A Oppo anunciou Lamine Yamal, o jovem futebolista do Barcelona, como o novo embaixador global da marca. O jogador espanhol, que tem atraído atenções pelo desempenho futebolístico e que, com apenas 17 anos, conquistou o Campeonato da Europa no verão passado, é agora a figura principal da nova campanha da marca, designada por “Cria o teu Momento”, que visa inspirar jovens em todo o mundo a aproveitarem o presente e a lutarem pelas suas paixões para alcançar os objetivos.

Veja o vídeo oficial da campanha:

Billy Zhang, presidente de marketing, vendas e serviços internacionais da Oppo, sublinha que “Lamine Yamal não é apenas um futebolista talentoso, mas também um jovem inspirador com uma incrível paixão pelo jogo. Tal como muitos jovens, recusa-se a ser travado pela ansiedade ou incerteza sobre o futuro. Em vez disso, foca-se nas suas paixões e dedica-se ao presente, encontrando força através da sua dedicação”, pode ler-se num comunicado de imprensa.

Desde que entrou no cenário internacional em 2023, o jovem que atua no clube catalão tem sido uma referência não apenas pelas habilidades demonstradas em campo, mas também pela maturidade fora dele. Em resposta à pressão de ser um dos jovens mais promissores do futebol mundial, o jogador afirma: “A melhor forma de lidar com tudo é focar-me no trabalho que tenho em mãos e manter-me presente.”

Lamine Yamal, de apenas 17 anos, é já considerado uma das grandes referências no futebol a nível mundial

Com esta parceria, a Oppo pretende reforçar a ligação ao desporto, em especial ao futebol, e inspirar as gerações mais jovens a “criar o seu momento”, ao ligar a tecnologia à energia do futebol. De realçar que a Oppo é uma das empresas que patrocina as principais competições de futebol da UEFA.

A empresa chinesa tem vindo a crescer no mercado nos últimos anos e quer consolidar a sua marca globalmente. Exemplo disso é o lançamento recente da série Oppo Find X8, um smartphone que pretende rivalizar com as referências do mercado.

Com o Copilot, os utilizadores podem, por exemplo, criar um plano alimentar no Word, atualizar o orçamento familiar no Excel, preparar uma apresentação no PowerPoint, resumir e-mails no Outlook e organizar tarefas no OneNote. A Microsoft também anunciou que o Microsoft Designer, uma ferramenta de criação e edição de imagens, será disponibilizada para utilizadores individuais. O Designer permite, através de IA, criar imagens a partir de descrições textuais, editar imagens existentes e remover objetos indesejados.

Segundo o comunicado da Microsoft, “com o alargamento do acesso ao Microsoft Copilot, a Microsoft tem como objetivo capitalizar o poder da IA ao potenciar uma maior produtividade e criatividade junto de cada utilizador.”

Além do Copilot e do Designer, os utilizadores do Microsoft 365 Personal e Family também terão acesso a funcionalidades de IA em aplicações como o Paint, Fotos e Bloco de Notas no Windows.

Privacidade e preços

A Microsoft garante que a privacidade dos utilizadores será protegida e que os dados não serão utilizados para treinar os modelos de IA. “A Microsoft reconhece igualmente a importância de garantir a máxima privacidade dos clientes, e por isso não irá utilizar os prompts, respostas ou conteúdo de arquivo dos utilizadores aquando da utilização do Copilot nas aplicações do Microsoft 365 para treinar os seus modelos de IA”.

Para acomodar estas novas funcionalidades, a Microsoft aumentou ligeiramente o preço dos planos Microsoft 365 Pessoal e Familiar, que custam, respetivamente, €99 e €129 por ano (ou €10 ou €13 por mês). No entanto, os utilizadores atuais só serão afetados por este aumento na próxima renovação e poderão, durante um período limitado de tempo, optar por não incluir os créditos de IA mantendo os preços anteriores. A Microsoft também continuará a oferecer o plano Básico: “Reconhecendo as diferentes necessidades dos clientes, a Microsoft está empenhada em oferecer diferentes opções de plano”.

O que é o Microsoft Copilot?
O Microsoft Copilot é um assistente de IA que se integra nas aplicações do Microsoft 365, como Word, Excel, PowerPoint, Outlook e OneNote. Esta ferramenta permite aos utilizadores automatizar tarefas, gerar conteúdo, analisar dados e muito mais, através de comandos em linguagem natural.

Palavras-chave:

Entro sempre às oito e quinze. Chego diariamente à escola, onde leciono há três décadas e meia, por volta das sete e quarenta e cinco minutos e ali fico parada, dentro do carro, a observar uma jovem adolescente que aguarda pela abertura do portão, sempre só, afastada dos grupos de outros alunos que ali se encontram.

Esta aluna tem uma particularidade: usa o hijab (código de vestuário do islão) de cor preta, cumprindo à risca os ditames da sua religião (segundo o islamismo, não é permitido que os fiéis mostrem em público as partes íntimas, para os homens, a região entre o umbigo e o joelho e, para as mulheres, o corpo inteiro, exceto o rosto e as mãos). Acontece que esta miúda, para além de estar vestida dos pés à cabeça por esta pesada e negra vestimenta para a sua tenra idade, tem sempre o rosto coberto por uma máscara também preta que lhe deixa apenas visível os seus olhos profundamente belos e escuros.

Enquanto professores, julgo não ser possível limitarmo-nos aos conteúdos programáticos das nossas diferentes áreas de saber. Ser professor é também contribuir para a formação dos jovens, defender diariamente os direitos humanos, a justiça, o respeito pelo “outro”. No seu dia-a-dia profissional, um professor tem constantes oportunidades para mostrar aos seus alunos alguns dos aspetos menos positivos da sociedade em que vivemos, as suas discrepâncias e a urgente necessidade de tolerância necessária neste mundo. Porém, é aqui que entra a complexidade desta situação aqui apresentada. A escola onde leciono situa-se numa zona de território educativo de intervenção prioritária, exigindo permanentemente que as regras do seu Regulamento Interno sejam cumpridas, evitando assim que tenhamos dentro da sala alunos de capuz, de boné, de auscultadores, de calças caídas (e com a roupa interior à mostra), etc… É esta mesma escola aceita que esta aluna percorra livremente os corredores de cabeça e corpo cobertos e de rosto tapado. Curiosamente, destaque-se a plena aceitação deste fardamento pouco usual por parte dos seus colegas, alegando, quando questionados, não verem ali qualquer problema:

– É a religião dela, stora.

E é mesmo.

Contactado o encarregado de educação sobre a inadequação do uso do rosto coberto no espaço escolar, este, alegando que a aluna tem de usar máscara por motivos de saúde (sofre de alergias), deixa pouco espaço para a sua proibição (caso fosse essa a solução encontrada). Ou seja, a aluna deambula pela escola de rosto coberto, utilizando a máscara supostamente antialérgica para substituir o nicabe, o véu que cobre o rosto e só revela os olhos, usado por algumas mulheres muçulmanas.

Ensinar e promover a tolerância implicarão permitir a utilização do véu islâmico na escola pública, que se pretende laica, e onde, o regulamento da instituição desautoriza qualquer tipo de chapéu, boné ou lenço? Consciente da importante reflexão que esta situação exige, não basta murmurarmos o nosso desagrado pelos corredores. Importará levar esta discussão à praça pública e obter um consenso que permita à escola estatal um lugar pioneiro na linha da frente do progresso civilizacional. Ora, não havendo indicações da tutela, as escolas adaptam-se, como podem, às diferenças culturais do cada vez maior número de alunos que as frequentam.

De acordo com números do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), desde o ano letivo de 2020/2021, o número de alunos migrantes nas escolas públicas portuguesas aumentou 71%., existindo escolas com alunos de mais de três dezenas de nacionalidades. Se, numa destas aulas, um aluno de capuz me disser que não o retira, como posso obrigá-lo? Por outro lado, vou sempre para casa a pensar no que farei no dia em que a minha sala de aula tiver, em vez de uma aluna de hijab, várias alunas de hijab. Por outro lado, o que fazer quando esta aluna ou outros da mesma religião decidirem ser seu dever cumprir o salat (horário de oração) e, em plena aula, quiserem ajoelhar-se ou apenas sair da sala para rezar (aquando do terceiro momento de oração que ocorre por volta das dezasseis horas e em pleno horário de aula), como já aconteceu?

O acolhimento dos alunos migrantes na escola pública levanta a todos nós, professores, muitos problemas e dificuldades e, na maior parte dos casos, não estamos preparados para o fazer eficazmente. No meu caso, continuo muito dividida entre o receio de ver a escola repleta de alunas de hijab e esta enorme consciência de que o mundo precisa cada vez mais de tolerância.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Os ombros estão curvados, não lhes conseguimos ver os olhos. São como bichos-de-conta, enrolados para dentro. Ouvidos tapados pelos auriculares. Dedos que deslizam, mecânicos. Estão à minha frente, sentados pelos bancos da carruagem de metro, mas cada um deles está no seu próprio lugar, tão longe daqui, arrastados pelos vídeos que se sucedem nos ecrãs, uns atrás dos outros, pelas fotografias que os impelem a gostar automaticamente, maquinalmente, freneticamente. E o gostar vale o quê? A indignação instantânea. E os dados que vendem sem saber, alimentando uma máquina milionária que os suga, lentamente e em silêncio.

É um exercício interessante tirar os olhos dos ecrãs e perceber como à nossa volta quase ninguém vê o que o rodeia. Nas paragens de autocarros, nos bancos do metro, nos carros que travam nos semáforos, nas passadeiras. Raramente alguém é naquele momento mais do que um corpo presente, com o espírito noutro lugar, um lugar que é sempre o mesmo e nunca é aqui. O aqui está a deixar de existir. E o nós é uma coisa que se esboroa, uma coisa meio inventada, a companhia de um fantasma que não existe realmente.

É nesta solidão que fica o chão onde medra o medo que alimenta o ódio. Deixamos de existir se sentirmos que ninguém está a ver. Precisamos que nos vejam, procuramos quem nos veja, quem nos oiça, quem nos assegure de que o que sentimos é o que está certo e é justo. E ouvimos o eco das nossas vozes repetido tantas vezes que ficamos surdos ao que foge a este refrão. Odiamos que nos contrariem, que nos mostrem aquilo que não queremos ver. Não aceitamos e não vemos.

O que importa a verdade? Nada, porque ela não nos sossega. Se o que nos inquieta é o salário que não estica, o médico que não nos atende, a escola onde falta o professor, a casa que não temos como pagar, a indignação tapa-nos o buraco da alma, o ódio dá-nos o conforto da explicação.

Recebo muitas mensagens dos que se sentem invisíveis e me gritam em maiúsculas e sem pontuação o que acham ser a razão do seu mal-estar. “Como pode ter a desonestidade intelectual de dizer que a imigração descontrolada massiva de milhares de imigrantes não causa impacto na vida dos portugueses?”, pergunta-me alguém, aconselhando-me a “sair do capitalismo e conviver com o blablá do multiculturalismo”.

A internauta indignada diz que me vai fazer um desenho, “pode ser que aprenda”, sobre os males deste país. As casas estão caras? “Porque há mais procura de imigrantes”. Não há creche? “Os imigrantes têm tudo pago”. Faltam professores? “Há demasiadas crianças imigrantes”, grita-me em caixa alta. Transportes lotados? “A maioria é imigrantes”. Mais trânsito? “Só em 2023 mais 73 mil cartas de condução a estrangeiros”. Demora no atendimento nos serviços públicos? Falta de médicos? “Blablá mais imigrantes”.

E o mundo está explicado, que esta senhora não come “gelados com a testa”, e está “farta de hipócritas, para não dizer outro nome”.

A ideia da escassez vira-nos para o mais pobre, para o de baixo, que imaginamos como indigente, preguiçoso, talvez até criminoso. Se estamos mal, é porque alguém deve estar melhor. E porque é que são os de baixo os culpados? Porque os de cima estão bem porque são melhores que nós. Têm mérito. Não são eles que se acotovelam connosco nos transportes apinhados, que esperam à nossa frente na fila do hospital, que põem os filhos na mesma escola. Não são concorrência. E nem gostamos de pensar muito neles, porque nos lembram de tudo o que está errado connosco, porque a culpa é nossa.

Sim, a culpa. Toda a gente sabe que o falhanço e o sucesso dependem inteiramente do esforço. Exceto para os imigrantes, para esses não, tudo lhes é dado. Vivem sem trabalhar, mesmo que os estejamos sempre a ver a fazer os trabalhos que mais ninguém quer. Roubam-nos as casas, mesmo que durmam em camaratas em regime de cama quente, com preços dignos de alojamentos de luxo. Vivem de subsídios, mesmo que recebam muito menos apoios sociais do que aquilo que descontam com o seu trabalho. Tiram-nos o lugar na creche e na escola, mesmo que depois nos aflija que só venham para cá homens sozinhos e tão escuros, que só podem ser ameaçadores. Matam-nos e esfolam-nos, mesmo que em 2024, os dados da PJ revelem que 20% dos homicídios aconteceram dentro das famílias.

As empresas vão pagar menos 420 milhões de euros em IRC. O IRS Jovem dá um desconto de 525 milhões de euros, quase todo para os que mais ganham. Em 2023, os benefícios fiscais às empresas custaram-nos 3.139 milhões de euros. E este ano os residentes não habituais vão ter uma borla fiscal estimada de 1,7 mil milhões de euros. Nada disso nos indigna, mesmo que não nos cheguem nem as migalhas desse bodo aos ricos. Porque, no fundo, eles merecem. E isto é como jogar numa raspadinha, pode ser que cobrando menos se venha a receber mais. Nunca aconteceu, mas nunca se sabe.

Não, nós não comemos gelados com a testa.

Nestas últimas semanas, desde que reabriu a 16 de dezembro, já houve de tudo. Os clientes habituais que regressaram para ver se estava tudo igual, os vizinhos que tocaram à porta, os curiosos por conhecer o bar histórico de Lisboa. “Fazer uma recuperação e corresponder às expectativas das pessoas é o mais difícil”, diz Miguel Garcia, que comprou o Snob.

Entrando, tudo é familiar, embora esteja visivelmente renovado. A madeira que cobre as paredes foi tratada, a alcatifa no chão é de um vermelho-vivo. Sobre as mesas já não há panos verdes de jogo, mas os candeeiros de latão são os mesmos, assim como os sofás, agora forrados de couro verde-garrafa. Os puristas talvez digam que está mais iluminado, não tanto à meia-luz. Uma coisa é certa: já não será o senhor Albino Oliveira, o anterior dono, a trazer-nos aquele bife-fora-de-horas com molho de natas e batatas fritas aos palitos grossos. Aos 77 anos, sentiu que deixava a casa em boas mãos e entregou a chave em setembro passado.

Durante 50 anos, Albino Oliveira recebeu a clientela do Snob. Foto: Guilherme Ornelas

O bar Snob, hoje com a classificação de Loja com História, abriu em 1964, numa altura em que o Bairro Alto era a capital dos jornais. O Século tinha as suas instalações uns metros à frente, num palacete, e, por esse motivo, o bar aberto por Paulo Guilherme d’Eça Leal, redator daquele diário, rapidamente se tornou muito frequentado por jornalistas, e ficaria conhecido durante décadas (também) por isso.

Paulo Guilherme (que inaugurou ainda o Snobíssimo, em Cascais) era um homem dado às artes – foi cenógrafo, ilustrador, pintor e realizador, além de escritor – e aproveitou as prateleiras originais da velha loja de latoaria para, colocando-lhes portas de vidro e madeira, criar elegantes armários que se mantêm, na primeira sala, iguais ao que eram há 60 anos, hoje guardando garrafas e livros.

Dois meses de obras depois, o Snob está aí para “continuar a ser o que sempre foi”. “Este é um lugar histórico de Lisboa, o que me preocupa é manter; não pretendo reinventar a roda, só mudámos o pneu”, explica Miguel Garcia. O mesmo já tinha feito em 2022, quando comprou o Café de São Bento, em frente à Assembleia da República. Na altura, também fechou o restaurante por breves meses para que pudessem fazer-se obras de renovação. “Estamos inundados de novidades, deixámos de ir aonde íamos habitualmente”, considera. “Estes sítios são para os resistentes às novidades constantes, frenéticas, que gostam de rotinas e de criar laços com os lugares. Essa é a mais-valia do Snob.”

Uma carta enxuta

Da pequena cozinha envidraçada, instalada na segunda sala, sai tudo aquilo que o senhor Albino disse que “tinha de ficar”: o bife à Snob (lombo €20, vazia €17), os croquetes (€4,50/duas unidades, com mostarda Savora), o bacalhau à Brás (€15) e a mousse de manga (€5). Acrescentaram, por exemplo, os pregos (lombo €10, vazia €9), as gambas al ajillo (€13), o bitoque à portuguesa (€15), uma tarte de lima e o toucinho do céu (ambos €5). Os preços, garante Miguel Garcia, são os mesmos. “Alguns aumentaram 50 cêntimos”, precisa. “Tive tanto cuidado com isso que até temos aqui os menus antigos”, diz, apontando para o outro lado do balcão.

Já na carta de bebidas, as diferenças são evidentes: agora há cocktails, mas apenas os clássicos, e aposta-se nos destilados – a história de cada bebida e de cada marca é contada no menu, para que este não seja “só uma lista com nomes e preços”, mas quase um livro no qual se pode ler de onde vem o Clover Club ou a diferença entre whisky e whiskey.

O Snob abre agora todos os dias da semana. Basta descer uns 30 metros da Rua de O Século, pelo passeio do lado esquerdo, e tocar à porta encimada por um toldo verde, como sempre se fez.

Foto: Guilherme Ornelas

Snob > R. de O Século, 178, Lisboa > T. 92 645 9164 > seg-dom 19h-2h (cozinha fecha à 1h)

Há um entusiasmo visível em Hélio Gonçalves quando nos fala do festival dos míscaros em Alcaide, no Fundão, onde cozinhou uma açorda de míscaros com garoupa, ou da viagem que planeia fazer a Bragança (a mãe é transmontana), para ir ver a produção do azeite, provar uns enchidos e visitar um ou dois restaurantes. O entusiasmo do chefe de cozinha de 34 anos não é só por estes périplos (“faço-o para me atualizar”), mas também pelo seu projeto mais recente.

“As marisqueiras tradicionais têm o seu lugar, e devem perdurar, mas há espaço para outras, mais modernas”, acredita Hélio Gonçalves. Além do Orla, o chefe de cozinha tem também o Isco, no bairro da Bica, um restaurante de comida bem portuguesa. Foto: DR

O Orla, diz, é uma marisqueira moderna onde quer mostrar outras formas de trabalhar o peixe e o marisco. Para isso muito contribuíram os cinco anos passados em Singapura (liderou o restaurante Iggy’s, distinguido com uma Estrela Michelin), antes de voltar à sua Lisboa. “As marisqueiras tradicionais têm o seu lugar – e muito bem, devem perdurar –, mas acredito que há espaço para outras, mais modernas, que tragam um pouco mais de sofisticação.”

Foto: DR

Numa loja com porta para a Rua das Janelas Verdes, já a chegar a Santos, mantiveram-se os tetos em abóbada e as paredes de tijolo de burro à mostra, agora pintadas de branco. É essa a cor que predomina, pontuada por azul-marinho nos sofás, nas almofadas ou nos azulejos da cozinha aberta aos olhares curiosos.

Além de um aquário com lagostas, o balcão serve de montra para o peixe fresco do dia, que pode ser cozido ou grelhado – garoupa, salmonete-legítimo, pargo, pregado, lulas de anzol –, assim como o marisco – vieiras, sapateira, santola de Cascais, gamba fresca do Algarve, percebes das Berlengas, camarão de Espinho… (preços ao quilo).

Para início de conversa, apresenta-se um couvert (€3,50) com manteiga coentrada, tapenade de azeitona Galega e pão, da vizinha padaria Do Beco (guloso, voa num ápice). Daqui para a frente, deixamo-nos surpreender pela criatividade (e pela técnica) de Hélio Gonçalves: croquetes de carabineiro (€8), quadrados e crocantes, potenciados pela maionese (das cabeças), pelo cebolinho e pelo tártaro no topo; barriga de atum dos Açores em carpaccio, ponzu (molho cítrico) e cebolinho; capellini de gamba da costa e yuzu (€22) e um prego de lavagante (€28) que se come à mão, ao estilo marisqueiro.

Orla > R. das Janelas Verdes, 6, Lisboa > T. 21 495 3186 > seg-dom 12h30-15h, 19h-23h

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Na próxima segunda-feira, 20 de janeiro, haverá dezenas de milhares de pessoas na capital dos EUA, para assistirem à tomada de posse do 47º Presidente dos EUA. Um dos convidados especiais chama-se Jorgen Boassen, trabalha na construção civil e vai ficar nas primeiras filas, frente ao Capitólio. Antes de explicarmos de quem se trata, convém sublinhar que a lista de personalidades ilustres, vulgo VIP, está fechada há várias semanas, por alegada falta de espaço junto à tribuna onde vai decorrer o ritual de passagem de testemunho do poder.

Alguns dos milionários que contribuíram para a campanha de Donald Trump não se atrevem a revelar publicamente a sua indignação, mas o New York Times e a imprensa da Big Apple têm dado voz a muitas dessas pessoas, incluindo empresários que doaram verbas significativas para a cerimónia que Trump pretende que seja a mais concorrida e faustosa de sempre – e para a qual angariou mais de 170 milhões de dólares.

SEGURANÇA E SELVAJARIA

Voltemos a Jorgen Boassen, a criatura que adora andar e fotografar-se com uma t-shirt com a imagem do seu Presidente preferido e a inscrição “American Badass” (expressão que pode ser traduzida por americano rebelde, durão ou briguento). Com 50 anos, este pedreiro e antigo pugilista amador não encaixa nas companhias habituais do novo Chefe de Estado, nem parece ter perfil para ser recebido com todos os salamaleques em Mar-a-Lago, a residência privada de Trump na Flórida. Só que este admirador incondicional do novo inquilino da Sala Oval, tal como antes já fora de Ronald Reagan e de George W. Bush, tem nacionalidade dinamarquesa. Ou melhor, é um gronelandês de gema e um defensor da tese de que a maior ilha do mundo, com 2,1 milhões de quilómetros quadrados e menos de 57 mil habitantes (a esmagadora maioria nativos inuit), deve ser anexada pelos Estados Unidos da América. Uma opinião que o trolha advoga sem medos desde agosto de 2019, quando Donald Trump, a cumprir então o seu primeiro mandato na Casa Branca, tuitou pela primeira vez o interesse em adquirir este enorme território gelado e, em jeito de piadola, prometeu não construir aí um hotel arranha-céus dourado com o seu nome.

A 6 de janeiro, Jorgen Boassen foi o anfitrião de um grupo de “representantes americanos” que aterraram no aeroporto de Nuuk e saíram do conhecido Boeing 757 que pertence ao 47º Presidente. A comitiva era dirigida por Donald Jr., o primogénito, e teve uma ampla cobertura mediática. Em simultâneo, o patriarca, numa conferência de imprensa surpreendente, anunciou que a sua futura Administração pondera anexar a Gronelândia, o Canadá e o Canal do Panamá, se necessário através da força militar, por “razões de segurança económica”. Na prática, Donald Trump manifestou a intenção de imitar alguns dos seus antecessores no cargo (ver caixas), apostar no expansionismo, alargar a área de influência de Washington e fazer jus à velha máxima de John Quincy Adams (6º Presidente), “a América para os americanos”. Ideias que são resultado de uma doutrina que tem o nome do 5º Presidente, James Monroe, quando este discursou no Congresso a 2 de dezembro de 1823 e resumiu a política externa do seu país a uma frase: “Para os europeus, o Velho Continente; para os americanos, o Novo Mundo.” Claro que, no entender de Monroe e de muitos dos seus sucessores, os americanos em causa eram apenas os cidadãos de origem europeia – os povos nativos, os ameríndios, não passavam de “selvagens” que tinham de ser “civilizados” e colocados em reservas, tal como os escravos oriundos de África seriam tratados como uma simples mercadoria. O “Destino Manifesto” do país que nasceu a partir de 13 colónias britânicas permitiu-lhe crescer e multiplicar-se por nove em termos territoriais.

Gronelândia Desde 1941 que os EUA têm presença militar na maior ilha do mundo (base de Pituffik, foto mais pequena). As eleições de abril podem abrir caminho à independência

O cada vez mais alaranjado ex-empresário da construção civil parece agora interessado em recorrer a uma renovada diplomacia da canhoneira – isto é, através do poderio militar e económico (sanções) – para cumprir o seu plano de engrandecimento nacional, ao arrepio da lei internacional e da Carta das Nações Unidas. “Trump vê o mundo como um terreno de jogo de promotores imobiliários. O seu regresso ao poder vai conduzir-nos a um mundo mais multilateral, a um universo transacional feito de acordos umas vezes sórdidos e quase sempre imprevisíveis. Trump, tal como acontece com Vladimir Putin, acredita que a vocação dos fortes é devorar os fracos”, afiança ao diário Le Monde o politólogo francês Zaki Laïdi, professor na parisiense Sciences Po e antigo conselheiro de Josep Borrell, o ex-vice-presidente da Comissão Europeia, responsável pela diplomacia dos 27.

Os discursos e as ambições imperiais do governante americano soam tão mal que muitos analistas encontram ecos dos conceitos hitlerianos de “lebensraum” (“espaço vital”) e de “anschluss” (ligação ou anexação). “Ele adora os homens fortes que usam todos os meios ao serviço dos respetivos objetivos, como Putin ou Kim Jong-un”, afirmou ao Figaro uma das diretoras do think tank Conselho Europeu de Relações Externas (ECFR), Célia Belin. Sucede que os marines americanos não precisam, por exemplo, de fazer uma “blitzkrieg” (“guerra-relâmpago”) na Gronelândia. Esta autêntica ilha do tesouro, que concentra perto de 20% das matérias-primas consideradas críticas para a transição energética, nomeadamente as chamadas terras raras, desde o segundo conflito mundial que alberga bases militares dos EUA. A primeira foi logo em 1941, em Kangerlussuaq, na parte sudoeste do território, para dois anos mais tarde ser erguido, em Pituffik, na parte noroeste, o complexo de Thule, essencial durante toda a Guerra Fria no rastreio e na deteção de arsenal nuclear soviético.

RECURSOS E VATICÍNIOS

No próximo mês de abril, os eleitores gronelandeses vão às urnas para escolher o Parlamento local, constituído por 31 deputados, e não é de excluir que a nova câmara e o futuro governo autónomo da região convoquem referendos sobre a independência e a ligação com os EUA. Nos últimos dias, o primeiro-ministro, Múte Egede, admitiu esses cenários e a necessidade de “ouvir” os vizinhos americanos, sobretudo em questões sensíveis como a Defesa e a indústria mineira. Convém sublinhar que Nuuk fica a 3 300 quilómetros de Washington D.C. e a 3 500 de Copenhaga, a capital do país que tutela a Gronelândia desde 1814. Na passada semana, Mike Waltz, o indigitado Conselheiro de Segurança Nacional, numa entrevista à Fox News, admitiu que a aquisição da maior ilha do mundo constitui uma necessidade absoluta para o seu país: “Isto tem tudo a ver com o Ártico. Com matérias-primas, com recursos naturais… Com o petróleo, com o gás… Está em causa a nossa segurança nacional…” Na mesma ocasião, acusou a China e a Rússia de quererem conquistar e militarizar as regiões polares, invocando ainda o facto de os EUA se terem atrasado nessa corrida: “Moscovo tem mais de 60 navios quebra-gelo, alguns deles com energia nuclear (…); nós só temos dois e um deles está inoperacional por causa de um incêndio.” O antigo congressista republicano e coronel das tropas especiais nem se deu ao trabalho de invocar preocupações ambientais com o degelo e o recuo dos glaciares. A única coisa que importa são os interesses comerciais e militares imediatos. A Rússia há anos que reativou antigas bases soviéticas no “Grande Norte” e a China considera ter direito ao estatuto de potência ártica, para explorar as novas vias marítimas e desenvolver uma “rota da seda polar”.

As ameaças e o “pragmatismo cínico” da futura Administração Trump têm merecido todo o tipo de críticas: “Se este tipo de propostas fossem apresentadas pela China, o escândalo seria enorme!”, garante Tara Varma, investigadora num dos think tanks mais antigos e influentes de Washington D.C., a Brookings Institution. O homem tido por isolacionista, que queria acabar com as “guerras eternas” e prometeu resolver os conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente em “24 horas”, adotou um nova retórica expansionista que valida e legitimiza as ações do Kremlin na Crimeia (2014) e no resto da Ucrânia (desde 2022), bem como os atropelos à lei internacional cometidos pelo regime de Pequim e a possibilidade de Taiwan vir a ser anexada pela força. Também não é por acaso que alguns dos principais estrategas e conselheiros do Presidente russo consideram que Trump já só quer imitar Vladimir Putin. Um deles, Nikolai Patrushev, antigo diretor dos serviços secretos, numa entrevista publicada na terça-feira, 14, pelo diário Pravda, prevê que a Ucrânia “deixe de existir já este ano”. Motivo: “Não é uma prioridade para Trump, ele está muito mais preocupado com a China (…) Por isso admite ter interesses na Gronelândia, no Canal do Panamá, no México ou no Canadá. A ideia de redesenhar o mapa do mundo (…) e multiplicar as ingerências nos assuntos de outros Estados em diversos continentes é uma velha tradição americana.” Veremos se o tempo lhe dá razão e se, tendo Jorgen Boassen como exemplo, é mais fácil comprar os gronelandeses do que a Gronelândia.

Compras, conquistas e conflitos

Principais momentos de engrandecimento territorial dos Estados Unidos da América, após a proclamação de independência, em 1776. Desde então, a superfície original do país (1,1 milhões km²) foi multiplicada por nove

A pechincha do Alasca
1867

Desde o início do século XVIII, com Pedro, o Grande, que o expansionismo russo parecia não ter limites. Graças a Vitus Bering, o cartógrafo nascido na Dinamarca, a corte de São Petersburgo sabia que o Alasca era uma região inóspita e com enorme potencial. Só que o império dos czares nunca apostou na sua colónia da América do Norte, que se resumia a meio milhar de mercadores de peles e soldados. Em 1867, julgando que assim poderia debilitar o Reino Unido, a grande potência global, a Rússia vende o território de 1,7 milhões de km² aos EUA. O negócio fez-se em quatro dias, ficou fechado por 7,2 milhões de dólares (equivalentes a 162 milhões atualmente) e teve como protagonista o então chefe da diplomacia americana, William Seward (sentado, agarrado aos mapas). Os seus compatriotas chamaram-lhe “louco”. Bastaram duas décadas, com a descoberta de ouro, para se perceber quem cometera um erro estratégico e de palmatória.

Andrew Jackson anexa territórios ameríndios
1830

O 7.º Presidente dos EUA (1928-1837), de origens irlandesas e humildes, chegou à Casa Branca com um discurso que hoje seria considerado populista: contra a corrupção, contra as elites, apologista das liberdades individuais e também do direito natural do seu país em expandir as fronteiras de forma ilimitada. Símbolo da resistência aos britânicos e condecorado como herói de guerra, Jackson, que se tornaria advogado e dono de uma plantação, no Tennessee, com uma centena de escravos, é um dos fundadores do Partido Democrata. Um dos seus legados é o Indian Removal Act, legislação aprovada em 1830, que deixa de reconhecer a propriedade às comunidades ameríndias, em detrimento dos colonos de origem europeia. Jackson é uma das personagens históricas que Donald Trump mais admira, tendo colocado, no seu primeiro mandato, um retrato do velho “assassino de índios” na Sala Oval – é previsível que, na próxima semana, o quadro regresse ao mesmo local.

Guerra com o México
1846

Aquele que é hoje o segundo maior estado americano (depois do Alasca), o Texas, foi formalmente anexado pelos EUA a 1 de março de 1845 e esteve na origem de um conflito militar que iria prolongar-se até fevereiro de 1848 e provocar mais de 20 mil mortos e estropiados. No final da contenda, o México perde metade do seu território e o Texas, a Califórnia, o Nevada, o Utah e ainda partes do Arizona, do Colorado e de Wyoming ficam sob a soberania de Washington – no total, quase 2,2 milhões de km².

Grande negócio com Napoleão
1803

Após dois anos de negociações e a braços com uma revolução no Haiti que o distraía das suas ambições na Europa, Napoleão decide vender aos EUA a sua maior colónia das Américas, a Louisiana francesa – 2,1 milhões de km² que se estendiam do Canadá até ao golfo do México (ver mapa). Argumento: “Não é um grande negócio, o importante é que vamos dar aos ingleses um novo competidor no seu monopólio marítimo.” A troco de 15 milhões de dólares (cerca de sete dólares por hectare), o jovem país duplicou o seu território e ganhou acesso ao Pacífico. Uma transação que mudaria o mundo para sempre.

Ocupação do Panamá
1903

Sempre prontos a cumprir o seu “destino manifesto” – doutrina que levava os americanos de origem europeia a ocuparem cada vez mais territórios –, os EUA apoiam os movimentos separatistas do Panamá (que fazia parte da Colômbia), considerando que o istmo era uma zona de “importância internacional”. Mal se deu a proclamação unilateral de independência, a 3 de novembro de 1903, o regime de Washington reconheceu o novo país em menos de 24 horas. No final desse mês, o Presidente Theodore Roosevelt (à dta. na caricatura) anunciou a construção do famoso canal entre o Atlântico e o Pacífico, que seria inaugurado em 1914. Os EUA tiveram a tutela exclusiva da infraestrutura até 1979.

Humilhação a Espanha
1898

Continua a ser um episódio mal explicado. Às 21h40 de 15 de fevereiro de 1898, a baía de Havana é palco de uma explosão. O couraçado Maine, dos EUA, afunda-se com 268 marinheiros a bordo. As tensões entre os governos de Madrid e de Washington sobem de tom, com este último a responsabilizar a monarquia ibérica pelo incidente na principal colónia espanhola das Caraíbas, na qual se sucediam revoltas (foto). A guerra que se segue dura três meses e culmina no fim do império de Espanha e na emergência dos EUA como uma potência global: Cuba, Porto Rico, Filipinas e Guam tornam-se protetorados americanos.

Viva, bom-dia  
Quando morre um dos grandes, um dos maiores do século XX, interessam pouco as impressões pessoais. Perdoe-se-me, por isso, a forma como começo esta VISÃO do dia. Quando ontem, ao fim da tarde, hora de Lisboa, a notícia da morte de David Lynch me apanhou desprevenida, lembrei-me imediatamente que ainda esta semana andei a pensar em Mulholland Drive (filme de 2001, com as estrondosas Naomi Watts e Laura Harring, uma loira e a outra morena, lembram-se?). Andava a ler sobre os incêndios de Los Angeles, sobre os ventos de Santa Ana (que Joan Didion disse recordarem-nos como estamos próximos do abismo) e sobre a ironia de estarmos a assistir a tamanha catástrofe a dias da tomada de posse de Donald Trump.   

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Vencedor da Palma de Ouro de Cannes em 1990, Leão de Ouro de carreira no Festival de Veneza em 2006, realizador de filmes como “Um coração selvagem”, “Veludo Azul” ou Mulholland Drive” e criador de “Twin Peaks”, David Lynch morreu esta quinta-feira, aos 78 anos, anunciou a família no Facebook.

“É com profundo pesar que nós, a sua família, anunciamos a morte do homem e do artista David Lynch”, lê-se na mensagem publicada pelas 18h00 de Lisboa, que apela a “alguma privacidade nesta altura”.

“Há um grande vazio no mundo agora que ele já não está entre nós. Mas, como ele diria, ‘mantém os olhos no donut e não no buraco'”, prossegue a mensagem, que conclui: “Está um dia lindo, com sol dourado e céu azul por todo o lado'”.

David Lynch nasceu a 20 de janeiro de 1946, no estado de Montana, nos Estados Unidos. Segundo a revista Variety, o cineasta revelou no ano passado que lhe tinha sido diagnosticado um enfisema.

Se decidiste que este ano queres aprender mais sobre como o mundo funciona, dar largas à tua imaginação e deixar fluir a curiosidade, então parabéns: estás no caminho certo para te tornares um artista! E se juntares ingredientes poderosos a esta vontade, como ser criativo e procurar fontes de inspiração em todo o lado, tens uma receita praticamente infalível.

Para te ajudar neste caminho, deixamos-te algumas ideias para explorares nos primeiros meses de 2025.

ZAAM: criatividade Fritta sem batata

Hein? Sim, é isso mesmo. A Oficina Fritta, que é, não uma batata, mas um grupo de artistas, convida-te a ti e à tua família a explorarem as exposições do Centro de Arte Moderna Gulbenkian (CAM), em Lisboa, através de diferentes desafios criativos. Acontece no segundo domingo de cada mês e é um espaço educativo que se transforma num laboratório artístico, onde todos são bem-vindos (mas, claro, para quem quer ser artista há lugares especiais!).

Espaço Educativo CAM, 9 de fevereiro e 9 de março, 10:00-13:00 e14h30-17:30. Entrada livre (M/5).

Ecotones: a música como nunca a pintaste

És fã de música? Adoras água? E já tentaste ligar as duas desta forma: pintar com vibrações sonoras na superfície da água? Não estamos a brincar, é mesmo possível e vais poder aprender tudo na oficina “Ecotones – Sons que pintam a superfície da água”, no CAM. Aqui juntam-se duas técnicas: a Suminagashi, arte japonesa de pintar sobre a água, e a climática, ciência que estuda a vibração sonora visível. Traz a tua família e mergulhem criativamente no som, na vibração e nas formas como estes podem alterar o corpo da água e os organismos que habitam.

Espaço Educativo CAM, 2 de março, às 15h, 16h e 17h. Entrada livre (M/6).

As Árvores não têm pernas para andar

Esta sugestão é para partilhares com a tua turma e os teus professores. Sim, porque temos a certeza de que não és o único a querer ser artista lá na escola, acertámos? “As Árvores não têm pernas para andar”, de Joana Gama, é um acontecimento teatral onde se dá a conhecer o mundo maravilhoso das árvores com a ajuda de um super-instrumento: o toy piano.

Já reparaste que desde que são semeadas, as árvores permanecem sempre no mesmo sítio, e ali se alimentam, defendem e reproduzem? Dá que pensar, não é? Vai até lá com os teus colegas, inspira-te e depois participa na conversa que acontece de seguida.

Palco Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, 17 de março, às 10:30 e às 14:00. Duração: 60 min; Preço: 4€ (dos 6 aos 12 anos).


CONTEÚDO PATROCINADO POR FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN

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