Macron

O antigo negociador da União Europeia para o Brexit, Michel Barnier, foi nomeado esta quinta-feira, dia 5 de setembro, Primeiro-ministro de França

Este retrato esbarra na caricatura dos franceses mimados agarrados a direitos incomportáveis para um país que já supera os 5% do seu PIB em défice. É um retrato feito de desigualdades profundas que as políticas das últimas décadas só agravaram. E é aí que reside a chave do imbróglio político francês, que é o espelho do que se passa um pouco por todo este velho continente

Após os resultados da primeira volta de eleições de domingo – que deram a vitória à extrema-direita – milhares de apoiantes da aliança de esquerda manifestaram-se, pedido a Emmanuel Macron que clarifique a sua posição e apele a uma “frente republicana”

A União Nacional, de Marine Le Pen, venceu a primeira volta das eleições francesas com cerca de 34% de votos, segundo as primeiras projeções. Em segundo lugar, com 28,5% dos votos, ficou a aliança de esquerda Nova Frente Popular

Os avisos do presidente francês, numa entrevista à The Economist

A Europa ser "mortal" depende das "nossas escolhas, mas estas escolhas têm de ser feitas agora", porque "há um enorme risco de sermos enfraquecidos ou mesmo relegados", avisou o presidente Francês esta quinta-feira, 25 de abril

Macron defendeu também que as redes sociais estão a alimentar a violência durante os incidentes e quer que os “conteúdos sensíveis” sejam removidos

Há muito tempo que qualquer tentativa de obrigar os franceses a trabalhar por mais tempo desperta ondas de indignação e de resistência. Grande parte da vida adulta em França é estruturada a pensar na ‘década de ouro’, a da primeira metade da reforma quando, pela primeira vez na vida, as pessoas podem fazer o que quiserem, sem filhos para cuidar nem hipotecas para pagar. Por isso, a proposta de Emmanuel Macron para aumentar a idade de reforma dos atuais 62 para os 64 anos está a ser recebida com intensos protestos, que prometem intensificar-se.

Os votos de 58,8% dos franceses salvaram a França e a Europa do desastre imediato. Depende agora de Emmanuel Macron que esse desastre seja derrotado para sempre e não apenas adiado

As previsões à hora de fecho das urnas, sempre muito fiáveis, dão-lhe 58% dos votos na segunda volta das eleições

O líder russo informou-o de que só vai parar quando controlar toda a Ucrânia

Após o lançamento de um livro que denunciou Olivier Duhamel, aclamado académico francês, pelo abuso sexual do seu enteado de 14 anos, surgiu um novo movimento em França: o #MeTooInceste. Ao longo deste mês, milhares de vítimas deram os seus testemunhos nas redes sociais - e o Presidente Macron foi obrigado a implementar reformas legais

Após assistir a três homicídios motivados por radicalismo islâmico ao longo das últimas quatro semanas, o Governo francês apresentou uma lei para combater o "fundamentalismo religioso", com medidas para reforçar o laicismo do país. No entanto, Macron está a ser alvo de críticas pelo "ataque aos muçulmanos"

Em entrevista à VISÃO, o vice-presidente da Câmara de Cascais e ex-líder da distrital de Lisboa acusa Rio e a direção do partido de se esgotarem a perseguir a alegada oposição interna nas redes sociais, enquanto deixam o Governo em roda livre. Consigo ao leme dos sociais-democratas, garante, comportamentos menos éticos, como as presenças-fantasma dos deputados, não teriam cobertura. E ainda critica vários líderes europeus moderados por encararem os populistas como úteis

É impressionante ver como, no plano europeu, só Macron conseguiu até agora fazer um discurso positivo, afirmativo, sem adversativas, a favor de uma sociedade aberta e global