Café Central
Dar cabo da boa esperança
Nos túneis do Metro de Lisboa, onde as obras e a falta de alternativas têm ditado o caos, ecoa a sensação de desprezo por quem cá vive e trabalha todos os dias. O problema não são as obras, que nalgum momento têm de ser feitas. É a negligência
Aeroporto Internacional D. Sebastião
Pago a minha parte dos impostos, a minha família também, confiando nos técnicos contratados para fazer o seu trabalho. Assim, olho para esta eterna Busca do Vale Encantado como ilustração máxima da inércia nacional
Uma ministra pode ter 34 anos?
A crise na Habitação em Portugal resulta de décadas de negligência e más políticas. Que papel terá a idade dos sucessivos decisores neste contínuo desastre?
Tem a palavra o Dr. Robô
O progresso da Inteligência Artificial é tão fascinante quanto assustador. Nos últimos anos, os robôs testemunharam a sua própria e vertiginosa mobilidade social: passaram de lavradores, escavadores e empilhadores a académicos, compositores e advogados
2022: normalidade enganosa
Lembra-se de quando 2020 ganhou o título de annus horribilis? Mal sonhávamos nós. O calendário que agora se inicia promete continuar a estar à altura deste desígnio. Vai doer. A crise económica e as tensões internacionais, com a complexificação do xadrez global, permitem antecipar um ano duro, com carências, tumultos e contestação social
Duas jovens à conversa
Estamos a léguas de vencer a ideia de que o político por excelência é o sisudo strongman
Amanhã vai ser outro dia
Os próximos tempos serão duros, avizinham-se dias de alerta, e é provável que o ódio tente fazer das suas. Ainda assim, este é sem dúvida um dia de festa para a democracia e um rasgo de esperança
Não há fome que não dê em silêncio
Se a importância da redução do défice e dívida pública é consensual – objetivos para os quais o presente Orçamento do Estado é manifestamente vocacionado -, a pergunta aqui é então: quem paga? Num país de desigualdades crescentes, num contexto em que as grandes fortunas se agigantam, fará sentido imputar o custo aos mais vulneráveis?
O mito da silly season
Quatro contos verídicos à despedida do nosso querido mês de agosto, para provar que a silly season não existe
Ninguém quer trabalhar
De nada nos servirá a velha cantiga do “vai trabalhar, malandro!”, de que o povo não quer trabalhar porque é preguiçoso, porque recebe subsídios ou porque não passa recibos. Está na altura de olharmos para o ponto crucial da questão: que empregos são estes?