Pelo nono ano consecutivo o Festival dos Canais regressa à cidade de Aveiro. De 17 a 21 de junho, numerosos espaços públicos da cidade serão animados, mais uma vez, por espetáculos de música, dança, teatro de rua e circo contemporâneo, bem como instalações, oficinas e performances.

Desde a primeira edição à frente do evento, José Pina, diretor artístico do festival e coordenador de Aveiro 2024 -Capital Portuguesa da Cultura, assegura que o caminho trilhado tem permitido não só o crescimento gradual e sustentado daquele que define como “um grande evento realizado em espaço público” como a promoção de “uma relação com a comunidade local e com o setor cultural e artístico do município de Aveiro e da região”.

Pina assegura ainda que, quase 10 anos volvidos desde a sua criação, além de marcar a paisagem cultural anual do município, o Festival dos Canais conseguiu estabelecer-se como “um evento de referência para as companhias especializadas nas artes de rua que possam escolher Aveiro para a apresentação dos seus projetos”.

“Ao longo de todas estas edições, conseguimos ainda que os habitantes do município tenha assumido o Festival como seu, como momento alto de celebração, convivência, partilha e usufruto cultural do espaço público da sua cidade, tornando-se nos seus principais embaixadores”., acrescenta o diretor artístico.

A edição de 2024, por encontrar-se inserida no programa de Aveiro 2024 – Capital Portuguesa de Cultura, segue o tema que marca o terceiro trimestre desta programação, ou seja, Cultura e Sustentabilidade: “Temos um conjunto de projetos que abordam não só a sustentabilidade ambiental como a estabilidade dos territórios, a relação com o outro, a capacidade de inclusão, participação e de construção de uma comunidade justa e tolerante”.

Momentos a não perder

Quanto ao programa para a semana de 17 a 21 de julho, a nível do teatro de rua, destaque para o espetáculo Acqua Forte – A Phantasmagoria on the Water (20), no Cais da Fonte Nova, espetáculo sobre a água, de estética barroca, que “cria momentos únicos”, os quais podem ir do surgimento de um automóvel sobre a água até à presença de uma cama flutuante.

No mesmo local, de 19 a 21 de julho, ocorrerá também a estreia nacional de Sliding Slope, um projeto que, através da dança e do teatro, aborda questões ambientais, especificamente a subida do nível das águas do mar.

Já no Rossio, a 17 e 18, encontra-se marcada a estreia nacional de The Air Between Us, reflexão sobre a igualdade e a conexão humanas, sob a forma de espetáculo de dança aérea, coreografado por Chloe Loftus e pelo multipremiado artista maori Rodney Bell (que atua em cadeira de rodas).

Nos dias 20 e 21 é a vez de este espaço acolher seis bailarinos numa tumultuosa dança ao som da banda sonora de Hannah Miller e Oli Austin (do coletivo Moulettes), os quais dão corpo a Frock, espetáculo que se assume como “uma celebração punk da individualidade e da diferença”.

A programação conta também com concertos mais tradicionais como o da fadista Mariza (21), o dos Resistência (18) e um concerto inédito de Castello Braco, preparado de raiz para o Festival dos Canais, que conta com a participação da A Garota Não, da Palco Central e do Comunidade Local.

O festival oferece ainda espaços dedicados às famílias, com projetos que vão da recuperação de jogos analógicos a instalações e oficinas, bem como duas áreas temáticas: a Funky Beach, uma praia dentro da cidade com uma programação durante toda a tarde, e o Sala de eStar, um ponto de encontro, na Praça da República, com performances, concertos e Dj sets, ao final da tarde e à noite.

O míssil que causou a destruição do hospital pediátrico Okhmadyt, em Kiev, na madrugada desta segunda-feira, terá sido lançado pela Rússia, segundo a missão da Organização das Nações Unidas para a monitorização dos direitos humanos.

“A análise das imagens de vídeo e uma avaliação feita no local do incidente revelam uma grande probabilidade de que o hospital pediátrico tenha sofrido um impacto direto, em vez de ter sofrido danos devido à interceção de um sistema de armamento [drone]”, disse Danielle Bell, responsável pela equipa da ONU que investigou este ataque, citado pelo jornal The Guardian.

A investigação era fundamental para apurar os factos, uma vez que a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, acusou a Ucrânia de ter destruído o próprio hospital.

Volodymyr Zelensky, nas suas redes sociais, confirmou que 38 pessoas morreram no ataque russo de segunda-feira a Kiev e à região de Dnipropetrovsk, no centro da Ucrânia. Dessas 38 mortes, 27 ocorreram na capital do país.

De acordo com as autoridades ucranianas, mais de 40 mísseis foram lançados sobre várias cidades ucranianas na segunda-feira. Além de Kiev, Dnipro, Kryvyi Rih, Sloviansk, Kramatorsk, Pokrovsk, entre outras, foram alvo dos mísseis russos.

Palavras-chave:

A juíza de instrução Sofia Pires admitiu, esta semana, voltar atrás na decisão que tinha tomado, em realizar o debate instrutório na Operação Marquês na parte que envolve apenas José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva, e enviar o caso para o juiz Ivo Rosa, regressado recentemente ao Tribunal da Relação de Lisboa, após baixa médica prolongada. Num despacho proferido esta semana, a magistrada referiu que a sua decisão, em 21 de junho, de avançar com o debate instrutório tinha sido proferida com base na informação de que o juiz Ivo Rosa se encontrava de baixa. “Poderá ter ocorrido uma alteração de circunstâncias que levaram à prolação daquele despacho, situação que importa clarificar”, escreveu Sofia Pires. Enquanto este debate decorre, há crimes de falsificação que prescrevem em agosto.

A posição da juíza de instrução surgiu na sequência de um requerimento apresentado pela defesa de José Sócrates, já depois da decisão de avançar para um novo debate instrutório desta parte do processo – que diz respeito a crimes de falsificação de documentos e branqueamento de capitais. No documento, avançado pela VISÃO, o advogado Pedro Delille garantia que Ivo Rosa teve alta na junta médica, já se encontrando ao serviço, no Tribunal da Relação de Lisboa.

Ora, em resposta, Sofia Pires concordou que Ivo Rosa, apesar de ocupar o lugar de juiz desembargador – é o juiz natural do processo, já que foi ele que, em 2021, proferiu a decisão instrutória que levou Carlos Santos Silva e José Sócrates a julgamento, arquivando os restantes crimes, entre os quais corrupção, uma decisão, entretanto, revogada pelo Tribunal da Relação de Lisboa. O problema prende-se com o facto de, descendo o processo à primeira instância, a lei obriga que o juiz que proferir a decisão instrutória tem que ser o mesmo que realizou o debate (alegações finais da fase de instrução).

“Contudo, por se verificar a impossibilidade” de lhe enviar o processo, como decidiu a 14 de maio a juiza Sofia Pires, “em virtude da sua ausência ao serviço”, a magistrada assumiu o encargo de “proferir nova decisão instrutória”. “A circunstância alegada pelo arguido é desconhecida e, a confirmar-se, será posterior ao despacho de 21 de junho. Ou seja, poderá ter ocorrido uma alteração das circunstâncias que levaram à prolação daquele despacho, situação que importa clarificar”.

Daí, antes de avançar com qualquer diligência, Sofia Pires pediu informações ao Conselho Superior da Magistratura sobre a situação de Ivo Rosa. Refira-se que, a 2 de julho a VISÃO adiantou que a defesa de José Sócrates sabia que Ivo Rosa tinha regressado ao trabalho. Mas só no dia 3 deste mês é que, pro despacho, a presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, fez constar só nesta data ter tido conhecimento desse facto, ordenando uma dominuição da distribuição de processos ao agora juiz desembargador.

A decisão de anular a pronúncia (ida a julgamento) de José Sócrates e do empresário Carlos Santos Silva por crimes de falsificação de documentos e branqueamento de capitais foi tomada em março pelo Tribunal da Relação de Lisboa. O acórdão determinou a remessa dos “autos ao tribunal de primeira instância a fim de ser proferida nova decisão instrutória”. Segundo as juízas desembargadoras Maria José Cortes, relatora, e Maria do Rosário Martins, juíza adjunta, “a nulidade em causa afeta e invalida a decisão instrutória de pronúncia em causa”.

José Sócrates foi acusado em 2017 pelo MP no processo Operação Marquês de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar o antigo governante de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento apenas por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos, juntamente com Carlos Santos Silva.

Quando leste a palavra ‘satélite’, provavelmente, pensaste num objeto de grandes dimensões, maior até do que um automóvel. Nada disso, o ISTSat-1 é um nanosatélite, ou seja, é muito pequeno. Na realidade, ele é um cubo com arestas de apenas 10 centímetros.

No momento em que escrevemos esta notícia, o ISTSat-1 já paira no Espaço, a cerca de 580 quilómetros de distância da Terra. Foi lançado ontem, dia 9, com outros nanosatélites, transportados pelo foguetão europeu Ariane-6. O lançamento realizou-se sem problemas, no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa.

O lançamento do Ariane-6, que se realizou no dia 9, no Centro Espacial de Kourou

O ISTSat-1 foi desenvolvido por estudantes e professores do Instituto Superior Técnico, de Lisboa, e a sua missão será testar a capacidade de deteção da presença de aviões em zonas remotas. Por palavras mais simples, “é um sistema em que os aviões emitem a sua posição e permite aos outros aviões e aos terminais em Terra receberem a sua posição”, como explica o Carlos Fernandes, investigador do IST NanoSatLab.

Depois de cerca 45 minutos após o seu lançamento no Espaço, o nanosatélite português começou a “acordar”, verificou se todos os seus sistemas estavam a funcionar e abriu as suas antenas. Feito isto, está em condições de “comunicar com quem esteja a ouvi-lo cá em baixo”, afirma Carlos Fernandes. “Cá em baixo” está a equipa do Instituto Superior Técnico, na estação-terra do polo de Oeiras, a recolher as informações enviadas pelo satélite.

O ISTSat-1 irá permanecer no Espaço por cerca de cinco anos e, após cumprir as suas funções, será desativado, voltando a reentrar na Terra, onde arderá durante o processo de entrada na atmosfera. 

Palavras-chave:

A infeção por Covid-19 pode manifestar-se através de vários sintomas. Normalmente associada aos problemas respiratórios que esta provoca, os primeiros sinais alerta para uma infeção costumam manifestar-se, geralmente, através de dores de garganta, febre, tosse ou dores no corpo. Contudo, estes não são os únicos sinais a que deve estar atento, uma vez que a presença do vírus pode também resultar em problemas gástricos e intestinais.

Desde o início da pandemia que as pessoas infetadas têm relatado alguns sinais de intoxicação alimentar. Entre náuseas, vómitos, diarreia, perda de apetite e dor abdominal, estes sintomas gastrointestinais comuns podem ser um indicador de infeção por Covid. Tal deve-se ao facto do vírus não afetar apenas o sistema respiratório, mas todo o organismo. Segundo um grupo de especialistas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos – cuja investigação científica passa por estudar os efeitos do vírus no sistema digestivo – a presença de coronavírus é semelhante ao lançamento de uma “bomba no corpo”, referiu Ken Cadwell, professor de medicina da Universidade em entrevista ao New York Times. Por esse motivos os seus efeitos sentem-se “em vários órgãos diferentes, não apenas nos pulmões”, explicou.

Segundo os especialistas, entre náuseas e vómitos, a Covid não provoca os mesmos sintomas em todos os infetados, pelo que é importante que cada pessoa reconheça os sinais de infeção. Ademais, apesar de numa primeira infeção poderem surgir sintomas semelhantes à da constipação e gripe, tal não significa que numa segunda, ou até terceira infeção, não possam surgir primeiros sintomas gastrointestinais. Para muitas pessoas, os sintomas gastrointestinais surgem durante os primeiros dias de infeção, mesmo antes da febre ou tosse. Contudo, os sintomas gástricos não são muitas vezes entendidos como sinais de Covid-19. “Nunca pensam nisso como Covid”, referiu Peter Chin-Hong, especialista em doenças infeciosas da Universidade da Califórnia, nos EUA, ao NYT.

O recente aumento do número de casos registados por Covid-19, provocado pelas novas variantes, têm causado os mesmos sintomas, que surgem dias depois do contacto com alguém que tenha testado positivo ao vírus. Para além do desconforto digestivo, são comuns as dores de garganta, congestão ou corrimento nasal, dores de cabeça e musculares, febre ou arrepios, tosse e fadiga, bem como, para algumas pessoas, a perda de sentido do paladar e olfato – menos comum agora do que no início da pandemia. Para além de ser fundamental para qualquer pessoa que esteja infetada com Covid, a hidratação é ainda crucial para as pessoas que apresentem problemas intestinais – sobretudo diarreia ou vómitos. 

Os condutores portugueses de veículos elétricos vão poder viajar sem problemas por toda a Península Ibérica e por toda a Europa beneficiando da chegada da Zunder a Portugal. A utilização é simples, bastando ter a app Zunder instalada, reduzindo-se assim os inconvenientes de desconhecer os sistemas utilizados noutros países. Em alternativa, é possível usar o cartão da empresa, o eZCard, que permite carregar o veículo elétrico de forma cómoda, direta e segura, aproximando o cartão ao leitor RFID, sem necessidade de ter o smartphone por perto.

O comunicado de imprensa da empresa lembra que, na Europa, existem diferentes aplicações e diferentes sistemas de carregamento para veículos elétricos – e alguns deles são exclusivos mediante a tipologia de carregador ou desconhecendo-se o método de pagamento, sendo muitas vezes necessário adicionar dados de cartões bancários em aplicações desconhecidas.

Com a app da Zunder, que já conta com 700 pontos de carregamento e milhares de utilizadores diários, é possível aos condutores portugueses entrarem neste ecossistema e beneficiar de um carregamento mais simplificado. Devido aos acordos e interoperabilidade, abre-se a possibilidade de pagamento em estações elétricas de diferentes operadoras.

Para começar a usar este novo serviço, basta criar uma conta de utilizador na App, que pode ser encontrada em Zunder.com e é possível mesmo pedir um eZCard por aí.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou esta quarta-feira, no Parlamento, que encontrou um défice de 287 milhões de euros no sistema de solidariedade devido a medidas tomadas pelo anterior Governo sem dotação orçamental.

“Em vez do ‘superavit’ [excedente] prometido, encontrámos défice orçamental de 287 milhões de euros no sistema e solidariedade por força de várias medidas tomadas pelo anterior Governo [PS] no primeiro trimestre sem dotação orçamental”, disse, na sua intervenção inicial, a ministra aos deputados da Comissão parlamentar do Trabalho (a primeira audição regimental desde que tomou posse).

Entre as medidas referidas pela ministra está o financiamento a creches ou remuneração de carreiras.

Maria do Rosário Palma Ramalho salientou ainda que quando assumiu o ministério não havia coordenação dos programas financiados pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), que eram geridos em autonomia total por vários organismos. Para alterar essa situação, foi criada “com urgência uma equipa de monitorização” dos programas ligados ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSS)financiados por este programa europeu e a ministra garante que em três meses, o resultado “já é considerável”: o aumento de 28% do valor aprovado/comprometido (411,4 milhões de euros), aumento de 5% no valor pago (73 milhões de euros) e aumento de 6% do valor de despesa certificada (87 milhões de euros).