Gabriel Leite Mota
A importância do humanismo e da felicidade nas organizações
Quando se fala de valores fundamentais como o humanismo ou a felicidade, se não cuidarmos da forma como esses valores estão, ou não, postos em prática nas organizações, corremos o sério risco de se tornarem palavras ocas. Não há humanismo nem felicidade na sociedade se não houver humanismo ou felicidade nas organizações.
Felicidade: quando a posição importa
A quantidade de bem-estar que o nosso salário, o nosso carro ou até a nossa casa nos trazem depende do seu posicionamento relativo
A felicidade nos programas eleitorais
São ainda poucos os governos a nível mundial que fazem uma utilização decisiva do conhecimento da ciência da felicidade e dos indicadores de felicidade ou bem-estar
Rankingocracia
A vida das nações, das organizações e dos indivíduos está tão condicionada por regras e critérios globais, decididos não democraticamente, mas que são decisivos na competição de mercado internacional, que resta pouco de democracia
Felicidade e populismo
É responsabilidade de quem tem governado as nações encontrar respostas para uma espécie de frustração subliminar que está a alimentar o monstro populista
As reformas estruturais para a felicidade
Permitam-me trazer uma nova visão: a das reformas estruturais para a felicidade. É que, mais importante do que sabermos que mudanças serão mais eficazes a aumentar a produção, é vital que encontremos aquelas que, sustentadamente, aumentem o bem-estar
O nosso vencimento não é o nosso valor
Quem é que contribuiu mais para a felicidade humana, Chopin ou Madonna? Se deixarmos os vencimentos de mercado que cada um auferiu falarem, Madonna é infinitamente mais relevante
Quando a felicidade não tem custos orçamentais
Se pensarmos na felicidade dos povos como o verdadeiro desígnio das nações e dos governos, há uma parte dessa felicidade que não custa mais dinheiro
Não há progresso sem o avanço da bondade
Todos os políticos da extrema-direita vivem do ódio. Fomentam e fermentam o ódio. Nesse caos odioso, o progresso será sempre impossível
O que é uma noitada no trabalho face a uma reguada ou um estaladão?
As gerações mais novas confrontam-se com um mundo incerto que lhes oferece precariedade e falta de esperança. Se lhes adicionamos despotismo e sacrifício, vira penitência
Ambicionar melhor do que isto
Não sabemos se está próximo ou distante o fim do capitalismo e o início de outra coisa qualquer. O próximo salto. Não o conseguimos prever e dificilmente surgirá tal qual o plano. Mas é certo que surgirá
Os negacionistas da pobreza relativa
O rendimento de cada um só é transformável em bem-estar/felicidade em função do que conseguimos fazer com esse rendimento. E isso depende do que os outros têm e dos padrões sociais
O indisfarçável charme da desigualdade
Qualquer que seja o sistema económico vigente, a geografia ou a época, é a existência da desigualdade que faz com que uns sejam ricos e outros pobres, uns favorecidos e outros desfavorecidos
Mais PIBistas que o PIB
A não ser que se entenda que as nações são como uma empresa cujo objectivo vital fosse o aumento da sua produção, o PIB não é o indicador certo para medir progresso/sucesso civilizacional
A solidariedade obrigatória é um óptimo social
O Homo Sapiens Sapiens só se tornou o animal dominante no planeta por causa da sua especial propensão à cooperação (trabalho em equipa e ajuda aos mais fracos) em comparação com outros primatas
Alterações climáticas: A fatura do almoço chegou
Descobrimos que aquilo que parecia grátis, um modelo económico extrativista baseado em combustíveis fósseis e na ideia de crescimento infinito, afinal, tem um custo elevadíssimo
A felicidade e os bancos centrais
Quer a inflação, quer o desemprego, são destruidoras de felicidade, embora o impacto negativo do desemprego seja quase o dobro do impacto da inflação. Este resultado empírico é importante, uma vez que os modelos económicos tradicionais assumem (erradamente) que o impacto negativo destas duas variáveis é igual
A dor da queda é maior do que a alegria do salto
Para gozarmos verdadeiramente da segurança que a modernidade, o progresso tecnológico e a especialização laboral nos trazem, temos que minimizar os riscos sociais da complexidade que a vida nas cidades e nas redes globais geram
Maximizadores versus satisfeitos
Apesar de parecer lógico que acabasse por ficar com mais bem-estar quem busca sempre o melhor, acontece o contrário: é quem se contenta com os sub-óptimos que fica mais feliz
Com os preços "m’enganas"
Se o Ocidente se quiser manter como o espaço da liberdade, tem que parar de dormir com o inimigo