciárias não deve perder de vista essa matriz de excecionalidade
Crise na justiça
O problema é que, nos tempos atuais, a perceção por parte dos cidadãos do estado da justiça e as críticas que lhe são feitas surgem não de uma avaliação global e ponderada com base em indicadores objetivos, mas de uma análise superficial
Tiques estalinistas e uma AD poucochinha
Esta AD é um erro crasso e não faz qualquer sentido. É má para o PSD e reduz as hipóteses de Montenegro ser primeiro-ministro
25/4 e 5/11
Vivemos sob a metralha de quem acha que vive de dizer que está tudo mal e reproduzimos quase cegamente perceções tantas vezes erradas
Prioridades
O ano de 2023 foi marcado pela manutenção da crise inflacionista na zona euro, com a continuação da subida das taxas de juros e pelo consequente sentimento em muitos portugueses do agravamento muito significativo do custo de vida
Mais um chumbo do Tribunal Constitucional aos metadados
De destacar os votos de vencido de três dos juízes, expressos no Acórdão, e de que aqui deixamos alguns dos argumentos que contrariam a declaração de inconstitucionalidade
Vade-retro, fatalismo
Há ainda outro fatalismo contrariado pelas eleições polacas, que não é mais do que uma bela lição para outras democracias: a histórica mobilização dos jovens (71%), grande plataforma da oposição mais progressista, quando há quatro anos apenas 46% votaram
Orçamento de Estado para 2024
O combate à corrupção e a outros fenómenos criminais como a violência doméstica e a criminalidade informática só é possível com uma aposta no reforço de meios próprios do Ministério Público, enquanto Magistratura autónoma e independente do poder executivo
O que é uma noitada no trabalho face a uma reguada ou um estaladão?
As gerações mais novas confrontam-se com um mundo incerto que lhes oferece precariedade e falta de esperança. Se lhes adicionamos despotismo e sacrifício, vira penitência
Geografia, poder, medo e compromisso
Como já perceberam, há pelo menos duas inquietações que me acompanham nesta coluna, desde que a iniciei há um ano e meio, já para não recuar aos quase 17 anteriores noutros espaços da Imprensa escrita: cruzar a geografia com a política, trazendo algumas variáveis mais estanques à volatilidade dos acontecimentos, e acentuar a luta contra as desigualdades sociais e económicas como salvaguarda da saúde das democracias
O leilão político das "rentrées"
O lançamento dos dados, por parte do PSD, dá-lhe a dianteira, mas nós já vimos este filme
Um viva a nós!
Não é em vão que Eça de Queiroz, o escritor mais citado e mais apreciado por toda a gente, sobretudo políticos, gastou boa parte do seu tempo e da sua obra a ridicularizar Portugal
Igreja desperdiça o seu principal ativo
Mais de um milhão de forasteiros, a esmagadora maioria dos quais a atravessar uma “idade difícil”, deram, nesse capítulo, dez a zero ao jovem português médio
Um País de joelhos
E vamos ver se nos entendemos: as JMJ não passam de uma gigantesca ação de propaganda da Igreja Católica, a que o chefe dessa instituição se associa
São as pessoas, estúpido
Não houve ninguém que não visse e se chocasse com a imagem do menino morto à beira mar, depois dum dos vários naufrágios no Mediterrâneo. Dele já poucos lembram o nome e, da imagem, ficou apenas o vermelho da t-shirt que usava. Para trás ficou a empatia com o pai da criança, o horror do “peixinho inocente” dado à costa, a indignação sobre o que se passa no mar da morte
Três tristes tópicos
Ora se é uma evidência António Costa já imensas vezes ter sido objeto de insultos racistas, vítima de um racismo explorado por inimigos políticos sem escrúpulos, eles próprios racistas, embora sempre o negando – tal evidência, em meu juízo, não existe nos referidos cartazes