A Inteligência Artificial (IA) deve ser encarada não apenas como uma poderosa ferramenta de produtividade (duplicando a produtividade dos trabalhadores), mas como uma força motriz para uma abordagem completamente transformadora do trabalho.

A IDC prevê que, em 2025, as empresas irão explorar o mundo dos agentes de IA e dos fluxos de trabalho autónomos para melhorar tarefas que tradicionalmente dependiam das competências humanas. Os principais fornecedores de software e de serviços de IA serão essenciais para esta mudança, acrescentando funcionalidades inovadoras de IA.

O surgimento de plataformas de baixo código destinadas a criar agentes e fluxos de trabalho de IA irá motivar os líderes de TI de diferentes indústrias a adotar estes avanços, colaborando com as equipas de gestão de processos empresariais (BPM) para identificar processos que estão prontos para a automatização ou melhoria. Até 2027, os fluxos de trabalho irão remodelar a forma como as tarefas são entregues e executadas, afetando pelo menos 40% do trabalho de conhecimento nas empresas europeias e duplicando a produtividade.

Para obter ganhos substanciais em produtividade, é vital alargar os fluxos de trabalho destes agentes de IA além das funções empresariais padrão. Isto deve abranger áreas como o planeamento, a investigação, a tomada de decisões, a criação de conteúdos, o desenvolvimento de software, a configuração de TI, a monitorização do desempenho e outras atividades especializadas, bem como o trabalho de projeto colaborativo.

À medida que as organizações na Europa navegam nesta transformação, será essencial uma avaliação abrangente dos agentes de IA e dos fluxos de trabalho dos agentes de IA. O sucesso dependerá também da resolução dos atuais desafios culturais, ao mesmo tempo que se tira partido desta tecnologia para melhorar as capacidades humanas e simplificar o trabalho do conhecimento em vários sectores.

Os assistentes digitais baseados em grandes modelos de linguagem, como o ChatGPT, o DeepSeek e o Google Gemini, entraram de rompante nas vidas de muitas pessoas – algumas das quais já terão inclusive dificuldade em imaginar como seria o dia a dia, sobretudo no trabalho, sem estas ferramentas. E como o comboio da Inteligência Artificial (IA) promete ser imparável, o melhor mesmo é apanhar boleia desta revolução tecnológica o quanto antes. Saber usar e tirar partido dos principais sistemas de IA será uma mais-valia em muitas situações. Criamos uma lista de 50 instruções (prompts) para que consiga fazer de tudo um pouco com a IA: ser mais produtivo, tomar melhores decisões, fazer projetos pessoais, melhorar a criatividade e até mesmo resolver problemas. Este é o tema em destaque na mais recente edição da revista, a Exame Informática nº 354, mas não é o único a merecer a sua atenção, como pode ver em baixo.

Pode comprar a Exame Informática nº 354 nas bancas e em formato digital.

Sumário da Exame Informática nº 354

Capa

ChatGPT, Gemini e DeepSeek: 50 instruções para dominar a Inteligência Artificial

Testes

– O super Samsung Galaxy S25 Ultra

Huawei Matebook D16: Um portátil apelativo

– Smartphone com mag(ia): Honor Magic7 Pro

Huawei FreeBuds Pro 4: Concentração máxima

Aeroband Pocketdrums 2: O sonho de uma bateria virtual

Xiaomi Redmi Buds 6 Pro

– Nvidia GeForce RTX 5070 Ti: Placa gráfica de topo

Honor Magic7 Lite

– Dois ecrãs com o Asus Zenscreen Duo

Oppo Reno13 Pro: Vale a pena?

– Fujifilm Instax Wide Evo

Asus Zenbook A14: Incrivelmente leve

– HP OmniBook Ultra Flip 14: Versatilidade não lhe falta

Huawei FreeArc: Para os desportistas

– Lifestyle: Mochila HyperX Knight

I&D

– Especial: Inteligência Artificial nas empresas

Azulfy: A startup portuguesa que monitoriza a qualidade da água

VOLT

BYD Atto 2: Um novo trunfo

– O elétrico acessível: Citroen ë-C3

Audi Q6 e-tron Perfomance: Tecnologia de ponta

Polestar 3 Long Range Dual Motor: Melhorias precisam-se

Alfa Romeo Junior Elettrica: O primeiro elétrico da marca italiana

Sign Out

Sniper Elite Resistance

Like a Dragon: Pirata Yakuza in Hawaii

Avowed

O cargueiro “Solong”, registado na Madeira, colidiu esta manhã com um petroleiro norte-americano no Mar do Norte, ao largo da cidade de Hull, no nordeste de Inglaterra. De acordo com a Guarda Costeira britânica, o alerta foi dado pelas 09:48 da manhã e já foram mobilizados para o local vários meios de socorro, incluindo um helicóptero de salvamento, barcos salva-vidas, uma aeronave da Guarda Costeira e embarcações de combate a incêndios. “A Guarda Costeira está atualmente a coordenar a resposta de emergência a relatos de uma colisão entre um petroleiro e um navio de carga ao largo da costa de East Yorkshire”, refere a agência Marítima britânica num comunicado.

Segundo a BBC, a embarcação portuguesa e o petroleiro, designado “Stena Immaculate”, estão em chamas. De acordo com o órgão de comunicação toda a tripulação do navio petroleiro – mais de 20 pessoas – encontra-se já em segurança. Pelo menos 32 pessoas já foram resgatadas, mas a sua situação atual é ainda não é conhecida. Ainda há tripulantes por localizar.

A organização de socorro marítimo Royal National Lifeboat Institution (RNLI), citada pela BBC, avança ainda que vários passageiros que seguiam a bordo das embarcações terão abandonado as mesmas na sequência da colisão.

O cargueiro português tinha saído da Escócia e viajava até Roterdão, nos Países Baixos. Já o petroleiro, oriundo do porto grego de Agioi Theodoroi, estava ancorado perto de Hull. 

Ainda não se sabe a extensão do derrame de combustível.

(Notícia atualizada pelas 14h16)

No passado dia 5 de março, a Comissão Política do PS Oeiras reuniu para discutir e votar o nome de Ana Sofia Antunes como candidata à Presidência da Câmara Municipal de Oeiras. O resultado foi uma aprovação inequívoca, um momento que não apenas agregou as diferentes vozes da concelhia, mas que também marcou um ponto de viragem, creio.

Depois de anos de desaires, o PS de Oeiras parece finalmente encontrar um rumo, uma liderança capaz de galvanizar as suas bases e de oferecer uma alternativa real aos munícipes. Uma alternativa competente, experiente e agregadora, de modo a colocar o PS Oeiras como a única solução possível de quem quer um executivo diferente neste concelho.

Este não foi apenas um voto num nome; foi um voto na possibilidade de um futuro diferente já em 2025, e de vitória em 2029.

Ana Sofia Antunes chega a esta candidatura com um currículo que fala por si.

Deputada do Partido Socialista, antiga Secretária de Estado da Inclusão durante três governos socialistas, entre 2015 e 2024 – não é mero acaso ter sido reconduzida sucessivas vezes durante 9 anos. Tem experiência autárquica em Lisboa e em Coimbra, traz consigo, uma bagagem política sólida e diversificada, que há muito faltava em Oeiras.

Integra a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e a Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, além de ser coordenadora do PS na Comissão de Assuntos Europeus. Sob o lema “Em Oeiras todos contam”, a socialista apresenta uma candidatura que se descreve como “jovem, arrojada, de futuro e corajosa” – palavras que refletem não só a sua visão, mas também o seu percurso. Ana Sofia é uma líder testada, com provas dadas na defesa da inclusão e dos direitos fundamentais, qualidades essenciais para um concelho que precisa de se reinventar.

Não sou dado a alimentar episódios lamentáveis como o que ocorreu na Assembleia da República, quando Ana Sofia Antunes (e não só) foi insultada por deputados do Chega – correndo o risco de, mais uma vez, dar voz a quem não merece ser mencionado.

Mas há coisas que não podemos deixar passar. Para além do insulto, acusaram-na de só saber falar de um tema, numa sessão em que, ironicamente, abordava esse assunto pela primeira vez em plenário. Acusaram-na de limitação, quando ela coordena os Assuntos Europeus do PS e integra inúmeras comissões, provando uma versatilidade que os seus detratores jamais compreenderão.

Não me surpreende: a compreensão básica e a convivência democrática não habitam nas mentes daqueles para quem a mediocridade intelectual é um troféu.

Quem só sabe falar de um tema, são aqueles que abrem a boca e ligam os microfones para destilar ódio e roçarem a mediocridade. Por isso, nunca vencerão.

Mas há algo inspirador na Ana Sofia Antunes, que teve de lutar o dobro – ou até o triplo – do que qualquer outra pessoa para chegar onde está. Nada lhe foi dado de mão beijada. Cada conquista foi fruto de resiliência, determinação e uma vontade inabalável de ultrapassar barreiras.

Esta candidatura é mais um capítulo dessa jornada, um desafio que não será fácil num concelho onde o culto da personalidade (como já cantavam os Living Colour) é prática quotidiana. Oeiras tem sido dominada há demasiado tempo por um homem – Isaltino Morais – que, na reta final da sua carreira (felizmente), parece mais focado no mediatismo e nas poses para o Instagram do que nas necessidades de quem aqui vive.

Esta eleição coloca-nos perante um contraste claro: de um lado, um líder que se deixou esmorecer, que perdeu ambição, que não entende o que tem de perdurar; do outro, uma mulher corajosa que quer devolver a voz a todos, que acredita que Oeiras pode ser mais do que um palco para vaidades pessoais.

Para que o PS seja a força que Oeiras precisa, é essencial que saiamos da armadilha dos 10% que nos atormentam desde 2021. Os sucessivos desaires eleitorais mostram que precisamos de alargar a nossa base, de falar para além do núcleo duro e reconquistar os socialistas que, sim, existem em grande número neste concelho.

Com a possibilidade cada vez mais concreta de um “casamento” entre Isaltino e o PSD – uma aliança que parece saída de um filme siciliano, uma vendeta política onde o PSD se ajoelha para recuperar relevância – o PS tem uma oportunidade única.

Há uma percentagem considerável de eleitores em Oeiras que, eleição após eleição, votam PS a nível nacional, mas que nas autárquicas se refugiam no regaço de Isaltino. São eleitores que acreditam nos valores socialistas – mas que ainda não encontraram nas nossas propostas locais o reflexo dessas ideias. Cabe-nos agora construir uma plataforma agregadora, de futuro e ambição, que os traga de volta.

Ana Sofia Antunes é a pessoa certa para liderar essa missão. A sua candidatura não é apenas uma aposta num nome, não se esgota aí; é um sinal de que o PS está pronto para virar a página em Oeiras.

Estou certo de que estamos a assistir a um ponto de viragem histórico. Este é o momento de provar que, em Oeiras, o futuro pode ser bem mais do que o eco de um passado gasto.

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Era um sábado como os outros, mas Luís Montenegro falava como se fosse o último sábado de uma campanha eleitoral. As televisões transmitiam em simultâneo o comício do PSD que, desta vez, não aproveitou as oito da noite para anunciar novos veículos para as Forças Armadas. As declarações do primeiro-ministro, vitimizado, seguiam-se insuficientes e pouco esclarecedoras.

Para falar sobre um tema que só a si diz respeito — e pelo qual é o único responsável —, o chefe do Governo fez questão de se acompanhar do atual elenco governativo, comprometendo-os com as suas declarações. Mas isso não bastou: os portugueses descobriram que Luís Montenegro mentiu quando referiu que havia alienado todas as quotas na sua empresa familiar. Mas, afinal, a sua mulher, com quem vive em comunhão de adquiridos, ainda detinha uma participação; e só depois é que os filhos iriam assumir o controlo da empresa. O que não resolve qualquer conflito de interesse. Parece ser por demais evidente que os negócios da família do primeiro-ministro continuam a beneficiar do seu cargo público.

Luís Montenegro foi elencando demoradamente as supostas conquistas do seu mandato, muitas das quais tendo sido já alcançadas sob a governação de António Costa: a redução da dívida pública, o aumento da taxa de emprego e a diminuição do desemprego. Depois de apresentar um verdadeiro catálogo do IKEA, onde toda a mobília parecia encaixar na perfeição do país, Montenegro, apoiando-se no seu pretenso grande trabalho, acenou com uma moção de confiança. Moção de confiança que é sabido de antemão que não será votada favoravelmente pelo Partido Socialista.

Então, o que pretende o PSD? Novas eleições? Criar nova instabilidade política? Os portugueses sabem que, por mais atípico que tenha sido, o PS absteve-se na votação do Orçamento do Estado para permitir ao Governo continuar a governar. Mas também sabem que não será o PS a “dar a mão” ao Governo – tal seria extremamente inusitado no atual contexto político nacional. Ainda que Luís Montenegro pareça cada vez mais concentrado na conquista de votos ao centro, procurando responsabilizar o Partido Socialista pela instabilidade política, não deixa de ser o próprio quem tem dado lugar a essa mesma instabilidade.

Enquanto se passa tudo isto, os portugueses ficaram a saber de escolhas pessoais do primeiro-ministro que levantam muitas questões. Num país em que o salário mínimo é de 870 euros, o atual chefe de governo decide hospedar-se num hotel de cinco estrelas, onde a estadia por noite ronda os 300 euros, conquanto tem à sua disposição uma residência oficial: pasme-se!, a “Residência Oficial do primeiro-ministro.”

Todos sabemos que o líder do PSD tenta desviar-se dos pingos da chuva ao evitar responder aos jornalistas — por vezes até se escondendo deles — enquanto quase que decreta o fim de certos assuntos. Uma atitude destas é naturalmente incompreensível em plena democracia, e os portugueses exigem mais transparência! Não basta propaganda.

Por isso mesmo, a decisão tomada por Pedro Nuno Santos, na passada segunda-feira, é a mais sensata e estável. A proposta de uma comissão de inquérito, de forma potestativa, permitirá alcançar a transparência e as respostas que são devidas aos portugueses.

Contudo, dada a recém anunciada moção de confiança ao Governo, apresentada pelo primeiro-ministro, tudo indica que o mesmo estará prestes a cair. Logo após a queda de uma maioria absoluta devido a um parágrafo, Portugal parece entrar num período de instabilidade política semelhante ao da Primeira República. A incerteza sobre o futuro governativo do país vai aumentando, e o risco de sucessivas crises políticas pode não só comprometer a governabilidade, como também comprometer a confiança dos portugueses nas suas instituições.

Portugal não pode transformar-se numa república das bananas! Exige-se mais respeito pelos portugueses.

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

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A internet surgiu na década de 1960, mas o que conhecemos hoje como “internet” começou a ganhar forma em 1969, com a criação da ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network), um projeto financiado pelo governo dos Estados Unidos. O objetivo da ARPANET era conectar computadores em diferentes universidades e centros de pesquisa para facilitar a troca de informações.

Nos anos seguintes, a ARPANET cresceu e em 1983 foi criado o TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol), um conjunto de regras que padronizou a comunicação entre computadores na rede. Isto permitiu a criação de uma rede global de computadores, que mais tarde, nos anos 1990, se expandiu e evoluiu para a internet pública como conhecemos hoje com a popularização da World Wide Web (www).

A internet de massas trouxe inúmeras vantagens para a sociedade e transformou praticamente todos os aspetos da vida quotidiana, nomeadamente o acesso à informação, à comunicação instantânea, a facilidade no trabalho e educação, o entretenimento e lazer, o comércio e serviços online, as conexões sociais, a inovação e negócios, a acessibilidade, e ainda, a facilidade de organização de tarefas.

Todavia, também existem diversas desvantagens e desafios que precisam ser considerados, designadamente a dependência e o vício, a exposição a conteúdos nocivos, riscos à privacidade e segurança, a desinformação e notícias falsas, o impacto na saúde mental, a distração e perda de produtividade, a falta de controlo sobre os conteúdos e isolamento social.

Mas a internet e as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) vieram também providenciar oportunidades variadas para a prática de crimes, modificando e exponenciando as possibilidades de ocorrência da criminalidade, seja porque se constituem em si mesmo enquanto alvos potenciais do crime, mas também porque podem fornecer os meios ou ferramentas através dos quais outros crimes podem ser cometidos.

Poderá, portanto, afirmar-se que a Internet veio proporcionar novas formas e oportunidades de praticar ou cometer crimes que poderemos designar como “convencionais”, como a perseguição, o abuso sexual de crianças ou a burla, mas veio igualmente alavancar o surgimento de novas formas de criminalidade, desta feita exclusivamente associadas ao uso de computadores, das TIC e dos sistemas informáticos.

Neste contexto, a Procuradoria Geral da República (PGR), através da Ordem de Serviço n.º 1/2019, de 16.01, concentrou a investigação do cibercrime e crime cometido em ambiente digital em secções e rede de magistrados especializadas, tendo por base a necessidade de especiais conhecimentos técnicos à investigação.

Contudo, as dificuldades da investigação deste tipo de criminalidade são vastíssimas, desde logo pela sua especificidade e complexidade, por se tratar de um tipo de criminalidade com linguagem própria, com intervenientes (agentes do crime) dotados de elevadas capacidades e meios técnicos especializados e, por vezes, de cariz transnacional.

A nível nacional, a cooperação das instituições fornecedoras de elementos probatórios, designadamente entidades bancárias e operadoras de rede móvel é bastante deficitária, colidindo, em muito dos casos, com os prazos razoáveis de resposta.

Esta delonga, associada à problemática dos metadados, tem dificultado o acesso à informação (Internet Protocol – IP) determinante à descoberta da verdade material, tendo como consequência a prolação de despachos de arquivamento por não ser possível alcançar, em tempo útil, esses elementos probatórios

Por outro lado, os fenómenos criminais associados à criminalidade informática são altamente voláteis, emergindo diariamente novos métodos de atuação altamente sofisticados e tecnológicos, com esquemas de engenharia social, que obrigam os magistrados do Ministério Público a uma constante adaptação, formação e aprofundamento de conhecimentos nestas matérias, de forma a realizar um efetivo e eficaz combate a estes fenómenos.

De acordo com a Nota Informativa do Gabinete de Cibercrime da PGR, referente às denúncias recebidas no ano de 2023, concluiu-se que “as denúncias de cibercrimes em sentido alargado recebidas por correio eletrónico pelo Gabinete Cibercrime aumentam persistentemente, de forma consistente, de ano para ano, desde 2016. No ano de 2020 as denúncias aumentaram de forma excecional, após a eclosão da pandemia resultante da COVID–19. Em 2021, porém, o aumento foi ainda mais expressivo do que tinha sido em 2020, mais que duplicando. Em 2022 esta tendência manteve-se: foram recebidas 2124 denúncias, quando em 2021 tinham sido recebidas 1160. Portanto, registou-se um aumento de 73,58%. Por último, em 2023 foram recebidas 2916 denúncias – correspondendo a 137,29% das denúncias do ano anterior.

No mesmo relatório também se pode ler que os fenómenos mais frequentes no ano de 2023 foram: o “olá mãe, olá pai” e falsos pagamentos à EDP; o phishing; burlas online; páginas “falsas”; “falso” trabalho online; burlas no mercado imobiliário; defraudações na utilização de plataformas de vendas online e em aplicações de pagamentos; burlas em supostos investimentos em criptomoedas; telefonemas fraudulentos; “falsas” convocatórias policiais; ataques informáticos – ransomware e “furto de credenciais de acesso a contas”; sextortion; e CEO Fraud.

No próximo artigo, revisitarei este tema para, com alguma pedagogia (assim espero), explicar em que consiste cada um dos mencionados fenómenos, mas, acima de tudo, formas de evitar ser vítima destes esquemas fraudulentos.

Para finalizar, nunca esquecer que nos tempos em que vivemos a informação está à distância de um clique e que a internet é uma janela virada para o mundo, seja isso uma virtualidade ou um inconveniente.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

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A Apple pretende que a nova geração do assistente pessoal Siri tenha funcionalidades mais personalizadas, mas o desenvolvimento está a demorar mais que o previsto e a empresa já comunicou o adiamento do lançamento. A porta-voz Jacqueline Roy confirmou que “nos últimos seis meses, tornámos a Siri mais conversacional, introduzimos novas funcionalidades como escrever para a Siri e adicionamos uma integração para o ChatGPT. Estamos a trabalhar também numa versão mais personalizada, dando-lhe mais conhecimento sobre o contexto pessoal, bem como a capacidade de realizar ações para o utilizador em diferentes aplicações. Vai levar-nos mais tempo do que estávamos a contar para entregar estas funcionalidades e prevemos lançá-las no próximo ano”, cita o Daring Fireball.

A Apple não comentou ainda exatamente o que quer dizer com o “lançamento no próximo ano”. No ano passado, durante a WWDC, a Apple mostrou o Apple Intelligence com funcionalidades avançadas da Siri e tinha anunciado um lançamento “durante o próximo ano”, o que equivaleria a esperar um lançamento nesta primavera.

Segundo Mark Gurman, da Bloomberg, executivos da Apple expressaram internamente as suas preocupações, incluindo o líder de software, Craig Federighi, dizendo que “as novidades não funcionaram adequadamente – ou como anunciado – durante os testes pessoais”. O novo rumor é que “uma versão verdadeiramente modernizada, conversacional da Siri” não deve chegar antes do iOS 20 “na melhor das hipóteses”.

A Microsoft estará a desenvolver modelos de Inteligência Artificial em nome próprio para alimentar ferramentas como o assistente digital Copilot. Estes esforços não significam que a parceria com a OpenAI esteja em perigo, mas é visto como uma forma de a empresa de Redmond não depender exclusivamente dos modelos de IA da startup. Segundo a publicação The Information, a Microsoft estará a trabalhar em modelos de ‘raciocínio’ que rivalizam com os GPT-o1 e o3-mini da OpenAI.

De acordo com alguns rumores, a OpenAI terá negado um pedido da Microsoft e não cedeu detalhes técnicos sobre como o o1 funciona, o que contribuiu para aumentar as tensões entre as partes, noticia o TechCrunch.

Ainda segundo as notícias mais recentes, a Microsoft estará também a testar modelos de IA alternativos – incluindo de empresas como a xAI, Meta, Anthropic e DeepSeek – como possíveis ‘motores’ para as ferramentas de IA que disponibiliza.

A Microsoft já investiu cerca de 14 mil milhões de dólares na OpenAI até ao momento. Com o objetivo de reforçar as equipas internas, a empresa contratou o antigo executivo da DeepMind e cofundador da Inflection, Mustafa Suleyman, atribuindo-lhe a liderança dos esforços na Inteligência Artificial.

Dizer que o melhor está nos minutos finais de cada episódio de Finisterra não retira de todo o mérito à história antes ficcionada, uma criação de Guilherme Branquinho (escrita adicional de Great Yarmouth: Provisional Figures, de Marco Martins e curta-metragem Vórtice), que escreveu o argumento e realizou esta série em parceria com Leone Niel.

Ao mesmo tempo que passam fotografias a preto-e-branco, com gente nos campos a trabalhar, outros com os seus animais de carga ou na pesca, junto ao mar, ouvem-se também os testemunhos, recolhidos em 2021, de quem na casa dos 80 anos recorda a vida em julho de 1943, no Barlavento Algarvio, aquando da Batalha de Aljezur.

Na verdade, muitas eram memórias dos seus familiares, habitantes da vila, preservadas até hoje. António, por exemplo, tinha seis anos quando viu o caça alemão a sobrevoar, às voltas, a fazenda do seu pai. O mesmo avião militar que enquanto perdia altura era avistado pelo avô de Ernesto. Mais tarde, acompanhado pelo burro a que chamava Primo, foi pelos campos à procura dos destroços. Foi a primeira pessoa da terra a chegar junto do piloto, muito aflito e desnorteado, sem saber em que país se tinha despenhado.

Há quem continue a pescar e sempre que apanha Boops boops, nome científico da boga, faz o petisco temperado com alho e salsa, tal como a mãe fazia no tempo da II Guerra Mundial. Em Bensafrim, recorda-se a existência de uma senhora a quem chamavam Carambicha e que tinha o Livro de São Cipriano, um feiticeiro que se converteu ao cristianismo, como reza a lenda popular. Tudo isto, no tempo em que a farmácia do Ernesto, homem capaz de tratar um braço partido e dar apoio aos mais pobres, era fechada por ele ser comunista.

Em Finisterra, Leonor Vasconcelos (atriz dos filmes Viver Mal/Mal Viver e Restos do Vento) interpreta Celeste de forma primorosa. Para provar a sua inocência, a jovem órfã acusada de feitiçaria, enceta uma caça à bruxa num cenário em que a presença nazi se fazia notar no Sul de Portugal.

Finisterra > RTP1 e RTP Play > Estreia 10 mar, seg 21h > 7 episódios, um novo por semana

Apenas sete meses depois de lançar os Reno12 em Portugal, a Oppo já tem uma nova geração desta linha de smartphones. Aqui colocamos à prova o Oppo Reno13 Pro, o modelo mais avançado dos três que foram anunciados.

O primeiro destaque – e garantidamente um dos pontos fortes do dispositivo – é a qualidade de construção. A começar pela escolha dos materiais que lhe conferem um aspeto sofisticado. Temos uma estrutura lateral feita em alumínio (de calibre espacial, segundo a marca) e vidro temperado na traseira. No caso do modelo que testámos, preto, o acabamento é fosco e gostamos (muito) do facto de não acumular dedadas.

Além do toque primoroso na mão, algo que é salientado pela espessura reduzida e pelo peso abaixo dos 200 gramas, estas características dão maior durabilidade ao smartphone. Aliás, este modelo consegue uma certificação IP69 – além de poder ficar submerso, até dois metros durante 30 minutos, é inclusive resistente a jatos de água muito quente (ou seja, é resistente contra acidentes com chá, café ou sopas). Em termos de elegância, se o objetivo era chamar a atenção, então o Oppo Reno13 Pro consegue fazê-lo com distinção. 

Um outro elemento que provoca um impacto visual muito positivo é a espessura reduzida das margens em torno do ecrã – o rácio ecrã/corpo do smartphone é superior a 93%. E por falar em ecrã, de sublinhar a muito boa qualidade de imagem, com destaque para o nível de brilho bastante generoso, para as cores ricas, precisas e não exageradas, e para as muito boas capacidades de contraste – por outro lado, a resolução e a nitidez não são as melhores que já vimos, mas cumprem perfeitamente. Os 120 Hz de taxa de atualização máxima fazem com que do ponto de vista visual, este modelo não deixe muito ao acaso.

Do lado do desempenho, gostamos da fluidez de utilização: as aplicações ‘arrancam’ de forma célere, trocar entre apps também se faz sem demoras e nunca sentimos lentidão na utilização do equipamento. Para esta fluidez contribuem também a RAM e o armazenamento muito generosos, e que dão bons indicadores em termos de longevidade do smartphone.

Oppo Reno13 Pro

O maior salto, na nossa opinião, acontece do lado gráfico: conseguimos jogar Diablo Immortal, com os gráficos e os fotogramas no máximo, sem que a jogabilidade tenha apresentado engasgos. No entanto, devemos sublinhar que a relação desempenho/preço está muito desequilibrada – pelo mesmo valor, o Xiaomi 14T Pro disponibiliza muito mais desempenho.

Oppo Reno13 Pro: Câmaras, IA, ação

Foi o próprio Billy Zhang, executivo da Oppo, quem confirmou no evento de apresentação deste smartphone que a combinação de um bom sistemas de câmaras fotográficas e funcionalidades de Inteligência Artificial (IA) é um dos três principais motivos de compra de smartphones da Oppo (a par do design e da experiência de software). Não é por isso de estranhar que este modelo esteja equipado com três sensores de 50 megapíxeis – câmara principal, câmara de telefoto e câmara de selfies. Além destes, existe uma câmara ultra grande angular de oito megapíxeis.

E de facto a aposta da marca é certeira. De todas as câmaras, aquela que tendencialmente usamos menos é a de ultra grande angular (ideal para paisagens ou momentos que exigem grande amplitude). E tirando esta câmara, de facto menos inspirada (falta detalhe), o restante conjunto fotográfico é muito versátil e apresenta uma boa qualidade. Conseguimos imagens de elevada nitidez, boa reprodução de cores e contrastes, e ficamos agradavelmente surpreendido pelas capacidades de zoom (ótico até 3,5x), capaz de nos dar retratos ou fotos de aproximação sem abrirmos muito mão do detalhe. O elemento que mais nos agradou, no entanto, é a boa capacidade de interpretação de profundidade, destacando de forma natural o objeto fotografado do plano de fundo, e que dá um aspeto mais ‘profissional’ às imagens.

Já a nível das funções de IA, consideramos três das quatro opções disponíveis no Oppo Reno13 Pro (remover reflexos, remover desfoque e apagador IA) muito eficazes, sobretudo se estiver a pensar partilhar as imagens nas redes sociais. Aquele que nos encheu menos as medidas foi o melhorador de nitidez, com resultados pouco ‘palpáveis’ do ponto de vista visual.

Exemplo do sistema Removedor de pessoas da Oppo em funcionamento

Ainda sobre a implementação da IA, não podemos deixar de levantar algumas reservas com o sistema de microtransações que a Oppo está a aplicar a algumas das funcionalidades. Na aplicação AI Editor, há de facto muitas opções de edição de imagem – e divertidos de explorar, por sinal –, mas para usá-las é preciso pagar em dinheiro virtual. Quem criar uma conta Oppo ganha automaticamente 5000 créditos para usar nestas criações, mas e depois destes créditos acabarem? Fica a dúvida.

Outro elemento que claramente não gostamos neste smartphone é da quantidade anormal, para os dias que correm, de aplicações pré-instaladas e que consideramos que não são úteis para a maioria dos utilizadores – contamos mais de 20.

Uma última nota para a autonomia. Medimos mais de 18 horas de utilização contínua, o que deve traduzir-se em cerca de dois dias de utilização não muito intensiva. 

Por fim, voltamos à questão do preço. No momento em que escrevemos esta análise, um Google Pixel 9 Pro, superior em muitos aspetos ao Reno13 Pro – no ecrã, na qualidade de construção, no desempenho das câmaras – custava apenas mais 70 euros.

Ou seja, apesar de considerarmos que o Reno13 Pro é de facto um smartphone muito bem executado, falha no posicionamento de mercado, pois devia ter um preço mais competitivo.

Tome Nota
Oppo Reno13 Pro 5G | €799,99
oppo.com/pt

Benchmarks Antutu: 1154268 • CPU 225002 • GPU 491931 • UX 204989 • Memória 232346 • 3DMark Wild Life Extreme 2826 (16,9 fps) • Solar Bay 4784 (18,1 fps) • Steel Nomad Light 1171 (8,6 fps) •  PCMark Work 3.0 10458 • Autonomia 18h24 m • Geekbench Single/Multi 1331/4043 • GPU 7273

Ecrã Muito bom
Fotografia Muito bom
Construção Muito bom
Autonomia Muito bom

Características Ecrã AMOLED 6,83″, 2800×1272 px, 120 Hz, 1200 nits (máx.) • Proc. MT Dimensity 8350, GPU Mali-G615 MC6 • 12 GB RAM, 512 GB armaz. • Câmaras: 50 MP (f/1.8, OIS), 8 MP (ultra grande angular, 116°), 50 MP (telefoto, f/2.8, OIS), 50 MP (selfie, f/2.0) • Wi-Fi 6e, BT 5.4, USB-C (80 W) • ColorOS 15 (Android 15) • Bateria: 5800 mAh • 162,8×76,6×7,6 mm • 195 g

Desempenho: 4
Características: 4,5
Qualidade/preço: 3

Global: 3,8