Mais de 800 procuradores assinaram um abaixo-assinado promovido pelo Sindicato dos Magistrados do Ministéiro Público (SMMP), “Em defesa dos cidadãos e da Justiça”, através do qual a estrutura sindical veio dar resposta às críticas que têm sido feitas ao trabalho desta magistratura, sobretudo em casos como a “Operação Influencer” e o processo que investiga suspeitas de corrupção na Madeira. Na lista de assinaturas há, porém, várias ausências que têm sido notadas, como as da procuradora Rita Madeira – que investiga vários casos de corrupção no DCIAP e ficou responsável pela investigação ao caso de António Costa – e do procurador Rosário Teixeira, que, na semana passada, em entrevista à SIC, defendeu o trabalho do MP.

A lista de assinaturas ausentes estende-se ainda a outros procuradores que têm ou já tiveram importantes investigações nas mãos, como José Ranito – responsável pelo processo do Banco Espírito Santo, atualmente Procurador Europeu de Portugal – ou Hugo Neto, um dos três procuradores da Operação Influencer. Os outros dois, Ricardo Lamas e João Paulo Centeno, subscreveram o manifesto do SMMP, que surge como resposta ao “Manifesto dos 50 – Por uma Reforma da Justiça. Em Defesa do Estado de Direito Democrático”. De fora ficaram ainda Pedro do Carmo (ex-diretor adjunto da Polícia Judiciária) e Inês Bonina, procuradora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal.

Outras procuradoras como Felismina Franco (crime violento do DIAP de Lisboa) e Cláudia Porto (Terrorismo) também não surgem na lista de assinaturas. Esta também não contou, por exemplo, com os diretores dos DIAP’s de Coimbra e Lisboa, Jorge Leitão e Lurdes Parada, respetivamente, nem com os Procuradores Regionais de Évora, Osvaldo Pina; Lisboa, Helena Gonçalves; Coimbra, António Tolda Pinto; e Porto, Norberto Martins.

No documento divulgado esta segunda-feira e que será entregue ao Presidente da República, governo e partidos com assento parlamentar, o SMMP declara rejeitar de forma veemente “a forma como têm sido tratados na praça pública e vêm demonstrar o seu profundo “repúdio pelo desconhecimento e desinformação gerada por um conjunto limitado “de cidadãos que proferem juízos infelizes, falsos e despropositados, baseados em preconceitos e que nada têm que ver com a realidade dos homens e mulheres que trabalham nesta magistratura”.

“Basta de falsidades que visam descredibilizar, desprestigiar e menorizar a magistratura do Ministério Público e que contribuem, de forma avassaladora, para a crise das instituições portuguesas, colocando, assim, em sério perigo o Estado de Direito democrático”, referem os subscritores do documento, acrescentando: “Os magistrados do Ministério Público não são correntes de transmissão da vontade do poder executivo ou da oposição e nem por estes se deixam condicionar”.

Os magistrados do Ministério Público consideram ainda ser “inadmissível” que se continue a “comparar a magistratura do Ministério Público a polícias políticas como a PIDE, que visava a neutralização por todos os meios da oposição ao Estado Novo”; a “apelidar os magistrados do Ministério Público de justiceiros que perseguem políticos”; a “transmitir à sociedade a ideia de que o Ministério Público utiliza, sistemática e arbitrariamente, meios intrusivos de obtenção de prova em processo penal, como buscas domiciliárias e interceções telefónicas, que requerem sempre autorização judicial e muito menos que “guarda” escutas ou as trafica”; e que, por último, se “diga que os magistrados do MP não são escrutinados”.

Recorde-se que a Procuradora-Geral da República (PGR), Lucília Gago, dá esta noite uma entrevista à RTP, a primeira do seu mandato, que termina em Outubro, numa altura em que está debaixo de fogo por permanecer tantas vezes em silêncio. Uma aparição pública que acontece antes de uma audição no Parlamento. O que levou, este domingo, o comentador Luís Marques Mendes a considerar que a PGR demonstrou “desprezo” pela Assembleia da República.

“Apesar de o envelhecimento ser muitas vezes associado à tristeza, solidão, insatisfação e a sintomas depressivos, também pelas perdas e acontecimentos que ocorrem de forma mais frequente nesta fase da vida, a maioria das “pessoas mais velhas não está deprimida”, conclui o relatório “Envelhecimento em Saúde: Caracterização da saúde da população idosa em Portugal” divulgado esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.

O documento sublinha que a prevalência da depressão é mais baixa nos idosos comparativamente aos grupos etários mais novos, apesar de se manter como “a desordem psiquiátrica mais comum na população idosa com documentado impacto ao nível da qualidade de vida, constituindo um importante preditor da mortalidade”.

O relatório reúne informação de variadas fontes nacionais e europeias, de inquéritos de saúde e de estudos nacionais até dezembro de 2021.

Entre as conclusões mais relevantes está a de que a demência “apresenta uma taxa de mortalidade bastante baixa na população entre os 65 e os 74 anos”, mas torna-se a sexta causa de morte no grupo dos 85 e mais anos.

Há pessoas debaixo dos escombros e o número exato de vítimas é atualmente desconhecido”, afirmou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na rede social X, publicando um vídeo do edifício, claramente muito danificado.

“A Rússia não pode alegar que não sabe onde caem os seus mísseis e deve ser responsabilizada totalmente por todos os seus crimes”, acrescentou Zelensky.

Pelo menos 20 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas esta segunda-feira após ataques russos, com “mais de 40 mísseis”, também segundo o Presidente ucraniano, a várias cidades, incluindo Kiev.

A secção disciplinar do Conselho Superior do Ministério Público arquivou um processo disciplinar contra o procurador Carlos Casimiro, aberto para averiguar se o magistrado proferiu ou não comentários homofóbicos contra o juiz Ivo Rosa. Por unanimidade, os membros da conselho decidiram encerrar o inquérito, considerando não existir prova dos factos denunciados.

Há um ano, e após uma busca à Quinta do Assento, em Braga, no âmbito do processo EDP/CMEC, Manuel Pinho participou ao Conselho Superior do Ministério Público  o comportamento do procurador, acusando-o de, durante a diligência, ter referido que o juiz Ivo Rosa tinha um “trauma psicológico” por ser “homossexual”. A denúncia deu origem à abertura de um inquérito disciplinar.

Porém, e como a prova recolhida se baseava na palavra do antigo ministro, entretanto condenado a 10 anos de prisão por suspeitas de corrupção com Ricardo Salgado, contra a do procurador (que negou os factos), a secção disciplinar decidiu arquivar o caso, tal como, aliás, foi proposto por uma inspetora do Ministério Público.

Na passada semana, além do processo disciplinar de Carlos Casimiro, a secção disciplinar do CSMP arquivou o caso da procuradora Maria José Fernandes, cujo inquérito nasceu após uma participação do diretor do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Francisco Narcico, insurgindo-se contra o teor do artigo “Ministério Público: como chegamos aqui”, no jornal Público, no qual algumas considerações genéricas sobre a atividade do Ministério Público poderiam encaixar na polémica gerada pela “Operação Influencer”.

No texto, recorde-se,  Maria José Fernandes, embora sem se referir diretamente à Operação Influencer, questionou como foi possível chegar até aqui, ou seja, até “à tomada de decisões que provocaram uma monumental crise política e cujas consequências vão ainda no adro”, questionando métodos de trabalho e investigação do MP, designadamente do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

“Não esperávamos, por isso, que no momento em que o MP é mais atacado, uma magistrada do próprio MP produzisse declarações, a meu ver essencialmente erradas, mas, em qualquer caso, que diminuem a imagem do MP e dos seus magistrados, que não revelam qualquer solidariedade, que não têm em consideração o seu trabalho”, referiu o diretor do DCIAP, o que levou Lucília Gago a avançar com um “processo especial de averiguações”.

O acórdão, também votado por unanimidade,  apesar de ter considerado que o “escrito” não deixava de ser “objetivamente amesquinhados, ofensivo e desrespeitador do brio profissional dos magistrados do Ministério Público”, acabou por considerar que, acima de tudo isso, estava a jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos no que se refere à liberdade de expressão. Francisca Van Dunen, antiga ministra da Justiça, foi uma das testemunhas de defesa de Maria José Fernandes.

Histórias sobre aquilo que vivemos, o que queremos viver e alcançar, lutando contra preconceitos e ideias feitas, e desbravando o nosso caminho. Sempre com os livros por companhia.


Narrativas mágicas 

Se és fã de magia e universos fantásticos, estas quatro sugestões têm todos os ingredientes para te enfeitiçar. Os Whisperwicks: O Labirinto sem Fim é uma nova saga sobre um rapaz que não acredita em magia. E um mundo impossível que o irá convencer do contrário. 

As aventuras de Skandar Smith prosseguem em Skandar e os Desafios do Caos, outra saga de fama mundial, que tem arrebatado os leitores um pouco por todo o lado. 

Para leitores mais jovens, Os Guardiões Selvagens é uma nova série de aventuras e magia, com uma importante mensagem ecológicaA Floresta Negra dá início a estas aventuras povoadas de criaturas mágicas em que o papel dos guardiões é o de proteger as espécies e salvar animais em perigo. 

Por fim, A Cidade de Cristal é o mais recente volume das Aventuras da Família Monstro, uma coleção nacional repleta de humor, mistério e personagens monstruosamente fixes. 


Sempre a rir 

O humor é o argumento principal destas coleções destinadas a leitores dispostos a divertirem-se. A novela gráfica d’ O Bando das CavernasOlhos de Manga, pisca o olho aos livros de manga e volta a cruzar o universo da banda desenhada com o das histórias habituais do Bando. É claro que isto vai dar pano para mangas… 

A Pior Semana de Sempre e Caos Total são duas coleções que têm em comum mais do que os dias da semana. Falam da vida azarada de dois rapazes, respetivamente o Justino Caçador e o Dário Faz-Tudo, protagonistas de loucas e desvairadas peripécias, entre a casa, a escola e tudo o que vem complicar uma vida que poderia ser pacata. 

E ainda, para os muitos fãs da Bia e o Unicórnio, a aventura mais recente desta dupla fantástica traz um ritmo incrível para as férias com Unicórnio punk rock


Histórias atuais 

Estas leituras exploram temas atuais, com os quais nos deparamos quase todos os dias, seja à nossa volta, seja através das notícias ou das redes sociais. Não Me Magoas Mais é o novo e corajoso volume da coleção A Escolha É Minha, de Margarida Fonseca Santos, que aborda a violência no namoro

Outros dois livros com enredos centrados em desafios da adolescência são Bem-vindos ao Sul, em que uma jovem inventa e sustenta uma mentira através das redes sociais, e A Jennifer Chan não está sozinha, sobre bullying e a coragem de ser diferente. São histórias atuais e inclusivas, como é também o caso de Um plano secreto brilhante, que se segue ao magnífico Eu, o meu pai e o fim de arco-íris


Álbuns para ler em família 

Quatro álbuns que vão fazer as delícias dos mais pequenos e de toda a família. São histórias aparentemente simples, mas que oferecem a possibilidade de fazer múltiplas leituras. O impacto dos ecrãs é o tema de Uma Família Desligada, que sugere, de forma descontraída, o uso moderado das tecnologias

Para receitas simples e deliciosas, O Menino que Queria Ser Chef é um livro criativo que promove a autonomia

A relação única entre avós e netos é retratada de forma poética no álbum Os avós são as pessoas preferidas dos pássaros, enquanto Semana Sim, Semana Sim representa o quotidiano feliz de uma criança filha de pais separados


Memórias e afetos 

Estes álbuns propõem ainda mais camadas de leitura, com temáticas que podem ser desafiadoras, mas são também necessárias. A Maré aborda o envelhecimento e a perda de memória, através de uma história subtil de uma neta e do seu avô que vai esquecendo algumas coisas. 

O impacto da guerra e das migrações é tratado no belíssimo A Colher, uma obra sobre os objetos que passam de geração em geração, como tesouros que viajam através do tempo e das histórias de família. 

A perda e o luto são tratados poeticamente em Agora e Para Sempre, enquanto O Jardim da Minha Avó revive as memórias de infância do autor de forma sublime e com ilustrações artísticas


Histórias contra preconceitos 

A literatura também ajuda a combater estereótipos, preconceitos e ideias erradas acerca da Humanidade. Combater o racismo e a xenofobia, promover a aceitação, a diferença e a inclusão são também missões que os livros carregam com eles. O colorismo, uma forma de discriminação baseada no tom de pele, é o tema do magnífico Aventureira Marielle e os mil tons de magia

A demonstração cabal da estupidez do racismo está bem patente no brilhante É Só Pele, um guia para desconstruir de vez ideias contrárias aos direitos humanos

O empoderamento, a autodescoberta e a promoção da autoestima saltam à vista nos maravilhosos álbuns Tu Podes e Bia Bailarina


Jovens “rebeldes” 

Propostas cheias de rebeldia saudável, ousadia e coragem. O mais recente volume da coleção Raparigas Rebeldes celebra o orgulho com 25 histórias inspiradoras de amor e espírito de comunidade

A educação sexual, as questões de identidade, género, consentimento e muito mais são tratadas de forma brilhante e irreverente na novela gráfica Vamos Falar Sobre Aquilo, aconselhada a partir dos 13 anos. 

Outra novela gráfica, mas de ficção, é o premiado O Fantasma de Anya, uma história de crescimento e autodescoberta com um irresistível toque de terror e ambientes góticos. 

Ídolo dos jovens e não só, Taylor Swift é uma figura inspiradora e empoderadora que podemos conhecer melhor através do livro 96 Factos Sobre a Taylor Swift


Viagens e passeios 

Férias são sinónimo de aventura e descoberta, em territórios habituais ou desconhecidos. Passar para lá das nossas fronteiras quotidianas, quer geográficas quer mentais, ajuda a expandir horizontes e a ganhar mundo. Todos Viajam é uma obra muito desafiante, que convida a descobrir o outro, e a nós mesmos, através dos sonhos, medos, dúvidas e anseios que todos levamos de um lado para o outro, nas nossas múltiplas viagens diárias, curtas ou prolongadas. 

A pura alegria do tempo livre e despreocupado é magistralmente retratada em Um Dia Perfeito com Amigos, uma ode ao prazer de viver. 

O que temos a ganhar em abrir as portas e conviver com gente de outros hábitos e culturas está patente de forma carinhosa e divertida no álbum Um Tigre no Hotel. 

A proximidade à natureza e a observação atenta do que nos rodeia é o mote do magnífico O que vês quando olhas para uma árvore, proposta de reflexão sobre o que temos em comum com as árvores, na sua aparente imobilidade e beleza. 


Natureza e ciência 

Quatro livros que desafiam a ver mais além. O Que Há Dentro de Uma Flor? desvenda o mistério das flores que embelezam e protegem o nosso ambiente. Como Cuidar das Minhas Plantas! é um guia para nos rodearmos do verde que tanto precisamos à nossa volta, incluindo dentro de casa, onde podemos criar uma pequena selva à medida no espaço disponível. 

Água é um guia para conhecer e preservar o bem mais precioso e iminentemente escasso do nosso tempo. 

Por fim, ver o que não pode ser visto, palpável ou até, por vezes, descrito: As Coisas Invisíveis é o livro perfeito para mentes curiosas, que insistem em fazer perguntas difíceis. E que sabem que as perguntas são sempre mais importantes do que as respostas. 


* Um conteúdo patrocinado é um texto escrito por uma empresa ou marca, e não por jornalistas.

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O Presidente francês recusou esta segunda-feira a renúncia do primeiro-ministro, no rescaldo das eleições legislativas de domingo que representaram uma reviravolta na política nacional.

Gabriel Attal mostrou disponibilidade para permanecer no cargo durante os Jogos Olímpicos de Paris ou por mais tempo, se fosse necessário.

A vitória da aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) mantém em aberto a formação do novo governo em França, uma vez que nenhum dos blocos concorrentes nas eleições legislativas antecipadas alcançou a maioria absoluta.

Estávamos à beira do precipício, mas não demos um passo em frente. Também não demos um passo atrás, mas, nos tempos que correm, ficar quietinho no mesmo sítio é uma boa notícia.

Há um mês, quando muitos esperavam uma onda de extrema-direita, direita radical e populistas conservadores, venceram os moderados. (Um dos exemplos mais paradigmáticos veio de Portugal, onde a percentagem do Chega, com supostas pretensões à vitória, segundo o seu líder, não chegou aos dois dígitos.)

Na quinta-feira, foi a vez de o Reino Unido mostrar que no meio é que está a virtude: os Trabalhistas obtiveram uma vitória histórica e o partido Reform UK, do ultrapopulista Nigel Farage, ficou-se pelos cinco assentos no Parlamento (e os Conservadores, que tentaram fazer campanha com bandeiras da extrema-direita,incluindo um inenarrável anúncio anti-imigração, passaram por uma das maiores humilhações da sua história).

O verdadeiro teste, no entanto, deu-se ontem, em França. E a extrema-direita chumbou. As sondagens previam uma vitória da Rassemblement National, mas o partido de Marine Le Pen e Jordan Bardella acabou em terceiro, em número de deputados (143). A coligação de esquerda, Nouveau Front Populaire, venceu, com 182 eleitos, seguida do partido de Macron, com 168.

Continua a haver sinais preocupantes.

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