GES

Caetano e Carlos Beirão da Veiga, herdeiros de um dos cinco ramos da família Espírito Santo, são os principais suspeitos de crimes como participação económica em negócio, corrupção no setor privado e branqueamento de capitais, num processo que está a correr no DIAP de Lisboa. Foram alvo de buscas e apanhados em dezenas de escutas

Banca, fundos europeus, clubes de futebol, comunicação social, tragédias nacionais e até batatas – quase tudo foi objeto de investigações parlamentares no Portugal democrático

O ex-ministro Armando Vara e o empresário Carlos Santos Silva, arguidos na Operação Marquês, vão pedir a abertura da instrução do processo, anunciaram as respetivas defesas.

Manuel Pinho, antigo ministro da Economia, vai ser ouvido na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, em 17 de julho, disse à Lusa o deputado Helder Amaral, que preside à comissão

Sob enorme discrição, o ex-ministro da Economia vendeu nos últimos meses a casa que construiu, em 2004, no prédio onde viveu Almeida Garrett – dando azo, então, a muita polémica. O que mudou na vida de Pinho, agora que é suspeito de ter sido mais um dos corrompidos por Ricardo Salgado, recebendo 793 mil euros do GES quando era governante?

A procuradora-geral da República disse esta quarta-feira ter ficado desagradada com a divulgação na televisão de vídeos dos interrogatórios da Operação Marquês, no âmbito do qual o Ministério Público acusou, entre outros o ex-primeiro-ministro José Sócrates.

O antigo chefe de Governo José Sócrates garantiu hoje que não foi um primeiro-ministro corrupto, defendendo que não há nenhum documento no processo de investigação que prove que o dinheiro em causa era seu.

Durante quatro horas de interrogatório, o banqueiro explicou a sua relação com José Sócrates e justificou a saída de fundos do GES para Zeinal Bava, Henrique Granadeiro e para uma offshore em seu nome. Leia aqui a versão do arguido da Operação Marquês, relatada na VISÃO de 2 de Março

O ex-primeiro-ministro vai ter de responder por 31 crimes, 3 deles de corrupção passiva. 28 arguidos foram acusados. Lalanda e Castro, patrão de Sócrates na Octapharma, e CEO do grupo Lena não vão a julgamento

Já não há buracos na reconstituição do circuito dos milhões que terão terminado nas mãos de José Sócrates. Três anos depois de se tornar primeiro-ministro, o ex-governante já acumulava 10 milhões de euros. Ao todo, terão sido mais de 30 milhões, segundo o Ministério Público, que acredita ter desvendado as origens, os ajudantes e até os cofres usados num sofisticado esquema de ocultação de dinheiro

Processo que investiga José Sócrates descobriu que a Andrade Gutierrez, uma das maiores empreiteiras do Brasil e um dos alvos da Lava Jato, pagou a José Dirceu através da sociedade de advogados que serviu de intermediária dos pagamentos da PT e do Grupo Espírito Santo

O ex-primeiro-ministro é hoje interrogado, pela terceira vez, pelo Ministério Público,quando faltam quatro dias para o fim do prazo para a conclusão do inquérito da "Operação Marquês"

O Governo está, desde a tomada de posse, apostado em fritar Carlos Costa em lume brando, dificultando-lhe ao máximo a vida para ver se ele sai de cena

Em abril do ano passado, o homem do Grupo Espírito Santo em África disse nada saber sobre as transferências para Santos Silva. Em janeiro, e em troca de liberdade, Bataglia veio a Lisboa incriminar Ricardo Salgado e dar explicações sobre €29 milhões que recebeu do GES. O que contaram um e outro à Justiça?

A investigação da Operação Marquês, que tem como principal arguido José Sócrates, terá descoberto que uma das ordens de transferência suspeitas não terá sido dada pelo luso-angolano

Grupo de 230 lesados do Banco Espírito Santo (BES) interpôs providência cautelar e acusa o Banco de Portugal de assaltar o BES e de ser o Dono Disto Tudo do sistema financeiro

O Governo aprovou uma solução que permite aos clientes do BES recuperarem entre 50% e 75% do dinheiro aplicado em dívida das empresas insolventes do grupo. Conheça todo os pormenores do acordo

Em agosto de 2014, o BES foi resolvido porque o montante das provisões não permitiu que se mantivesse de pé. Para onde foi a provisão destinada ao reembolso dos lesados do papel comercial?

O antigo presidente do Banco Espírito Santo passa ao ataque e acusa o governador do Banco de Portugal de mentir, de agir “com o alto patrocínio” do governo de Passos Coelho e de ter decidido a sua condenação numa conferência de imprensa num serão de agosto. A VISÃO revela em exclusivo a carta explosiva que Ricardo Salgado enviou ao Banco de Portugal

Os lesados do banco podem recuperar parte do investimento num prazo máximo de dez anos. O acordo segue agora para o Ministério das Finanças, para ser ratificado

Em causa estão suspeitas de que dinheiro do Congo Brazaville terá servido para negócios ilícitos