A OpenAI anunciou o Operator, um agente com Inteligência Artificial e que é capaz de “ir à web realizar tarefas por si”, explica a empresa. Este agente só está disponível, para já, nos EUA e para utilizadores do ChatGPT Pro, uma modalidade que custa 200 dólares por mês.
“O Operator consegue ‘ver’ (através de capturas de ecrã) e ‘interagir’ (usando ações do rato e do teclado) com um navegador, permitindo-lhe realizar ações na web, sem necessitar de integrações personalizadas de API”, detalha a OpenAI. O agente é um modelo que combina a capacidade de visão do GPT-4o com um modelo de reforço de aprendizagem e é capaz de interagir com outras interfaces gráficas, noticia o The Verge.
O agente é ainda capaz de se autocorrigir e, se ficar ‘preso’, devolve o controlo ao utilizador, o mesmo acontecendo se a página web estiver a pedir dados sensíveis, como credenciais. Depois, pede ainda autorização para ações como enviar um e-mail e está configurado para “recusar pedidos nocivos e bloquear conteúdo não autorizado”.
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Nesta fase, a OpenAI está a colaborar com empresas como DoorDash, Instacart, OpenTable, Priceline, StubHub, Thumbtack ou Uber para o Operator poder ajudar em tarefas e cenários pedidos, ao mesmo tempo que cumpre as normas.
A OpenAI pretende disponibilizar mais tarde o Operator aos utilizadores de outras modalidades do ChatGPT e chegar a outros países, eventualmente integrando-o no ChatGPT.
O VOLT Live é um programa/podcast semanal sobre mobilidade elétrica feito em parceria com a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE).
Neste episódio, a discussão centra-se no manifesto “O Estado da Rede – A Incerteza Instalada” apresentado pela Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos. Um documento crítico da inação do governo relativamente às prometidas alterações regulatórias para a rede de carregamento pública. Um atraso que estará a atrasar investimentos por parte dos operadores em novos postos de carregamento.
Em Polo Positivo e Polo Negativo analisamos a transferência para 2025 do valor não usado para apoios à compra de veículos elétricos em 2024 e a situação complicada da indústria automóvel europeia.
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Em Produto em Destaque comentamos o Citroën ë-C3 e em Carrega Aqui atualizamos o estado da rede de carregamento, com destaque para novos hubs que entraram em serviço.
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Vozes do sul, da periferia, dos oprimidos, dos fundos da História, das gavetas por abrir, das grandes transições – e vozes que falam em português, com sotaque-sambinha em fundo. As nomeações para os prémios mais valorizados da indústria cinematográfica foram finalmente anunciadas ontem numa Los Angeles ainda a arder. E Ainda Estou Aqui é agora o primeiro filme falado em português nomeado para três dos galardões mais importantes da noite dos Oscars. Está-se a fazer história, diga-se e repita-se. A película realizada por Walter Salles foi nomeada nas categorias Melhor filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz – Fernanda Torres a vestir a euforia lusófona, e está em competição com Cynthia Erivo por Wicked, Mickey Madison em Anora, a ressuscitada Demi Moore com A Substância e Karla Sofía Gascón por Emília Pérez. A atriz brasileira de 59 anos escreveu nas redes sociais, com instinto ponta e mola, logo a seguir ao anúncio realizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas: “A vida presta e muito. Confie. Beijo imenso, Fernanda.” E porque há sempre uma história dentro da história, não falta quem diga que Fernanda filha vai fechar um círculo, 26 anos depois da Fernanda-mãe – a grande Fernanda Montenegro – ter competido igualmente na categoria de Melhor Atriz pelo filme Central do Brasil, também realizado por Salles.
Wicked, Ainda Estou Aqui, Emilia Pérez ou O Brutalista são apenas alguns dos dez filmes nomeados para a categoria de Melhor Filme de 2024 da 97.º edição dos Oscars. A lista de nomeados para os prémios mais importantes do mundo do cinema foi anunciada esta quinta-feira, com a cerimónia de entrega de galardões marcada para 2 de março, no Dolby Theatre, em Los Angeles.
Emilia Pérez, o musical – já muito galardoado pelos Globos de Ouro – dirigido pelo realizador e argumentista francês Jacques Audiard, lidera as lista nomeações com 13 indicações, incluindo de Melhor Filme, Melhor atriz (com Karla Sofía Gascón), Melhor Realização e Melhor Atriz Secundária (com a performance de Zoe Saldaña). Emilia Pérez torna-se agora no filme de língua não inglesa com mais nomeado de sempre da história da academia. Em segundo na lista, ambos com 10 nomeações, surgem Wicked, o muito aguardado musical de Jon M. Chu, e o O Brutalista de Brady Corbet, que chegou ontem às salas de cinema portuguesas.
Também o filme Ainda Estou Aqui, a obra cinematográfica brasileira com direção de Walter Salles, se junta à lista dos mais nomeados, nomeadamente para Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro de Melhor Atriz há poucas semanas.
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O anúncio das nomeações dos Oscars oi adiado por duas vezes devido aos incêndios que devastaram o estado norte-americano da Califórnia. As chamas chegaram muito perto do Dolby Theatre, local onde se realiza já vários anos a cerimónia.
Um homem avança por uma praça, com um lenço de xadrez preto e branco ao pescoço. Em poucos segundos, o polícia sabe-lhe o nome e a morada, avalia o seu estado de espírito e identifica-o com alguém com a simpatia terrorista que o acessório lhe denuncia. A descrição é fictícia. Este homem não existe. Mas as ferramentas que este agente inventado usa para o etiquetar como suspeito acabam de ser autorizadas pelo Conselho da União Europeia (UE). A partir do dia 2 de fevereiro, todos os países da UE poderão usar instrumentos de inteligência artificial que permitem o reconhecimento facial, a avaliação emocional e a recolha de elementos sobre opções políticas e religiosas de cidadãos.
Encontrei a notícia no jornal Público. Não era manchete. Mas não estava escondida. Tinha chamada de primeira página e lá dentro explicava-se como Portugal foi um dos países que apoiaram a aprovação destas novas regras à luz da qual o anonimato acabou e a monitorização dos cidadãos passa a ser feita com ferramentas que lhes atribuem níveis de risco com base nas emoções que os seus rostos denunciam (ou que estas máquinas acham que denunciam) e em dados que permitam traçar-lhes um perfil sobre as suas crenças.
“Este artigo [2.3] vai contra todas as Constituições, contra os direitos fundamentais, contra o direito europeu”, diz ao Público, sem se identificar, um jurista do PPE no Parlamento Europeu, no texto em que se explica que as forças policiais e as autoridades de imigração e fronteiras vão poder começar a usar sistemas de “reconhecimento emocional”, que “interpretam o humor ou os sentimentos das pessoas”, mas também sistemas de identificação biométrica “que são utilizados para determinar a raça, as opiniões políticas, a religião, a orientação sexual ou mesmo a filiação sindical”.
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O sonho de controlo de qualquer ditador passa agora a estar disponível às forças de segurança num dos maiores blocos da democracia ocidental. Alguém se lembra de um debate sobre o tema? Quantos sabiam que estas novas regras estavam a ser cerzidas nas nossas costas? Andamos certamente distraídos. Ou deixámos simplesmente de nos importar? A liberdade que os portugueses escolheram como palavra do ano 2024, numa votação da Porto Editora, é afinal uma letra morta, uma caixa vazia, uma porta aberta para a lei do mais forte.
Mas, claro, é preciso que as polícias consigam detetar e prender os terroristas. É preciso travar os maus. Isto é para o nosso bem. “É uma crise! Uma emergência!”, gritam-nos desde 11 de setembro de 2001, a data em que o impacto de dois aviões sobre duas torres começou a fazer ruir as bases dos direitos, liberdades e garantias que estavam na base das democracias liberais.
Mas o que é uma crise? Quanto tempo dura uma emergência? É impossível desligar os conceitos de “crise” e “emergência” de um momento temporalmente definido. É impossível viver indefinidamente em “crise” e “emergência”. A vida é incompatível com esse sobressalto permanente. E, no entanto, é assim que temos escolhido viver nestas primeiras décadas do século XXI. O uso do verbo “escolher” pode ser ousado, mas não o faço por acaso. Por muito que tenham de inventar novos nomes e pretextos para cada uma das “crises” e “emergências” em que temos vivido nestes anos, por muito que elas surjam de acontecimentos reais a que é preciso dar resposta, as respostas que lhes damos são fruto de escolhas.
Neste mundo novo de inteligências artificiais, de algoritmos, de dados, de liberdades que só protegem os mais fortes, a escolha é um elemento subversivo. Dizem-nos que não há alternativa. Está tudo determinado. A vida é feita em laboratório, numa equação tecnocrática e opaca, que não nos cabe compreender, mas aceitar. O consenso politicamente construído das democracias está a abrir espaço à mera obediência.
Enquanto nos indignamos em debates inflamados sobre o caso do dia, enquanto nos entretemos em leituras semióticas sobre o acontecimento do momento, enquanto partilhamos memes e piadas que ilustram uma realidade que parece ter ultrapassado todas as caricaturas, regras como esta são aprovadas em silêncio, em salas fechadas, algures em edifícios forrados a alcatifas. Nas nossas costas. Mas só enquanto escolhermos não olhar.
Com um design elegante e construção sólida, estes óculos destacam-se pela sua portabilidade e facilidade de utilização. Mas será que cumprem a promessa de uma experiência imersiva e confortável?
É só ligar e usar
A primeira coisa que impressiona nos Legion Glasses é a qualidade de construção. São robustos e bem desenhados, com um estilo semelhante ao de um par óculos de sol modernos. Apesar de serem mais pesados que uns óculos normais, o seu peso distribui-se bem e são confortáveis de usar, mesmo durante longos períodos de tempo. Atenção: referimo-nos à ergonomia física dos óculos, já que há ainda que considerar o conforto visual, que já analisaremos.
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A configuração é incrivelmente simples: basta ligar os óculos a uma porta USB-C com DisplayPort integrado e já está! O dispositivo é imediatamente reconhecido como um ecrã externo, compatível com uma vasta gama de equipamentos, desde computadores portáteis a smartphones e tablets. Usámos, por exemplo, como segundo e até terceiro ecrã do nosso computador de trabalho. Infelizmente, os óculos não funcionam com a Nintendo Switch, o que poderá ser uma desilusão para alguns jogadores.
Com um design inspirado em óculos de sol modernos, os Legion Glasses são confortáveis de usar durante longos períodos, mesmo sendo mais pesados que óculos tradicionais. A tecnologia micro OLED oferece cores vibrantes, contraste nítido e um nível de preto profundo
Uma experiência agridoce
Utilizando os Legion Glasses com um Samsung Galaxy S24 Ultra, que oferece a vantagem de ter o modo desktop Samsung DeX, a experiência é surpreendentemente boa: o ecrã do smartphone transforma-se num touchpad, um teclado Bluetooth permite escrever e os óculos servem como monitor. Imagina-se a trabalhar num comboio, a responder a e-mails e a escrever artigos, com total privacidade. No entanto, a dificuldade em encontrar e manter o posicionamento correto na face, aquele que garante que vemos todo o ecrã, traz-nos de volta à realidade.
De facto, encontrar o posicionamento ideal dos óculos no rosto revela-se uma tarefa mais complicada do que o esperado. Apesar de a Lenovo incluir diferentes suportes e almofadas para o nariz, a sensação de que a imagem nunca está perfeitamente focada persiste. Até porque não há qualquer ajuste possível para a posição ou escala do ecrã, o que poderia resolver boa parte do problema. Também não há acerto de dioptrias, apesar de ser possível usar lentes de prescrição, desde que criadas especificamente para os óculos seguindo o desenho do molde fornecido.
Ao contrário da experiência em outros óculos-ecrã, não sentimos que estávamos a olhar para um ecrã grande, mas sim para um ecrã relativamente pequeno colocado a uma distância reduzida dos olhos.
Desafios de focagem e nitidez
Mesmo quando se consegue encontrar a posição ideal (ou próxima disso), as imagens nas margens do ‘ecrã’ permanecem desfocadas. Este problema compromete seriamente a utilização dos Legion Glasses para tarefas de produtividade, como substituir o ecrã de um PC. Imagine-se a tentar editar uma folha de cálculo ou a escrever código com as extremidades do texto desfocadas!
Além disso, o cabo USB-C, que não é amovível nem substituível, é demasiado curto, o que limita a liberdade de movimentos. As lentes, apesar de serem ligeiramente translúcidas, não permitem que os óculos sejam utilizados em movimento, o que reduz a sua versatilidade.
Os óculos são acompanhados de modelo para produção de lentes de prescrição, almofadas para o nariz de diferentes tamanhos e estojo de transporte
Qualidade de imagem e som
Nem tudo são más notícias. A qualidade de imagem dos Legion Glasses é notável, com cores vibrantes, bom contraste e um nível de preto profundo, características típicas da tecnologia micro OLED. A resolução Full HD é perfeitamente adequada ao tamanho do ecrã virtual, e a taxa de atualização de 60 Hz, embora não seja a mais elevada do mercado, garante uma experiência fluida na maioria das situações.
Os controlos de brilho e volume, incorporados nas hastes dos óculos, são práticos e fáceis de usar. A qualidade de som dos altifalantes também é surpreendentemente boa, e o design dos óculos permite a utilização de auriculares caso se pretenda um maior isolamento acústico.
Os controlos integrados nas hastes dos óculos permitem ajustar o brilho e o volume do som. A qualidade dos altifalantes incorporados surpreende pela positiva, mas é sempre possível recorrer a auriculares.
Veredicto
Os Lenovo Legion Glasses são um dispositivo com potencial, mas que ainda precisa de ser refinado. A qualidade de imagem e som, o design elegante e a facilidade de utilização são pontos fortes, mas os problemas de focagem e nitidez, a falta de opções de configuração e o cabo curto limitam a sua utilização.
A melhor utilização para estes óculos é o consumo de conteúdos multimédia, como filmes e séries, especialmente em viagens. A experiência de jogo em smartphones também é satisfatória, desde que não dependa de ler legendas ou de efetuar seleções precisas com o rato. Por exemplo, num jogo de corridas, o indicador de velocidade do carro ficou desfocado.
Quanto ao preço, o PVP recomendado parece-nos exagerado, mas também verificámos que algumas lojas vendem estes óculos por preços em redor dos €300, o que aumenta a relação qualidade/preço.
Se a Lenovo conseguir resolver os problemas de focagem e oferecer maior flexibilidade de configuração numa futura versão, os Legion Glasses poderão tornar-se numa alternativa interessante aos monitores tradicionais. Por enquanto, ainda não são os óculos-ecrã que muitos esperavam.
Tome Nota Lenovo Legion Glasses – €500
Construção Muito bom Instalação Muito bom Imagem Bom Ergonomia Fraco
Características Dimensões: 197x130x75 mm ○ Peso: 96 gramas ○ Conectividade: USB C 3.2 com DisplayPort 1.2 ○ Resolução: 1920×1080 píxeis ○ Acessórios incluídos: guia da moldura da lente de prescrição, adaptador antiderrapante, protetores de nariz x3, pano de limpeza