“O elevado número de acessos ao e-fatura do Portal das Finanças, que se registou ao longo do dia de ontem [segunda-feira] e que se continua a verificar durante o dia de hoje, em virtude do fim do prazo legal para a verificação e validação de faturas, provocou constrangimentos e limitações pontuais de acesso”, explica o Ministério das Finanças para justificar o prolongamento do prazo.

Assim, os contribuintes proceder à validação das respetivas faturas até 28 de fevereiro, anunciou o gabinete de Miranda Sarmento.

O prazo para validação das faturas a que cada contribuinte associou o seu NIF durante 2024 para as despesas serem contabilizadas como deduções ao IRS terminava esta terça-feira.

A nova fábrica da chinesa CALB, um dos maiores fabricantes mundiais de baterias, já tinha sido confirmada para Sines. Mas ontem decorreu, em Lisboa, o evento oficial de lançamento deste projeto, que contou com a participação do ministro da economia, Pedro Reis, e a presidente da CALB, Liu Jingy. Segundo as declarações do representante do governo português, o volume de negócios anual da fábrica deverá atingir os 1,6 mil milhões de euros graças a uma capacidade de produção máxima de 15 gigawatss hora (GWh), equivalente a quase 40 milhões de células para baterias. Células que deverão permitir criar quase 200 mil baterias para veículos elétricos.

Os números expressivos continuam com um dado mais importante para a economia nacional: a criação de 1800 postos de trabalho diretos. Uma informação partilhada pelos responsáveis da CALB, que prevê um impacto de 4% no PIB nacional, quando se conjuga efeitos diretos e indiretos.

Foto: DR

Ainda segundo as informações divulgadas por Pedro Reis o “objetivo é construir uma gigafábrica de topo, carbono zero e com recurso à Inteligência Artificial (IA), que vai não só apoiar a economia portuguesa, mas também acelerar a transição energética europeia”.

Este projeto foi considerado como um Projeto de Interesse Nacional (PIN) pelo Governo Português, que considera apoiar o investimento em até cerca de 35%, o equivalente a 350 milhões de euros recorrendo ao regime europeu de incentivos à reindustrialização.

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O asteroide 2024 YR4 foi descoberto no final do ano passado e a comunidade começou a monitorizá-lo com atenção. Nas últimas semanas, foram avançadas várias probabilidades de uma possível colisão com a Terra, oscilando de 1,9% para os 3,2%. A colisão não seria catastrófica a nível global, mas poderia causar danos regionais significativos e dar-se-ia em dezembro de 2032. Agora, a estimativa mais recente da NASA aponta para uma probabilidade de apenas 0,0039%, ou seja, 1 em 26 mil, o que é significativamente baixo.

O que este episódio realça é que é expectável que, a partir daqui, se registem mais situações semelhantes. Asteroides com estas dimensões, entre 40 e 100 metros de diâmetro, são suficientes para causar destruição a nível local ou regional, mas difíceis de captar pela maioria dos telescópios existentes. Richard Binzel, um dos maiores especialistas neste campo, explica ao ArsTechnica que “um objeto do tamanho do YR4 passa sem perigo na região entre a Terra e a Lua várias vezes por ano. Este episódio é apenas o início para os astrónomos terem capacidade para ver estes objetos antes de eles aparecerem”.

Com o aparecimento de telescópios cada vez mais potentes e capazes, aumentam as probabilidades de os cientistas detetarem este tipo de objetos. O observatório Vera C. Rubin, no Chile, está quase completo e tem como objetivo científico principal a descoberta de pequenos asteroides perto da Terra e deve, provavelmente, encontrar muitos destes. Daqui a dois anos, o NEO Surveyor da NASA vai ser lançado e procurar por ameaças no Sistema Solar e, em 2027 também vai ser lançado o telescópio espacial Nancy Grace Roman destinado a encontrar possíveis ameaças para a Terra, elenca o ArsTechnica. Com todos estes aparelhos disponíveis, é provável que se encontrem entre 10 e 100 vezes mais objetos como o 2024 YR4. “Tal como com o YR4, com um pouco de tempo e monitorização paciente, vamos ser capazes de descartar completamente qualquer perigo”, conta Binzel.

Este tipo asteroides e trajetórias são classificados na escala de Torino, de acordo com a probabilidade de colisão, em que 0 é sem impacto e 10 é o equivalente a destruição massiva. A escala considera a probabilidade de impacto e a libertação de energia cinética que o impacto provocaria. O 99942 Apophis foi o que recebeu uma classificação mais alta, de 4, durante alguns dias após a descoberta em 2004. Uma análise posterior mostrou que deve voltar a aproximar-se da Terra em 2036, mas não colidir com o planeta. Nesta escala, o YR4 chegou a ser classificado como 3, mas agora está como 0.

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Um espetáculo de luzes orquestrado por Simon Pollock acaba de bater o recorde mundial: 1150 Teslas, organizados pelos clubes Tesla da Bélgica e dos Países Baixos, proporcionaram uma experiência impressionante. O evento contou com um computador central que orquestrou uma sinfonia de luzes e movimento com recurso a milhares de luzes LED e em que cada carro se comportou como um pixel de um ecrã verdadeiramente memorável.

Durante o espetáculo, é possível ver padrões pulsantes, luzes e cores vibrantes e animações sincronizadas com uma banda sonora arrebatadora. A coordenação permite replicar ilusões de objetos 3D, cenas dinâmicas e esbater a fronteira entre a realidade e a imaginação, lemos no comunicado publicado pelo Clube de Teslas da Bélgica no YouTube.

Além dos carros no solo, também houve espaço para uma frota de drones que, a partir dos ares, iluminou a cena e deu ares da sua graça. Veja o vídeo completo aqui.

Uma análise do Instituto Europeu para a Igualdade de Género, com base em dados do Índice da Igualdade de Género 2024, no qual Portugal ocupava a 15.ª posição, com 68,6 pontos em 100, permite perceber que 13% dos homens, mas também 14% das mulheres, tendem a concordar ou concordam totalmente que, se uma mulher for vítima de abusos ou violência sexual enquanto está alcoolizada, ela é, pelo menos, parcialmente responsável.

Por outro lado, 27% dos homens e 18% das mulheres concordam que as mulheres frequentemente inventam ou exageram quando se queixam por abusos sexuais ou violação.

O estudo conclui também que 57% dos homens e 51% das mulheres consideram que, se uma mulher partilha conteúdo pessoal íntimo com alguém, é pelo menos parcialmente responsável se essas imagens forem partilhadas com terceiros.

Cerca de 35% dos homens e 20% das mulheres em Portugal entendem que é aceitável o homem controlar as finanças da mulher, e 8% dos homens e 4% das mulheres defendem que a violência doméstica é um assunto privado que deve ser tratado na intimidade da família.

Duas em cada dez mulheres de entre 18 e 74 anos admitiram ter sofrido violência física ou psicológica a partir dos 15 anos e 28% disseram ter ficado com consequências severas por causa disso. Cerca de 53% afirmaram ter tido consequências na saúde por causa dos abusos.

Em média, cerca de um terço das mulheres (31%) na UE indicou ter sido vítima de violência física e/ou sexual por qualquer agressor desde os 15 anos.

A Google considera que os riscos inerentes ao envio de uma mensagem de texto, que pode ser intercetada, para um sistema de autenticação de dois fatores devem ser eliminados. Assim, a gigante prepara-se para retirar esta opção aos utilizadores, segundo uma notícia da Forbes. O porta-voz Ross Richendrfer conta que se pretende “reduzir o impacto dos abusos globais das SMS” e aponta que uma das soluções, para já, passa pelos códigos QR.

A proposta da Google, em vez de enviar uma mensagem de texto para o telemóvel, assenta na disponibilização de um código QR que deve ser digitalizado com recurso ao smartphone de forma a permitir o acesso à conta de Gmail. Apesar de a dependência de um smartphone ainda estar presente, este método acaba por ser mais seguro, uma vez que as mensagens de texto podem ser intercetadas: ‘basta’ o criminoso empregar um método para convencer a operadora móvel de que é o detentor do número de telefone para receber o código em vez do utilizador legítimo.

A solução definitiva pode ser a utilização de passkeys e afastar por completo a utilização de passwords, mas a adoção destas tem vindo a ser mais lenta do que o desejável, pelo que a autenticação de dois fatores, agora com códigos QR, ainda deve estar para durar.

No calendário anual, há momentos que assumem especial relevância para a comunidade de utilizadores de tecnologias de reabilitação auditiva. Esta terça-feira, 25, assinala-se o Dia Internacional do Implante Coclear e a 3 de março o Dia Mundial da Audição. Estes períodos não só comemoram avanços tecnológicos e médicos, mas também servem como oportunidades para refletir sobre os desafios e oportunidades que se colocam a quem depende de dispositivos como próteses auditivas e implantes cocleares.

A história da reabilitação auditiva tem sido marcada por grandes avanços, como a primeira cirurgia de implante coclear realizada com sucesso em 1957 pelo Dr. André Djourno e pelo Dr. Charles Eyriès em Paris. Este marco revolucionou o tratamento da perda auditiva severa a profunda, permitindo a milhares de pessoas recuperar a perceção sonora. Indicado para quem não beneficia de próteses auditivas, o implante coclear transforma sinais sonoros em estímulos elétricos que ativam o nervo auditivo, possibilitando uma audição útil.

A cirurgia é apenas o primeiro passo num longo processo de reabilitação, que inclui a ativação do implante e semanas ou meses de treino auditivo-verbal. O envolvimento diário do utilizador é essencial para maximizar os benefícios e consolidar o trabalho dos terapeutas. Em Portugal, a primeira cirurgia de implante coclear ocorreu em 1985, em Coimbra, e este ano assinala-se o 40.º aniversário desse momento histórico para a Saúde Auditiva no país.

A nível global, a consciencialização para a perda auditiva tem sido uma prioridade. Organizações internacionais têm enfatizado a importância da saúde auditiva e promovido ações para prevenir a perda de audição e melhorar o acesso à reabilitação. O mote atual sublinha a necessidade de garantir que as tecnologias auditivas e os serviços de reabilitação sejam acessíveis a todos.

Estatísticas e desafios no acesso à reabilitação auditiva

A perda auditiva afeta milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com o Relatório Mundial sobre a Audição da OMS, cerca de 1,5 mil milhões de pessoas vivem com algum grau de perda auditiva, número que poderá aumentar para 2,5 mil milhões até 2050 se não forem tomadas medidas adequadas. Destes, aproximadamente 430 milhões necessitam de reabilitação auditiva.

Em Portugal, cerca de 5% da população apresenta algum grau de perda auditiva incapacitante, mas a taxa de utilização de dispositivos de reabilitação auditiva permanece abaixo do desejável. Muitos indivíduos não têm acesso ou não procuram soluções que poderiam melhorar significativamente a sua qualidade de vida. Entre os principais desafios, destacam-se os custos elevados dos dispositivos, desigualdades regionais na oferta de serviços, falta de informação e barreiras burocráticas no acesso aos apoios públicos.

Acessibilidade e inclusão: o caminho a seguir

Garantir que as pessoas com perda auditiva possam participar plenamente na sociedade vai além da disponibilização de dispositivos. A acessibilidade nos meios de comunicação e a implementação de tecnologias assistivas são fundamentais.

A legendagem escrita em conteúdos audiovisuais é uma ferramenta essencial, mas em Portugal a sua implementação ainda é insuficiente. É necessário expandir a legendagem para todos os formatos, melhorar a sua qualidade e assegurar que esteja presente em espaços públicos.

Outras tecnologias assistivas, como sistemas de indução magnética e Bluetooth Auracast, aplicações de transcrição em tempo real e sinalizadores visuais, podem facilitar a comunicação e melhorar a acessibilidade. Paralelamente, a inclusão no mercado de trabalho, a sensibilização pública e a adaptação de infraestruturas são medidas indispensáveis para garantir uma verdadeira igualdade de oportunidades.

Caminhos para a melhoria

Para superar os desafios e garantir uma sociedade mais inclusiva, é essencial adotar medidas concretas:

  1. Aumento do financiamento público para dispositivos auditivos e respetiva manutenção.
  2. Redução das listas de espera para avaliação e cirurgia de implante coclear.
  3. Expansão dos serviços de apoio em audiologia e reabilitação auditiva.
  4. Reforço da sensibilização pública sobre a perda auditiva e a importância da reabilitação.
  5. Legislação para acessibilidade comunicacional, incluindo legendagem universal e tecnologias assistivas.
  6. Inclusão no mercado de trabalho, garantindo adaptações tecnológicas para uma comunicação eficaz.

Conclusão

A reabilitação auditiva não se resume a avanços médicos e tecnológicos, mas sim a um compromisso contínuo para garantir que ninguém fique preso no silêncio por falta de acesso. A acessibilidade auditiva é um direito fundamental, e cabe à sociedade assegurar que todas as pessoas tenham a oportunidade de ouvir e comunicar plenamente.

Nota final

Viver com perda auditiva é mais do que um desafio médico — é uma luta diária pela inclusão. Desde os 16 anos, quando comecei a usar próteses auditivas, até ao implante coclear em 2007, descobri que ouvir não é apenas captar sons, mas estar verdadeiramente ligado ao mundo. A otosclerose tentou impor-me o silêncio, tal como fez com Beethoven, mas a tecnologia devolveu-me a audição. Infelizmente, muitas pessoas em Portugal continuam sem procurar ajuda ou não têm acesso ao acompanhamento adequado. O primeiro passo deveria sempre começar com profissionais credenciados, seja um médico nos cuidados primários, um otorrinolaringologista ou um rastreio auditivo regulado. O País precisa garantir que ninguém fique isolado pela perda auditiva.

Porque ouvir é viver!

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Título entre aspas porque é uma citação. De ninguém em particular, ao contrário do que manda o rigor jornalístico, mas antes de conversas de café e de rua e ao jantar, proferida inúmeras vezes. Já lá vamos.

É transversal a todas as gerações, pelo menos às mais velhas, uma certa sobranceria em relação às seguintes. Muitos dos que estamos na casa dos 40, provavelmente temos ou tivemos avós que para ir à escola tinham de caminhar quilómetros pelo campo ou terrenos baldios e que, por isso, desdenham dos meninos deixados à porta da escola, de carro, pais que nos criaram sem hipótese de escolher fraldas descartáveis e que nos garantem que “sabemos lá nós o que era, na altura”, e mesmo nós recordamos, com um certo orgulho, como sobrevivemos a viagens de três ou mais horas de carro sem cadeirinhas nem bancos especiais (nem cinto de segurança atrás quanto mais…), como brincávamos na rua até uma das mães gritar que o jantar estava pronto e como atravessámos toda a adolescência sem telemóveis e a técnica tão antiga de combinar em determinado sítio a determinada hora resultava mesmo. Na escola, havia sempre “o gordo”, o “caixa de óculos”, o “marrão”, o “burro” e por aí adiante. E pancada de vez em quando, pois claro, e bem podia calhar o alvo ser o mais franzino, e gozo e aquele colega que nem queria ir por causa disso. “Mas era assim” e ninguém fazia alarido.

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Desde que foi detetado pelo telescópio Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS), no Chile, em dezembro passado, que as probabilidades de o asteroide 2024 YR4 vir a colidir com a Terra tem vindo a ser frequentemente analisadas pelas agências espaciais. De acordo com as últimas estimativas da agência espacial norte-americana (NASA), divulgadas na quinta-feira, existem 0.04% de hipóteses de este corpo celeste atingir o planeta na próxima década. Já a Agência Espacial Europeia (ESA) sugere que a probabilidade de colisão seja agora de 0,16%. “Graças a novas observações, a Terra está agora no limite da decrescente ‘janela de incerteza”, refere a agência espacial. “Se esta tendência continuar, o risco pode chegar em breve aos 0%”. Mas o que se sabe ao certo sobre este asteroide? E que impacto teria a sua colisão com o planeta Terra?

Quando poderia atingir a Terra?

Estima-se que o 2024 YR4 tenha uma largura entre os 40m e 90 metros e seja feito de uma substância rochosa. De acordo com os cálculos da NASA, caso ocorra um impacto, é possível que esse venha acontecer a 22 de dezembro de 2032. Contudo, esta previsão pode vir a mudar nos próximos meses e semanas, dado que se baseia em dados preliminares.

Até à nova atualização – para 0,04% -, a NASA estimava que o risco de colisão do asteroide com a Terra fosse, até há pouco mais de uma semana, de 3,1% – o mais elevado a ser registado em mais de duas décadas de monitorização de objetos celestes. Em 2004, o asteroide Apophis também agitou a comunidade científica internacional, com uma probabilidade de colisão com o planeta de 2,7%.

Que danos poderia provocar?

De acordo com as estimativas atuais, o seu impacto com a Terra poderia ser 500 vezes mais poderoso do que a bomba nuclear de Hiroxima, o suficiente para devastar uma área de aproximadamente 2.150 quilómetros quadrados – o equivalente a 20 vezes a dimensão da cidade de Lisboa. Dependendo da sua localização, a colisão poderá provocar também um tsunami.

As agências espaciais determinaram ainda um “corredor de risco” para a colisão do asteroide que se estende pelo leste do Oceano Pacífico, norte da América do Sul, Oceano Atlântico, África, Mar Arábico e sul da Ásia.

Onde está agora?

Atualmente, o asteroide encontra-se numa órbita que se afasta da Terra, a dezenas de milhões de quilómetros do planeta, pelo que deverá desaparecer da vista dos telescópios terrestres nos próximos meses. O corpo celeste só deverá voltar a ser observável em 2028, uma oportunidade importante para recolher novos dados sobre a sua órbita e outras características relevantes.

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Emmanuel Macron, na Sala Oval, corrigiu e colocou Donald Trump na defensiva, na sua própria Casa, mostrando que a França e a Europa não têm qualquer receio de que os Estados Unidos se possam retirar da NATO ou transformar a sua participação num mero ato simbólico.

Trump ouviu das boas e não gostou. Quis centrar-se apenas no dinheiro americano investido na Ucrânia, em equipamentos militares e ajudas financeiras diretas, repetindo que queria esse valor de volta, através do tal negócio das Terras Raras. No entanto, o presidente francês silenciou-o, afirmando que a Europa tinha investido o mesmo montante, além do que ainda será entregue, mas não como um empréstimo a Kiev. A Europa ajudou, deu, ofereceu os milhões em nome de um país que não se vergou à barbaridade do seu vizinho. E mais fará!

Aí sim, viu-se um Macron aguerrido, consciente do seu papel e do seu poder como líder de uma potência nuclear, capaz de dizer a Washington que o guarda-chuva americano pode ser substituído pelo francês e pelo britânico. Trump vai encontrar-se com Putin, não reteve metade do que foi dito e insiste na ideia de que a Rússia não lançou, há precisamente três anos, uma operação militar especial para eliminar Zelensky e transformar a Ucrânia numa nova Bielorrússia.

Na quinta-feira, dar-se-á o confronto com a Grã-Bretanha, que já percebeu com o que pode contar. Sir Starmer não tem qualquer afinidade com o presidente americano e considera que Trump está a destruir a credibilidade e a confiabilidade dos Estados Unidos. A menos que isso mude rapidamente, com um novo Congresso, mais valerá a todos os aliados da NATO concentrarem-se no reforço das suas capacidades militares a curto prazo, integrando todas as inovações testadas na guerra da Ucrânia.

Macron, finalmente, elevou-se e bateu-se, taco a taco, contra o homem supostamente mais poderoso do planeta, e ganhou esse confronto. Sem qualquer medo. Se os EUA de Trump não querem participar no apoio à Ucrânia, então que abandonem a Aliança Atlântica e fiquem isolados no seu continente, perante uma China cada vez mais agressiva e poderosa e um Putin que também manda na Casa Branca. Que interessante 2025!

Vergonha: EUA votam contra Resolução da ONU a condenar guerra na Ucrânia, ao lado da Rússia, China e Coreia de Norte. Sem Vergonha!

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